O Centro Acadêmico será reativado e seus membros convidam os alunos da FaBCI para participarem. Leia mais!
O Centro Acadêmico, agora com o nome Rubens Borba de Moraes, voltará às suas funções no próximo mês. Nos murais dispostos nas salas e corredores da FaBCI há o edital de convocação e os responsáveis pela votação. Tais Mathias, aluna do 4º semestre noturno, concedeu um relato para a Monitoria Científica contando como foi o processo e o que ocorrerá a partir de agora.
Confira a programação:
06.08 - Abertura do edital para inscrição das chapas (hoje);
15.08 - Encerramento da inscrição das chapas;
16.08 - Início da campanha eleitoral;
27.08 - Encerramento da campanha eleitoral;
28.08 - Eleição das 08:00 às 10:30 e das 19:00 às 21:30 horas;
28.08 - Apuração dos votos;
28.08 - Divulgação da chapa eleita.
Entrevista com a professora Evanda Paulino:
1 – Em que ano você atuou no Centro Acadêmico da Biblioteconomia na FESPSP? Qual era o nome do Centro Acadêmico na época?
No início dos anos de 1970. Na época, o nome era Diretório Acadêmico Giulio David Leoni. Este foi um importante professor do Sedes Sapientiae e da Biblioteconomia da FESP; criou uma disciplina chamada “Sistemática”, para facilitar o aprendizado da Classificação. “Era” a disciplina, por assim dizer. Infelizmente, ele faleceu no início de 1973, e depois, com as diversas modificações curriculares não houve espaço para manter a disciplina e o seu conteúdo.
2 – Qual a importância do Centro Acadêmico para o grupo discente? E para a instituição?
Naquele tempo o Centro Acadêmico atuava como um centro de discussões políticas na instituição, muito embora a época fosse de muita repressão, eram os chamados “anos de chumbo”. E estávamos juntos – Biblioteconomia e Sociologia - no casarão da Rua General Jardim, muito próximos do Mackenzie e da Filosofia, na Rua M. Antônia. A região era um verdadeiro reduto de estudantes. Nossos encontros eram ricos de idéias e emoções, de medo e de esperança. Agora, vejo o CA como espaço de reflexão das questões referentes ao curso, à profissão, à instituição. Espaço para organização de ações sociais, culturais e políticas, além da integração e fortalecimento das relações entre os estudantes.
3 – Conte uma ação interessante do C.A. que ocorreu durante a sua gestão.
Nunca estive na gestão do C.A. Meu envolvimento durante todo o curso vinha da necessidade de participar e apoiar os colegas que estavam à frente deste órgão. A união dos estudantes era muito mais forte. Tínhamos consciência da importância de estarmos unidos.
4 – De que maneira os alunos que não faziam parte da chapa podiam auxiliar o Centro Acadêmico?
Os discentes colaboravam formando Comissões Temáticas, ora voltadas para realização de ações sociais e culturais, ora com o caráter de grupo de estudos, visando apoiar alunos em disciplinas consideradas “mais difíceis”. Havia, também, rodízio para o plantão no espaço reservado para o C.A.; a idéia é que sempre houvesse alguém para receber novas adesões ou simplesmente para conviver. Integração era uma palavra chave!
5 – Como eram criadas as prioridades de ações do C.A.?
Elas eram criadas já na campanha, como um plano de metas e, na medida do possível, eram postas em prática pela Diretoria durante seu mandato. De um modo geral, é o C.A. que dialoga com a instituição, é ele quem representa, faz valer as reinvindicações do corpo discente e leva sugestões.
6 – Que tipo de conhecimento pode ser agregado ao discente que participa do C.A.?
A sociedade necessita de agentes de mudanças, que colaborem na construção de um mundo melhor. Somente a consciência, o conhecimento, a participação fazem do indivíduo um cidadão.
Neste sentido, atuar no C.A. é uma rica oportunidade para exercer Direitos e Deveres e se formar integralmente. Equacionar o tempo, entre estudos e envolvimento com o C.A., poderá ser uma receita com resultados valiosos para toda vida.
7 – Cite algumas as características importantes que os envolvidos com o centro acadêmico devem possuir para conseguir manter o Centro Acadêmico.
