Reportagem
do discente da FaBCI - FESPSP 5° Semestre
Matutino Sidnei Rodrigues de Andrade.
━ Na segunda-feira do dia 19 de Maio na aula ministrada pela docente Adriana Sousa, que leciona Serviço de Referência e Informação na Turma FaBCI – FESPSP 5° Semestre Matutino, os discentes recebem ilustre visita da ex-aluna da FaBCI – FESPSP Stephanie Alexandra De Oliveira Lorenz da Silva e atual aluna da pós-graduação do curso Gestão de Informação Digital. Apresentou sobre: O perfil do Bibliotecário no Secord Life, bem começo da palestra relatou sobre sua biografia pessoal e profissional e disse que seu estado de origem Santa Catariana da região Sul do Brasil.
Em sua palestra explicou quais são as vantagens e desvantagens dessa rede social pouca conhecida na sociedade brasileira. Explanou que no ano que estava pensado num tema do seu TCC, ninguém havia falado sobre isso, consultou a sua docente-orientadora Profa. Andreia Correa que foi administradora do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem – FESPSP). Perguntou para os discentes: Por que Second Life? Respondeu para esse público que é um local perfeito conhecer outras culturas diferentes e aprendizado sempre constante no mundo virtual.
Antes de iniciar sobre esse tema do Second Life, fez um levantamento bibliográfico abordando essa temática que ninguém havia pesquisado sobre isso na Biblioteconomia e Ciência da Informação. Compartilhou essa bibliografia com discentes explicando como realizou a metodologia do seu TCC.
O Second Life é uma rede social onde as pessoas trocam informações e compartilhar suas competências informacionais, onde esse bibliotecário possa aprender sobre mundo virtual, mencionou um pensamento super importante para aqueles tem interesse nesse assunto: é a virtualizaçao de tudo.
Também relatou que tinha compreender e aprender outra área do conhecimento que futuro bibliotecário tem conhecer e participar que é: Tecnologia da informação. Um fato curioso, relembrando das aulas da docente Maria Apostolo Mercês que leciona Gestão de Estoque Informacionais, no mundo do Second Life se faz uma pesquisa de campo, na medida estamos praticando um estudo da comunidade e do usuário.
Não paramos por aqui
sobre Second Life! Um outro colega da Universidade Federal da Paraíba também
desenvolveu uma Biblioteca Virtual no Second Life. Confira a reportagem com o
criador da Biblioteca Virtual Paul Otlet.
Sanderli Silva é bacharel
em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba, Bibliotecário Diretor
da Biblioteca Virtual Paul Otlet, pesquisador voluntário de iniciação
científica e sócio fundador e secretário executivo da ONG Solidariedade no
Ritmo da Dança (Produtora do Projeto Dance Mais PB). Para estar sempre
atualizado ele costuma devorar páginas da internet e assistir vídeos online.
Consome análises tecnológicas, artigos científicos, livros, preferencialmente
eletrônicos (e-books), notícias de última hora... Tanto quanto banalidades e
futilidades “facebookenses”.
Contato: sannbrownn@gmail.com
Biblioteca
Virtual Paul Otlet:
Facebook: https://www.facebook.com/pages/Biblioteca-Virtual-Paul-Otlet/341857169258140
Blog: http://www.bibliotecapaulotlet.blogspot.com.br/
Second Life: http://maps.secondlife.com/secondlife/Coralshoals/172/216/21
Blog: http://www.bibliotecapaulotlet.blogspot.com.br/
Second Life: http://maps.secondlife.com/secondlife/Coralshoals/172/216/21
1 – Atualmente não conhecemos aqui no Brasil o Second Life, o que levou você fazer esse projeto tão magnífico?
O Second Life (SL) foi
criado em 2003, chegou ao Brasil no ano de 2007 e nesta mesma data fiz meu
cadastro, porém só me tornei explorador do mundo virtual quando em 2012 meu
professor orientador, Dr. Wagner Junqueira de Araújo, me convidou para
participar do projeto: Informação e Conhecimento nas Nuvens. Com carta branca
concedida, trabalhei exclusivamente no ambiente de Realidade Virtual, com a
finalidade de construir uma biblioteca virtual.
2 – Quais são as vantagens e desvantagens em disseminar a informação nessa plataforma de ambiente virtual?
Acessar os serviços da
biblioteca a qualquer hora, em qualquer lugar, encontrar, naquele mesmo local,
qualquer pessoa que tenha acesso à grande rede de computadores e interagir, com
ela, através da escrita, fala, reproduções audiovisuais, expressões corporais e
artísticas, dentre outras maneiras. Além disto, ainda temos economia de espaço
físico, papel (fator ecologicamente correto) e tempo. Total flexibilidade nas
mudanças de layout, índice zero em vandalismo e furto de livros, controle
preciso do número de visitas únicas e retornos, níveis de aprovação e
reprovação são facilmente verificáveis. Cito como desvantagem a probabilidade
da biblioteca sair do ar, por falta de energia, conexão ou falhas no servidor.
3 – Quanto tempo você levou para idealizar esse projeto? Quais foram as maiores dificuldades no contexto da sociedade brasileira?
Três meses, os últimos
de 2012, planejamos a construção da Biblioteca Paul Otlet. Durante esse
período, procurei uma imobiliária confiável no Second Life e na companhia de
corretores saí à procura de um terreno para alugar, levando em consideração os
fatores: localização; área em m²; quantidade suportada de objetos e; valor
cobrado por mês. Também gastei tempo produzindo a mobília, por modelagem 3D.
