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FESPSP na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Os alunos e professores da FESPSP participaram da 25ª Bienal Internacional do Livro, fazendo parte de mesas, debates, e do stande do CRB-8. Os alunos Renata Corrêa, Suziane Kubagawa, Vitória Cristina, Francisco Baraglia e a professora Valéria Valls escreveram relatos e nos enviaram fotos! Dá uma olhada!



Professora Valéria Valls:

A FESPSP em 2018 participou ativamente da Bienal do livro, em diversas ações (a programação completa está em:

Vou contar um pouco sobre a minha participação:


No dia 09 de agosto:

Fui convidada pela CBL – Câmara Brasileira do Livro para montar uma mesa com o foco em bibliotecas, o tema era livre, tinha a liberdade de propor o tema e os convidados. 

Aproveitei a chance para falar do David Lankes. A roda de conversa então foi nomeada de “A biblioteca é a escola sem currículo” e aconteceu no dia 9 de agosto, das 11h30 às 13h, no Espaço Papo de Mercado. 

Sobre o tema:A biblioteca é a escola sem currículo" é uma frase do Prof. David Lankes, cuja obra Expect More: Melhores bibliotecas para um mundo completo (editada no Brasil pela FEBAB em 2016) tem inspirado muitos bibliotecários a repensar o papel social da biblioteca e principalmente a enxergar a biblioteca como um centro de convivência e aprendizagem, focando seus produtos e serviços na real necessidade da comunidade e, mais do que isso, entendendo que a biblioteca é da comunidade, no conceito contemporâneo de "biblioteca viva".

Convidei a Sueli Regina Motta da SP Leituras e diretora da Biblioteca de SP e da Biblioteca Parque Villa Lobos e Cristiane Camizão Rokicki, Diretora das Bibliotecas Senac-SP e atuei como mediadora.



Cada uma das colegas apresentou um pouco sua visão sobre e o tema e as experiências do dia a dia que cada Biblioteca vivencia. Foi muito enriquecedor e motivador!

Na foto: Iliria Ruiz Pilissari (da Secretaria da Cultura do Estado de SP), Cristiane Camizão Rokicki (SENAC), Valéria Valls (FESPSP) e Sueli Regina Motta (SP Leituras).

Na foto: Cristiane (SENAC), Valéria (FESPSP) e Sueli (SP Leituras) durante o Papo de Mercado.

Quer conhecer um pouco mais das bibliotecas representadas no evento? Veja em:


Biblioteca de São Paulo:

Biblioteca Parque Vila Lobos:


No dia 10 de agosto:

O SinBiesp – Sindicato dos Bibliotecários, Cientistas da Informação, Historiadores, Museólogos, Documentalistas, Arquivistas, Auxiliares de Biblioteca e de Centros de Documentação do Estado de São Paulo (http://www.sinbiesp.org.br/) também promoveu uma vasta programação na bienal. No dia 10 as três escolas de biblioteconomia da cidade foram convidadas para falar no Espaço Papo de Mercado das 14h30 às 16h sobre “O futuro da Biblioteconomia no mundo digital”. Participaram a Profa. Cibele Araújo (ECA/USP), o Rogério Xavier Neves (UNIFAI) e eu, Valéria Valls (FESPSP).

A Cibele iniciou fazendo um panorama sobre as mudanças da sociedade e o curso da ECA nesse contexto. Eu fui na sequência e também apresentei um pouco sobre como o tema vem sendo tratado no nosso curso (disponível no nosso drive que pode ser acessado aqui) e também os desafios do bibliotecário no momento atual. O Rogério, como mediador, fez uma amarração legal entre o que foi apresentado e sua opinião e depois abrimos para a participação do público. No final a Vera do SinBiesp também falou e complementou a nossa apresentação, encerrando a roda de conversa.

Esse tema e espaço na Bienal foi excelente, espero que o público tenha gostado.

Foto (SinBiesp): Cibele (ECA/USP), Valéria (FESPSP) e Rogério (UNIFAI)


Além disso, estive também no stand do CRB 8ª região. Nessa Bienal alguns alunos de biblioteconomia participaram como voluntários e puderam vivenciar a importância do movimento associativo para a nossa profissão.