Ter bom relacionamento com os dirigentes e com seus pares. Acreditar que sempre é possível melhorar. Ter na reflexão a base para as suas ações. Como estamos em um espaço de formação e aprendizagem, acreditamos que todos podem e devem participar.
9 - De que maneira a formação de um centro acadêmico pode interferir na história da Biblioteconomia?
A formação de um Centro Acadêmico é fundamental para qualquer instituição, não somente a Biblioteconomia. Se houver ações voltadas para o estudo da grade curricular, conteúdos, estágios acadêmicos, desenvolvimento profissional etc, o resultado poderá ser compartilhados em encontros regionais e nacionais, assim como nas redes de relacionamentos específicas da área.
Entretanto, independente dos temas tratados e das ações realizadas, a participação em um órgão representativo, de estudante ou de classe, desenvolve o espírito crítico e a responsabilidade, fortalecendo o indivíduo como profissional e como ser humano.
Participe e seja um bibliotecário transformador!
O Centro Acadêmico, agora com o nome Rubens Borba de Moraes, voltará às suas funções no próximo mês. Nos murais dispostos nas salas e corredores da FaBCI há o edital de convocação e os responsáveis pela votação. Tais Mathias, aluna do 4º semestre noturno, concedeu um relato para a Monitoria Científica contando como foi o processo e o que ocorrerá a partir de agora.
Durante o processo para compreender e descobrir se os alunos estavam dispostos a formar chapas para o centro acadêmico do curso de Biblioteconomia, eu me perguntava qual era a importância de formarmos esse grupo. Muitas vezes ele está relacionado, no imaginário de muitos, com os anos de repressão de 1964, como instrumento de poder político dos estudantes contra o Regime Militar e contra as próprias coibições vindas dos dirigentes das universidades. Mas não queria construir uma resposta baseada nessa imagem de centro acadêmico.
A resposta não surgiu de repente. Fui reunindo as coisas que ouvia e lia nas pesquisas sobre formação de centros acadêmicos e ouvindo depoimentos de professores que já haviam participado na época em que eram discentes, além das opiniões dos alunos sobre suas expectativas quanto à iniciativa ou total desinteresse sobre haver ou não um Centro Acadêmico.
Após reunir diversas informações sobre a criação de um C.A. relacionei alguns aspectos positivos sobre as ações que poderiam ser desenvolvidas:
- Facilitar a organização de eventos como: viagens para congressos, fóruns, encontros da área de Biblioteconomia, barateando os custos;
- Integrar ainda mais as diversas turmas do curso estimulando a troca de informações para facilitar a vida acadêmica;
- Aprender a organizar um estatuto que seja respeitado e que, de fato, represente os alunos;
- Aprender a decidir coletivamente e construir ações de maneira colaborativa;
- Promover a pesquisa científica organizando grupos de estudo, encontros na faculdade para discutir profissional sobre a categoria.
- Facilitar fontes de informação que contribuam para a formação do discente.
Todos os aspectos citados trazem fundamentos da Biblioteconomia. Perceba que contribuir e participar de um centro acadêmico torna-se um espaço de aprendizagem e troca, assim como as unidades de informação. Então reconheço que o centro acadêmico seria o centro de informação do estudante de biblioteconomia, em que seria ao mesmo tempo o usuário e o gestor.
As dificuldades serão reconhecidas conforme as ações forem ocorrendo, mas a iniciativa deve acontecer. A prioridade continua a ser a nossa formação, cumprindo as disciplinas de maneira plena, mas a criação de um recurso que facilite todo o processo de aprendizagem é da mesma forma, enriquecedor a vida acadêmica.
Confira a programação:
06.08 - Abertura do edital para inscrição das chapas (hoje);
15.08 - Encerramento da inscrição das chapas;
16.08 - Início da campanha eleitoral;
27.08 - Encerramento da campanha eleitoral;
28.08 - Eleição das 08:00 às 10:30 e das 19:00 às 21:30 horas;
28.08 - Apuração dos votos;
28.08 - Divulgação da chapa eleita.
