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Série "Por que me interessei pelo curso de Biblioteconomia"

Tais Mathias
O depoimento da série “Por que me interessei pelo curso de Biblioteconomia?” desta semana relata a história de Tais Mathias, aluna do 4º semestre noturno. Saiba um pouco mais sobre sua história e o porque ela escolheu o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação.



A conservação e o restauro de documentos gráficos foram minha porta de entrada para conhecer a Biblioteconomia. Após o Ensino Médio adiei a escolha do curso de graduação, pois ainda estava indecisa quanto ao curso que faria. Comecei a trabalhar como auxiliar de conservação no Museu Lasar Segall e resolvi fazer um curso para me aprofundar nas técnicas e compreender a importância desse trabalho que acontece nos “bastidores” da biblioteca.

Os bibliotecários e estagiários que trabalhavam lá me contavam em conversas rápidas na hora do cafezinho como precisavam estudar os documentos, extraindo as informações e pesquisando sobre a especificidade de cada um deles. A rotina da pesquisa cotidiana e a facilitação ao acesso à informação foram os aspectos que despertaram o meu interesse pela área.


Após trabalhar em outros acervos e conhecer alguns profissionais construí uma compreensão sobre o que fazia o Bibliotecário. A curiosidade e ansiedade por estar em um ambiente acadêmico e conhecer a Biblioteconomia e sua relação com a conservação e o restauro me levaram à FESPSP.

Ingressei no primeiro semestre de 2011. Foi um período de adaptação ao curso, pois procurava em todas as disciplinas a resposta para a demanda do usuário notada nos locais em que havia trabalhado. Aos poucos, fui desconstruindo e reconstruindo novas visões sobre a nossa profissão.

Vivenciar o espaço acadêmico é um processo de autoconhecimento em que descobrimos nossas qualidades e dificuldades ao conhecer cada “faceta” que compõe a atuação do bibliotecário.

São as possibilidades de combinar a especialidade de um Bibliotecário com diversas áreas do conhecimento que tornam a pesquisa, a produção científica e o compartilhamento das fontes de informação (que podem e devem também ser produzidas por nós!) em tarefas necessárias aos estudantes/profissionais. E, percebam que a produção científica não é somente a redação de um artigo científico ou o Trabalho de Conclusão de Curso, mas também obter o máximo aproveitamento do ambiente acadêmico, produzindo, participando e interagindo cotidianamente: ao realizar a leitura das bibliografias básicas das disciplinas para aprofundar as discussões em sala de aula; refletindo sobre a relação entre as disciplinas e a ação que realizamos nos estágios; facilitar, contribuir e, quando possível, participar das atividades acadêmicas não obrigatórias. Todas essas ações possuem caráter acadêmico por estarem direcionadas ao compartilhamento, estímulo e produção do conhecimento para a área de Biblioteconomia.


Espero do futuro o mesmo que espero do presente: que consigamos reconhecer a importância da pesquisa e do compartilhamento dos estudos desenvolvidos em nossa área, pois essa é uma das maneiras de construirmos o conhecimento nos tornando profissionais mais competentes. Percebo que o potencial que os estudantes possuem fortalece a Biblioteconomia antes de terminarem a graduação. Então, não esperemos o registro no CRB para começar a pensar e agir enriquecendo a profissão que escolhemos.   

  

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