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Coluna: Onde Estão os Bibliotecários? Por Grazielli de Moraes.


E antes que cheguem as férias que tal conhecer mais um profissional Bibliotecário que se formou na FESPSP em 2011 que escolheu a profissão pelo fato de desde pequeno ter frequentado bibliotecas, a fim de fazer trabalhos escolares e sempre visualizar a biblioteca como um lugar de ricos conhecimentos, história, entretenimento e cultura e sempre ter acreditado que os bibliotecários são “Guardiões da Informação e Disseminadores da cultura de nosso país”.



Bibliotecário Cláudio Ap. B. de Souza. 


Cláudio Aparecido Bispo de Souza, 37 anos se formou em 2011, até o momento não fez nenhuma pós-graduação e nem mestrado, segundo ele por conta da falta de viabilidade financeira.


“Mas em breve farei algo voltado para a Arquitetura da Informação”.

(Cláudio Ap. B. De Souza)


Além disso, para início imediato pretende participar de algum Workshop de Contação de histórias para crianças, já que é uma área que ele se identifica bastante.


Atualmente trabalha como Bibliotecário no Colégio Judaico dos mais tradicionais e antigos da cidade de São Paulo – http://www.renascenca.br/pt/.





 “E estamos numa fase muito bacana que é a construção de um novo prédio na região da Barra Funda, onde era antigamente o Parque do Playcenter. Nos dias de hoje a biblioteca possui um acervo dentro de espaço físico de 130 m² mais área externa, e no futuro novo prédio será em torno de 300m² mais área externa. No âmbito escolar é a primeira vez que atuo como bibliotecário, e já estou completando quase 4 anos, desempenhando diversos trabalhos juntos com os coordenadores, professores, diretoria e toda a comunidade judaica do entorno, obtendo resultados positivos e colocando novos desafios para serem batidos...

Sempre prevalecendo o bom relacionamento com todos os alunos desde o Infantil ao Ensino Médio, e demais colaboradores, e todos tem a total liberdade de darem criticas e sugestões para melhoria do atendimento, estrutura e acervo. A biblioteca tem um papel de suma importância na instituição, que são algumas atividades que já fazem parte do calendário pedagógico do colégio e ela está ativamente envolvida como: Ciranda de Cultura, Troca de Livros, Sebo Literário, Parceiros de Leitura, Projeto Ler é Viver, Contação de historias entre outras ações culturais. Fora as rotinas normais de uma unidade de informação que são: auxílio ao usuário, serviços de empréstimos e devoluções, levantamento bibliográficos entre outros serviços”. (Cláudio Ap. B. De Souza)


Além de ser bibliotecário nesse renomado Colégio, Claudio também é Coordenador de visitação escolar na Bienal do Livro de São Paulo, participa de Feiras Infantis e Monitora o Sarau de poesia e Literatura Afro Brasil, além de recentemente ter participado da 3ª Edição da Comic Experience Tour Recife– como Coordenador monitor de Recreação.


“... A última CCXP foi a Comic Com Tour Recife, onde em breve a próxima será CCXP São Paulo em Dezembro... Será Épico!”

(Cláudio Ap. B. De Souza)



A Biblioteconomia para o Cláudio, hoje, é um mundo de conhecimentos, entretenimentos, produção acadêmica, cultura, trocas de experiências, além disso, possibilita que o profissional atue com uma diversidade de coisas a partir da informação.


Cláudio acredita que há falta de divulgação e falta de união entre os profissionais de nossa área.


“Sinto que deveria ser ainda mais divulgada, valorizada, disseminada a atividade e a importância de um bibliotecário. E que os profissionais bibliotecários fosse mais unidos, tenho percebido uma disputa de ego e de interesses muito grande da classe... E os novos profissionais não fiquem estagnados nas mesmas coisas, se reinventem e criem novos meios para estarem mais ativos na área, desse modo, deem maior visibilidade para nossa área e amigos de profissão”. (Cláudio Ap. B. De Souza).


