...e do orientando
para o orientador
Grazielli de Moraes Silva e
a professora Carla Diéguez fazem algumas considerações importantes na hora de se escolher um orientador para seu trabalho de conclusão de curso:
Após alguns anos de
curso é chegada a hora de fazer o tal TCC (trabalho de conclusão de curso), um
trabalho que parece hercúleo. E então o que fazer? Como fazer? Por onde
começar?
Para isso então
surge o SUPER ORIENTADOR...
Como num passe de
mágica, o super orientador amplia ainda mais nosso tema ao mesmo tempo em que
nos faz focar em algo específico, é como se víssemos uma luz no fim do túnel,
ou como se tivéssemos vários caminhos a seguir e essa figura nos norteasse a
qual deles devemos continuar.
Quando fomos
avisados que teríamos que escolher algum professor para nos orientar foi
surpreendente já que era chegada a hora de relembrar a atuação de cada
professor, a disciplina de cada professor, e enfim decidir: qual o professor
poderia nos ajudar?
Após escolhido o
orientador tive uma imensa surpresa, nenhum dos orientadores que eu havia
escolhido era meu orientador efetivamente, e uma professora havia escolhido meu
tema... Sinceramente fiquei muito surpresa e um pouco com medo porque logo pensei:
tá mais “ela” não tem nada a ver com meu tema, será que ela vai conseguir me
ajudar? Mesmo embuída deste método, aceitei sua orientação.
Hoje após algumas orientações vi que na
verdade o orientador é um norteador entre o tema e o orientando, ele serve pra
agregar valor àquilo que já vem sendo desenvolvido ou vai se desenvolver, e nos
ajuda a compreender melhor os caminhos que devemos seguir, as escolhas que
devemos fazer, sem enfim, precisar efetivamente entender do tema que está sendo
tratado. Além disso, minha orientadora me surpreendeu a cada dia já que me
proporcionou palavras de motivação, para continuar em meio a tantas turbulências.
No entanto, para que o orientador desenvolva seu papel de
forma eficaz se faz necessário que essa relação seja recíproca, deve haver
participação e interesse de ambas as partes, desse modo evitando que fique tudo
pra última hora ou de baixa qualidade.
Tendo em vista que a concretização desse trabalho envolve
questões éticas e profissionais, deve-se ater-se ao fato de que tal trabalho
fará parte tanto da vida profissional do orientando quanto do orientador, e da
própria instituição de ensino.
Desta forma, o orientador ocupa um papel importante na
construção da pesquisa do orientando, sendo a luz da lanterna. Todavia, quem
segura à lanterna é o orientado, cuja luz apenas o guia para a descoberta, que
é sua.
Contudo, isso só é possível se existir nesta relação
autonomia, reciprocidade e, acima de tudo, respeito. Estabelecido isso, a
relação orientador-orientando só tem a ganhar, para ambos. É uma relação de
crescimento e aprendizado mútuo. Mais do que orientarmos, nós aprendemos e
juntos com nossos orientandos construímos conhecimento.
Comentários
Postar um comentário