━ Você conhece algum
bibliotecário clínico? E já ouviu falar em bibliotecário da indústria
farmacêutica? Ou o bibliotecário
especialista em cinema?
Estes são perfis de
mercado que apontam novas têndências na área e agitam corações e mentes dos
egressos do curso de Biblioteconomia da FESPSP, fato visto e comprovado no mais recente Seminário sobre Tendências
Contemporâneas, oferecido na disciplina
do sexto semestre, “Tópicos avançados em Gestão da Informação e do
Conhecimento”.
Paixão, dedicação,
engajamento. No encerramento do curso ministrado pela Professora Valéria Martin
Valls, os profissionais apresentados pelos alunos do último ano não apenas
desbravam novos caminhos na área de informação, mas fazem isso com foco e
expertise.
É o caso de Luciana
Meira, bibliotecária da farmacêutica Takeda. Luciana Meira está na indústria
farmacêutica desde 2005. Começou como estagiária de Documentação Científica
(DC). Inicialmente, o escopo de sua função foi o de indexar os artigos
científicos relacionados aos produtos da empresa. Devido um projeto de
remodelamento da Intranet e do site institucional em que sua gestora começou a
trabalhar com gerenciamento de conteúdo para todos os sites que na época a
empresa tinha. Devido à complexidade, houve a necessidade de entender melhor
como se fazia um site, assim partiu para o curso de construção de sites, na
Impacta.
Assim,
os sites ficaram sob responsabilidade da Documentação Científica até 2010,
quando passaram para o Departamento de Comunicação. Ressalta-se que em 2008, o
site sobre doença inflamatória intestinal - www.dii.com.br - foi o quarto
colocado no Prêmio Lupa de Ouro da Indústria Farmacêutica. Bem como, o caso do
site foi apresentado no 9. CRICS - Congresso Regional de Informação em Ciências
da Saúde.
Desde
2008, é coordenadora de um programa de endomarketing, denominado PENSA
(Programa de Educação em Saúde) que visa disseminar informações
técnicas-científicas sobre os medicamentos numa linguagem mais simples de modo
que seja assimilável pela maior quantidade de funcionários, desde o chão de
fábrica ao presidente.
As
alunas Juliana Reisa e Sheila Silveira apresentaram o perfil do bibliotecário
clínico, com a visita da bibliotecária do Hospital Albert Einstein, Priscila
Nascimento. Para este profissional, é fundamental a constante atualização e o
domínio da recuperação de documentos nas fontes de informação em ciências da
saúde, como a base LILACS e a PubMed, entre muitas outras. Entre as muitas
atividades e processos que fazem parte da rotina do bibliotecário clínico,
destacam-se a atualização do curriculum lattes dos profissionais da saúde,
levantamento bibliográfico para alunos e professores e gerenciamento da
produção científica em geral, e, em especial, do corpo do próprio hospital.
Além disso, este bibliotecário também deve ter um olhar muito cuidadoso com os
processos financeiros pois a assinatura e gerenciamento de recursos eletrônicos
tem uma forte demanda.
E
já é conhecida a grande expansão da indústria do áudio visual no país, que tem
reflexo na grande procura do curso no último vestibular da Fuvest, que
superou publicidade e jornalismo, tradicionalmente, entre
os mais concorridos. Para coletar, catalogar e disseminar tamanha produção
fílmica contemporânea, o bibliotecário é o profissional que o mercado pede. Os
alunos Renata Postalli, Jennifer Amato, Luana Araújo, Alex Silva, Silvia Souza
e Sonia Dias apresentaram Marina Macambyra, que trabalha com documentação
audiovisual desde 1982. Marina conta que aprendeu muita coisa na prática,
quando foi convidada para organizar a Filmoteca da Escola de Comunicações e
Artes da USP, assim que se formou na instituição. Marina gerencia a Base Cena,
acervo que contém filmes produzidos pelos alunos, além de obras importantes
nacionais e internacionais, documentários, vídeo-arte, programa de TV, peças publicitárias,
entre outros documentos. A bibliotecária destaca que é preciso conhecer o
acervo e técnicas de indexação para um trabalho de qualidade.
Em
todos os perfis apresentados, ficou evidente que o profisisonal deve continuar
estudando ao sair da faculdade e que o local de trabalho é a principal fonte de
prática para a formação continuada. A complementação virá com cursos livres, de
especialização, de mestrado, doutorado, de tal forma que o capital intelectual
e social possa se expandir e gerar conhecimento para o próprio profissional e
também para a comunidade a qual ele está vinculado.
Além
destes perfis, também foram apresentados, entre outros:
Laura
Pimentel, Bibliotecária especialista em arquitetura da informação, por
Cristiane Silva, Gildásio Santos e Vanessa Paulino.
Bibliotecário
autônomo em projetos de organização de acervos e coleções particulares, por
Josiane Silva, Mariana Araújo, Nathalia Oliveira, Priscila Amorim e Suellen
Magno.
Claudete
Silva, Bibliotecária em Segurança da Informação, com Ágata Souza, Aline
Benitez, Cláudia Lima, Fabiane Grigolon e Sônia Silva.
Alexandre
Miyzato, Bibliotecário da Cinemateca Brasileira, com Alexandre Amorim, Fernando
Galante, Gabriela Ribeiro, Jéssica Molinari e Ricardo Luis Costa.
Michelli
Sasaki, Bibliotecária em organização da informação virtual - User Experience
Designer, com Daniely Niina, Milena Braz, Sidnei Rodrigues e Mônica Henriques.
Adriana
Maria de Souza, Bibliotecária especialista em Coaching, com Camila Coppola,
Eulália Chaves e Ricardo Medeiros.
Ana
Maria Coelho, Bibliotecária especialista em indexação de imagens em movimento,
com André Carlos da Silva, Jucélia Oliveira, Mariana de Paula Silva e Nayabe
Rodrigues.
Programa
+60 da Biblioteca de São Paulo, com Daniel Sanches, Marisa Gusmão, Oseias
Vasconcelos, Tamiris Cristiane.
Para
ter acesso a todo o material disponível no seminário, envie um email para
valls@fespsp.com.br.
Matéria por Roselene
Mariane de Medeiros, aluna do sexto semestre noturno.
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