A intenção da série #PorqueEscolhiBiblio é mostrar que os alunos da FaBCI-FESPSP tem perfis diversificados e que a nossa área abrange uma grande variedade de interesses.
Nesta semana entrevistamos Ana Beatriz Cristaldo, aluna do quarto semestre do período matutino:
“Iniciei o curso técnico de Tecnologia da Informação no Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada (IBTA) como bolsista do SISUTEC, e desisti no primeiro mês. Na época trabalhava na Livraria Cultura, onde permaneci por 4 anos.
Claro que comecei a trabalhar lá pela utopia de passar horas e mais horas entre livros, mas o ritmo era pesado e as vezes recompensador. Assim escolhi Biblioteconomia, com a mesma expectativa que comecei na área e a FESPSP entre todas as outras opções (em São Paulo) foi a mais viável, já que eu queria uma graduação rápida (descartando automaticamente a USP) e de qualidade. Vale constar que, eu não acredito na Instituição Acadêmica de nível superior como uma fase OBRIGATÓRIA E INSUBSTITUÍVEL na vida de um ser humano, pelo contrário, se eu tivesse algum talento nato para qualquer outra coisa (principalmente na área de Artes) eu não me matricularia numa faculdade, pra passar quatro anos dormindo mal e com gastrite por um pedaço de papel que não significa nada, a não ser pra outro pedaço de papel chama “Curriculum” que a gente entrega pra mocinha do RH implorando por um emprego, por que sejamos sinceros, há contas para pagar e barrigas para encher.
Pois bem, claro que há (e acredite sempre vai haver, considerando que somos seres sentimentais e mais que tudo: humanos) dias difíceis, choro as quatro da manhã ônibus/metrô/trem lotado e muita olheira, porém a EXPERIÊNCIA é incrível. A FESPSP cria esse clima de debate, discussão e de desconstrução e o curso de Biblioteconomia te convida a explorar os meios de pesquisa e buscar cada vez mais as respostas, que levam a outras perguntas, que precisam de respostas... Criando um ciclo sem fim de desenvolvimento pessoal e, consequentemente, do ambiente que nos cerca.
Mas vamos falar de Biblioteconomia e Ciência da Informação:
Primeiro – NÃO TEM NADA A VER COM ECONOMIA (as vezes tem, mas não);
Segundo – O PROFISSIONAL NÃO ESTÁ FADADO Á TRABALHAR NUMA BIBLIOTECA PRO RESTO DA VIDA (só se ele quiser é claro);
Terceiro – NÓS NÃO USAMOS COQUE (só no calor);
Quarta e última – Não há uma matéria para aprender a fazer “SHIU” (é um dom natural de alguns).
É uma área com N possibilidades, da clássica bibliotecária da escola à arquiteta informacional daquela multinacional que todos conhecem. É uma área linda, mais pelo poder transformador que temos em mãos, de desenvolver a sociedade como um todo e de salvar todos esses registros para a posteridade, pois é aprendendo com o passado que criamos um novo futuro. Parece muita coisa considerando que hoje temos a internet e que esses registros cada dia mais se perdem entre outros tantos megabites, mas é bacana saber que: estamos trabalhando em conjunto com tantas outras áreas para tornar isso possível.
Mas como nem tudo é perfeito, há uma deficiência muito grande e alarmante na área em relação à nossa responsabilidade social. Estão tão preocupados em organizar, indexar, catalogar e tombar toda a informação do mundo para o futuro que esquecemos das pessoas que são os que realmente usarão isso. Este fato está visível nas produções acadêmicas - assuntos destrinchados, moídos e remoídos e outros assuntos sendo negligenciados e sem visibilidade. ISSO É UM PROBLEMA SÉRIO, que nós os novos bibliotecários temos que desconstruir.
Mas o importante é entender o papel que desempenhamos na história, sermos capazes de desempenhar o que propomos e nos sentir incríveis por isso”.
Deseja participar? É só entrar em contato via monitorcientificofabci@gmail.com para saber como!
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