Entrevista com a professora Evanda Paulino:
1 – Em que ano você atuou no Centro Acadêmico da Biblioteconomia na FESPSP? Qual era o nome do Centro Acadêmico na época?
No início dos anos de 1970. Na época, o nome era Diretório Acadêmico Giulio David Leoni. Este foi um importante professor do Sedes Sapientiae e da Biblioteconomia da FESP; criou uma disciplina chamada “Sistemática”, para facilitar o aprendizado da Classificação. “Era” a disciplina, por assim dizer. Infelizmente, ele faleceu no início de 1973, e depois, com as diversas modificações curriculares não houve espaço para manter a disciplina e o seu conteúdo.
2 – Qual a importância do Centro Acadêmico para o grupo discente? E para a instituição?
Naquele tempo o Centro Acadêmico atuava como um centro de discussões políticas na instituição, muito embora a época fosse de muita repressão, eram os chamados “anos de chumbo”. E estávamos juntos – Biblioteconomia e Sociologia - no casarão da Rua General Jardim, muito próximos do Mackenzie e da Filosofia, na Rua M. Antônia. A região era um verdadeiro reduto de estudantes. Nossos encontros eram ricos de idéias e emoções, de medo e de esperança. Agora, vejo o CA como espaço de reflexão das questões referentes ao curso, à profissão, à instituição. Espaço para organização de ações sociais, culturais e políticas, além da integração e fortalecimento das relações entre os estudantes.
3 – Conte uma ação interessante do C.A. que ocorreu durante a sua gestão.
Nunca estive na gestão do C.A. Meu envolvimento durante todo o curso vinha da necessidade de participar e apoiar os colegas que estavam à frente deste órgão. A união dos estudantes era muito mais forte. Tínhamos consciência da importância de estarmos unidos.
4 – De que maneira os alunos que não faziam parte da chapa podiam auxiliar o Centro Acadêmico?
Os discentes colaboravam formando Comissões Temáticas, ora voltadas para realização de ações sociais e culturais, ora com o caráter de grupo de estudos, visando apoiar alunos em disciplinas consideradas “mais difíceis”. Havia, também, rodízio para o plantão no espaço reservado para o C.A.; a idéia é que sempre houvesse alguém para receber novas adesões ou simplesmente para conviver. Integração era uma palavra chave!
5 – Como eram criadas as prioridades de ações do C.A.?
Elas eram criadas já na campanha, como um plano de metas e, na medida do possível, eram postas em prática pela Diretoria durante seu mandato. De um modo geral, é o C.A. que dialoga com a instituição, é ele quem representa, faz valer as reinvindicações do corpo discente e leva sugestões.
6 – Que tipo de conhecimento pode ser agregado ao discente que participa do C.A.?
A sociedade necessita de agentes de mudanças, que colaborem na construção de um mundo melhor. Somente a consciência, o conhecimento, a participação fazem do indivíduo um cidadão.
Neste sentido, atuar no C.A. é uma rica oportunidade para exercer Direitos e Deveres e se formar integralmente. Equacionar o tempo, entre estudos e envolvimento com o C.A., poderá ser uma receita com resultados valiosos para toda vida.
7 – Cite algumas as características importantes que os envolvidos com o centro acadêmico devem possuir para conseguir manter o Centro Acadêmico.
Ter bom relacionamento com os dirigentes e com seus pares. Acreditar que sempre é possível melhorar. Ter na reflexão a base para as suas ações. Como estamos em um espaço de formação e aprendizagem, acreditamos que todos podem e devem participar.
9 - De que maneira a formação de um centro acadêmico pode interferir na história da Biblioteconomia?
A formação de um Centro Acadêmico é fundamental para qualquer instituição, não somente a Biblioteconomia. Se houver ações voltadas para o estudo da grade curricular, conteúdos, estágios acadêmicos, desenvolvimento profissional etc, o resultado poderá ser compartilhados em encontros regionais e nacionais, assim como nas redes de relacionamentos específicas da área.
Entretanto, independente dos temas tratados e das ações realizadas, a participação em um órgão representativo, de estudante ou de classe, desenvolve o espírito crítico e a responsabilidade, fortalecendo o indivíduo como profissional e como ser humano.
Participe e seja um bibliotecário transformador!
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