Se fosse pra falar da FESPS em sua formação, mencionaria seu “irmão e compadre” Rafael Frankestein que também se formou na FESPSP e foi o responsável por lhe apresentar o curso e a Instituição.

Além de estudar na FESPSP, o bibliotecário já fez parte do quadro de estagiários da biblioteca tanto da ESP quanto da FaBCI e do Centro de Documentação da FESPSP.


“... aprendi muito com as bibliotecárias e assistentes da época, e passei a investigar mais esta área que era tão antiga, porém meio esquecida para a sociedade. Sou muito grato a FESPSP e a todos do corpo docente de excelentes professores, profissionais que me deram um grande suporte para a profissão da qual eu tenho muito orgulho, em especial não desmerecendo jamais os demais, os professores: Concilia Teodósio, Vânia Funaro, Mercês, Tania Callegaro; Valéria Valls e ao grande mestre e orientador do meu TCC Ivan Russeff, a todos vocês gratidão eterna e meu muito Obrigado!!! Obrigado por me capacitarem a ser o profissional que sou hoje, onde na academia me deram o caminho das pedras, e hoje eu mesmo construo o meu próprio sucesso; são os aprendizados como cidadão consciente; de poder exercer o seu papel dentro da minha profissão junto à sociedade, e de ter uma visão mais humanitária, fez despertar o conhecimento cognitivo e investigativo dentro deste grande mundo que é o conhecimento e a informação” (Cláudio Ap. B. De Souza).



Quando questionado a respeito da Crise em nosso país e em nossa profissão, foi enfático em mencionar, que o que mais o chateia é ver instituições contratando profissionais de outras áreas para realizar tarefas de bibliotecários, enquanto isso tem um cenário de excelentes profissionais bibliotecários desempregados.


“Não temos que culpar somente a crise, mais sim este sistema errado que foi inserido e acaba sendo desmotivador aos acadêmicos da área de biblioteconomia”. (Cláudio Ap. B. De Souza).


Em relação ao CRB8, ele menciona que acredita sim que o órgão de classe seja de extrema importância para a profissão, desde que beneficie de fato o profissional, seja através de cursos livres, workshops e outras ações que agreguem valor ao currículo dos profissionais.


“Dizer que este valor pago é destinado para a regularização e fiscalização da entidade de classe é meio complicado, porque regularização tudo bem, mas a fiscalização fica bem a desejar, onde não tem um número de fiscais capacitados para atender a demanda, e as instituições acabam ficando sem as devidas penalidades pela falta de um profissional bibliotecário na área” (Cláudio Ap. B. De Souza).


Do mais, ele declara que é realizado e satisfeito profissionalmente. E menciona que se hoje é o que é e está onde está, deve a pessoas que acreditaram nele e por diversas vezes lhe deram injeção de ânimo, como por exemplo, sua esposa Cláudia Walleska que o impulsionou a nunca desistir dos seus sonhos e seguir até o final.


Para finalizar ele deixou um recadinho aos novos integrantes da Biblioteconomia:





“Sejam audaciosos, investigativos, criativos, comunicativos, revolucionários, e que tragam novas formas de trabalhar, abordagem, e que divulguem ainda mais esta nossa linda profissão que é tão antiga e ao mesmo tempo tão rica” (Cláudio Ap. B. De Souza).


Quer participar da entrevista para a coluna Onde Estão os Bibliotecários – Clique Aqui – e entre em contato.


Comentários

  1. Nossa que bacana adorei o relato me deu uma injeção de animo!

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  2. Leonela de fato a entrevista do Cláudio foi uma injeção de ânimo, recomendo que muitos profissionais possam ler.

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  3. Parabéns pela entrevista, excelente e animadora. E parabéns ao meu amigo Cláudio Bispo que hoje se tornou esse profissional dedicado, motivador e exemplo para muitos.

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  4. Parabéns por seu trabalho, amigo! Admiro a sua força, garra, bom humor e essa inquietação que o faz reinventar-se sempre.

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