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Série "Por que me interessei pelo curso de Biblioteconomia?"


Beatrix Gussonato Gabrielli


O depoimento da série “Por que me interessei pelo curso de Biblioteconomia?” desta semana relata a história de Beatrix Gussonato Gabrielli, aluna do 3º semestre matutino. Saiba um pouco mais sobre sua história e o porque ela escolheu o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação. 




Minha família toda cresceu guiada pela lei do meu bisavô: “O saber nunca ocupa espaço, saber nunca é demais.”Como filha única, tímida, sempre brincava sozinha (ou com meus animais de estimação), inventando histórias, viajando por mundos irreais e , mesmo sem saber ler, usava as imagens dos livros e quadrinhos para compor novos enredos. Logo, meu pastor alemão se transformava em um lindo cavalo alado que eu montaria para enfrentar tórridas batalhas.
Com três anos de idade, eu já sabia ler então, as histórias que antes eu imaginava, agora se tornavam fixas e traziam uma bagagem muito maior. Fui me embrenhando cada vez mais no universo dos novos conhecimentos, frases, lombadas e quando dei por mim, estava trabalhando em uma livraria, perdida entre ser professora de literatura, critica literária ou trabalhar com edições de livros.

Bom, na essência, eu já sabia o que fazer. Tinha que continuar circulando pelo universo que
vinha cultivando e ampliando desde pequena, e fazê-lo se tornar o mais real possível. Como
boa curiosa que sou, sempre quis aprender TUDO de TUDO, o que é praticamente impossível
no mundo, já que a cada novo segundo inúmeros conhecimentos novos surgem.
Tentando descobrir uma profissão que condensasse tudo o que eu queria ao invés de continuar insistindo em dividir minhas preferências em cursos aleatórios, dei de cara com a FESP, indicada por um amigo formado pela Fundação. Acabou que eu só precisava de alguém para me dizer que eu podia ser tudo e conhecer tudo, já que a Biblioteconomia era a ‘nave espacial’ que me permitiria ‘xeretar’ todos as áreas de conhecimento humano.

Um colega de trabalho que era formado em biblioteconomia tinha me indicado a FESP, mas o incentivo maior mesmo foi o Rafael, que se empolgou em voltar a estudar e me incentivou a querer conhecer a faculdade. Fiz umas pesquisas pela internet e com pessoas que já estavam formadas. Não deu outra, no vestibular eu já sabia que a faculdade era de tradição e que me acrescentaria muito nessa nova empreitada.
Me sinto crescendo e em alguns momentos, parece que são esses novos aprendizados
proporcionados pelos professores e experiências compartilhadas por colegas que me mantém
sempre respirando. É como se eu tivesse finalmente encontrado minha fonte de vida eterna.
É quase uma compulsão, eu preciso ficar quietinha para absorver o máximo de tudo e sempre
me envolver com alguma coisa. Preciso das noites mal dormidas, das dores nas costas e
das pilhas de textos e livros. Preciso do nervosismo da prova ou da sensação de finalmente
compreender algo.

Gosto de fechar os olhos e representar a vidente, mesmo que por alguns segundos. Tentar
adivinhar o futuro e pintar telas de cenas que poderão ser vividas. Me vejo feliz e sempre em
movimento, a ideia de me acomodar parece sombria e repugnante demais. Me vejo firme
na profissão, me desenvolvendo bem e sempre estudando e pesquisando e passeando até
mesmo por outras áreas, para sempre aumentar meu ‘repertório’. Quero estar estabilizada
profissionalmente, um bom emprego, quem sabe até um nome conhecido de forma positiva
no mercado. Quero fazer voluntariado aos fins de semana, e acordar toda manhã pronta para
contar uma nova história para meus futuros leitores. Eu quero agir e quero mostrar, dividir
esse mundo de fantasias e amigos irreais que me permitiram chegar onde cheguei hoje. Quero
olhar para trás e ver minha evolução, suspirar com leveza de alma e dizer, ‘tudo foi válido.
Todas as barreiras se tornaram aprendizagem . Valeu a pena e ainda vale e valerá a pena.’

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