Existe comércio de todo seguimento no SL, inclusive o mobiliário, todavia não
possuíamos condições para arcar com mais despesas fora o aluguel. Nossas
primeiras estantes, cadeiras, mesas, sofás, foram criações próprias. Ao passar
do tempo, alguns ilustres usuários da biblioteca, decidiram doar móveis e aos
poucos fomos substituindo. Hoje, 90% do atual prédio é resultado de doações.
A dificuldade que ainda
enfrentamos é o receio, de alguns, em relação ao novo conceito proposto.
Existem bibliotecas virtuais espalhadas pelo mundo, mas no Brasil temo que a
Biblioteca Virtual Paul Otlet seja pioneira no que ela se propõe. Quando falo
de biblioteca virtual me refiro à que está inserida em algum ambiente de
realidade virtual, se não for assim ela pode ser eletrônica, digital... Não
virtual. Toda novidade causa algum tipo de impacto, desconforto, é
absolutamente natural, afinal a sobrevivência humana precisa de base sólida e
processos repetitivos. Entretanto, bem sabemos que a acomodação é o pior
inimigo do progresso, há gente confortável com seus níveis de aprendizado, por
indiferença ou limitações comuns a todos. Alguns não sabem que biblioteca
virtual é real e funciona tão bem quanto uma física, com planejamento, gestão
de recursos, marketing, oferta de livros, atendimento ao público, realizações
de eventos e etc.
4
– Você aplicar uma gestão de Serviços de Informação e Estudos do Usuário, não
tendo presença física do usuário nessa unidade de informação. Qual é a sua
principal política de desenvolvimento econômico, político e social nesse
ambiente virtual?
A verdade é que uma
biblioteca virtual aberta ao público internauta talvez não ache seu usuário
padrão quando se refere às motivações econômicas, políticas, sociais e
culturais. Lidamos com usuários de todo mundo. A biblioteca está aberta 24
horas por dia. O que fazemos é formar grupos, levando em conta a nacionalidade,
atendendo suas demandas específicas.
5
– Todo grande projeto tem parcerias, quem foram seus principais parceiros?
Nossos parceiros são
essenciais. Dr. Wagner Junqueira de Araújo, professor orientador e cofundador
da Biblioteca Virtual Paul Otlet. Msc Patrícia Silva, grande incentivadora e
divulgadora do projeto. Dr. Paula J Galícia e Ana Duarte, portuguesas
responsáveis por exposições, palestras, noites de poesia e de conto. Maurício
Madruga e Stabler Meloni, usuários que construíram e mobiliaram o novo prédio.
Msc Robéria Andrade que cedeu seu acervo digital para disponibilizarmos na
biblioteca. Sonia Suely, Diretora Geral e Susiquine Silva, Diretora da Divisão
de Serviço ao Usuário da Biblioteca Central da UFPB, que abriram espaço para
palestrarmos sobre a Biblioteca Virtual Paul Otlet. Daniel Nascimento da
Biccateca que nos presenteou com modelos tridimensionais das estantes vendidas
pela empresa. Dentre outros, dos quais infelizmente não me recordo agora.
6
– Qualquer usuário que tenha perfil no Second Life pode participar sendo ou não
profissional da informação?
Qualquer pessoa pode
frequentar e utilizar os serviços oferecidos gratuitamente. Basta ser
cadastrado no Second Life. Quem se interessar em saber mais, favor acessar a
fanpage “Biblioteca Virtual Paul Otlet” no facebook, o blog
“http://www.bibliotecapaulotlet.blogspot.com.br/”, ou entrar em contato conosco
através do “sannbrownn@gmail.com”. Em breve selecionaremos profissionais
voluntários para trabalharem na biblioteca.
7
– Você pretende fazer parceria com outras unidades de informação físicas no
ambiente real da sociedade brasileira e mundial?
Sim. Neste ano de 2014,
iniciamos contatos com instituições públicas e privadas, a fim de efetuarmos
parcerias satisfatórias para ambos os lados, na disseminação da informação e
realização de eventos EaD em nosso auditório.
8
– Qual é sua opinião sobre a Lei de Acesso à Informação?
É um avanço, não sei
se prático ou textual, mas é um avanço. No Brasil é normal estimular a
ignorância, pois ela alimenta o domínio dos poderosos. Vivemos num país onde
habitual e até tradicional é depreciar bibliotecas e bibliotecários. Outro dia
desses uma Professora, de um curso ‘badalado’ pela elite, disse que seus alunos
precisavam estudar bastante, porque se não quisessem gastar tempo estudando
deveriam ter prestado vestibular para Biblioteconomia. Ao abrir os jornais esta
semana vi que, após quase dois anos, a Lei de Acesso à Informação ainda não
funciona em 11 estados brasileiros. Mesmo que funcionasse perfeitamente, sem
entraves... O cidadão comum saberia entrar com processo para recuperar alguma
informação na instituição pública? Quem instruiu essa pessoa? A quem interessa
instruir? O Governo prefere um exército de esclarecidos e meia dúzia de cegos
ou o contrário? Será que querem informar as massas ou fomentar especulações
políticas? A Lei sim tem sua importância, mas para que ela efetivamente
funcione, seja requisitada, utilizada, é necessário educar primeiro. Enquanto
isto não acontece, continuaremos vendo gente medíocre formando massa de
manobra.
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