Olá
a todos!
Eu
me chamo Isabela, estou no 3º semestre do curso de Biblioteconomia da FESPSP,
sou uma completa apaixonada pela área de Biblio! Durante esse ano,
compartilharei aqui com vocês algumas resenhas de livros da área, para
recomendar (ou não!) a leitura e direcionar as escolhas de vocês também.
Como
primeiro livro para resenhar, escolhi o “Introdução à Biblioteconomia”. Para
quem está entrando agora na faculdade, temos uma matéria com esse nome, com a inconfundível
e amada professora Evanda F. Paulino. E já dou a dica para o pessoal do 1º semestre:
leiam este livro! Ele simplesmente contém quase
tudo o que vocês verão neste primeiro ano. Frisei a palavra quase, pois,
existem muitos outros conteúdos que este livro não aborda, mas mesmo assim é
muito válido já conhecer.
Então
vamos ver do que ele trata…
Dividido
em quatro grandes blocos o livro trata daquilo que a maioria dos bibliotecários
terão como rotina: o livro, a biblioteca, leitor/leitura, o bibliotecário. Em
cada um desses blocos há uma divisão em subcapítulos, onde o autor nos mostra
as várias facetas de cada um desses “ingredientes” da vida bibliotecária.
Atrelado
a esses subcapítulos conceitos simples, mas de suma importância para o nosso
conhecimento,
nos são oferecidos. Ao fim de cada tema, uma vasta literatura recomendada nos é
exibida, permitindo a continuação da leitura a uma vasta gama de possibilidades
de pesquisa.
No
final do livro o autor pinçou de várias fontes, como ele mesmo denomina,
“Textos
antológicos
de escritores brasileiros”. E digo: vale a leitura de cabo a rabo! São textos
que vão de Mario de Andrade a Gilberto Freyre (reverências!) e tratam sobre a
área e várias outras esferas da biblioteconomia.
Como
disse anteriormente, temos uma matéria homônima ao livro no primeiro semestre e
super recomendo esse livro para quem esta começando MAS, também tenho a
obrigação de recomendar àqueles que já estão na reta final: podemos nos julgar
grandes
conhecedores
da área quando já estamos no quinto ou sexto semestre, porém, conceitos
básicos
muitas vezes nos pegam de surpresa até mesmo em concursos, assim sendo esta
leitura,
apesar de básica é muito interessante, até para nos desafiar: será que ao
concluir o
curso,
sabemos tudo sobre Biblioteconomia?
Trechos do Livro
“[...] após explanar sobre a biblioteconomia,
documentação e ciência da informação, temos, portanto, uma visão pessoal do
relacionamento entre a biblioteconomia, a documentação e a ciência da
informação. Jamais aceitamos a ideia tão definida, na década de 60, por
bibliotecários norte americanos e brasileiros de ser um nome novo para tarefas
que a biblioteconomia já vinha desempenhando secularmente [...]Também
consideramos inaceitável que a ciência da informação tenha surgido para
substituir a documentação. Cada uma delas tem seus objetivos, devendo, porém
atuar ‘de mãos dadas’, como o poeta Carlos Drummond de Andrade recomendava aos
homens do ‘tempo presente’: um tempo de interdependência entre indivíduos,
instituições, nações e especializações e de unificação, integração e harmonia,
de visão holística do mundo.” p. 5
“Sabe-se
que a primeira explosão demográfica ocorrida no período paleolítico, quando a população
mundial era de 5 milhões foi provocada pela generalizada utilização de instrumentos.
Com um dessas instrumentos o homem primitivo gravou em pedra seus primeiros
dizeres escritos: antecedentes remotíssimos do livro” p. 24
“A
segunda explosão demográfica ocorrida quando, em oito mil anos, a população
mundial multiplicou-se por cem foi provocada pela revolução agrícola [...]. O
aperfeiçoamento da cerâmica é uma das peculiaridades tecnológicas desse
período. E ninguém ignora a importância das placas de barro cozido como
antecedentes do pergaminho, do papiro e do papel.” p. 25
“O
conceito que venho propondo é o de biblioteca menos como ‘coleção de livros e
outros documentos, devidamente classificados e catalogados’ do que como assembleia
de usuários da informação. Consequentemente, ao bibliotecário compete não mais
classificar e catalogar livros operações realizadas por um serviço central e
cooperativo devidamente computadorizado e sim orientar usuários, fornecendo-lhes
a informação que seja do interesse de cada um. Nota-se que já não me refiro
mais à informação simplesmente solicitada e sim àquela que o perfil do usuário
perfil elaborado por serviços de disseminação seletiva indique ser de seu
interesse, mesmo que ele eventualmente a desconheça. Assim, a missão do bibliotecário,
que era quase exclusivamente bibliocêntrica, passa a ser também
antropocêntrica; ou entes antropobibliocêntrica [...]” p. 50
Destacaria
muitos outros trechos, mas vou deixar vocês com água na boca!
Até
a próxima!
Comentários
Postar um comentário