O mote do stand era Biblioteca Escolar para todos!

Foto: Facebook do CRB 8ª região




A aluna Vitória Cristina também nos mandou um relato:


Nos dias 03, 07 e 09 de agosto tive o prazer de estar como voluntária no stand do CRB/8, na Bienal do Livro, com a proposta de “Biblioteca Escolar Para Todos!”, que foi a ideia de levar ao público o modelo ideal de Biblioteca Escolar e ao mesmo tempo conscientizar todo o público da Lei nº 12.244 de 24 de maio de 2010, Lei que determina que toda instituição de ensino seja pública ou particular do Brasil passe a dispor de uma biblioteca com bibliotecário até 2020.

Apresentando estantes com altura que leva total autonomia aos alunos, deixando também os livros, gibis, revistas, etc de forma expostas gerando assim um interesse pelas capas chamativas, o espaço também conta com brinquedos e bonecos para auxiliar a contação de histórias e a diversão. Com o totem de auto empréstimo e de consulta trouxe a biblioteca a modernidade que as crianças estão tão acostumadas.

O espaço visa mostrar aos alunos, aos professores e a direção das escolas a importância de uma Biblioteca Escolar, mostrando que é possível existir liberdade e diversão dentro do espaço que por muito tempo foi visto como espaço de castigo e chato.

(Foto: Parte da equipe – Stand CRB/8)
Durante toda a Bienal houve mobilizações e incentivo de leitura, com contação de história, biblioterapia, bate-papos com temas atuais das bibliotecas. No stand também foi possível que o bibliotecário com registro ativo retirasse sua CIB (Cédula de Identidade do Bibliotecário), uma nova identidade válida em todo território nacional, como uma forma de identificação do profissional de biblioteconomia.


Abaixo algumas fotos do stand do CRB/8:

Foto: Expositor de livros e revistas, totem de busca e totem de auto empréstimo

O aluno do 2º semestre Francisco Baraglia nos enviou seus registros fotográficos:






A aluna do 6º semestre Suziane Kubagawa fez o seguinte relato:


Foi uma ótima experiência a adquirida neste evento. Eu pude observar que quase 100% das pessoas que eu expliquei sobre a lei 12.244/2010, foram muito solícitas em assinar o manifesto. Algumas começam a contar que as escolas do filhos, sobrinhos, etc., não tinham biblioteca, por isso, faziam questão de assinar.


Uma senhora contou sobre a diferença entre o gosto pela leitura da filha dela (que estudou numa escola municipal que tinha biblioteca e bibliotecário, sala de leitura, etc.), e o sobrinho que estudou numa escola particular que não tinha biblioteca. Enquanto ele não gosta de ler, a filha sempre está procurando algum livro para ler.


E para fechar com chave de ouro, a Renata Corrêa, também do último semestre nos envio esse relato-guia. Todas as fotos foram tiradas por ela:


A  25ª BIENAL DO LIVRO NOS 7 DIAS EM QUE ESTIVE PRESENTE COMO VOLUNTÁRIA
NO STAND DO CRB-8

A 25º bienal do livro tinha como temática a cultura árabe e trouxe como proposta literária os contos das Mil e uma Noites, expondo a tradição dos contos de Sherazade, e a prática  da contação de historias que transmite  a cultura dos povos  e atrai  pessoas para o mundo da leitura em busca da fantasia e do conhecimento.



Como não poderia deixar de ser, os stands foram uma atração a parte. Em tempos de selfies e registros em redes sociais, as filas se formavam para um click em frente a cenários bem elaborados, criativos, remetendo a cenas do imaginário criado pelos livros, por frases e mensagens que se tornam legendas espirituosas e marcantes nas redes.

Aqui o registro de alguns stands que foram super disputados pelas pessoas nos 10 dias em que a Bienal esteve presente no Pavilhão do Anhembi:











O Stand dos Emirados Árabes, representando a cidade de Sharjah,  considerada pela UNESCO a capital mundial do livro em 2018, trazia além de livros árabes traduzidos para o português, a cultura, vestimenta,  religião e alguns objetos que remetia os transeuntes ao Oriente Médio.




Para os visitantes interessados em entender um pouco da cultura e religião, uma recepção muito amistosa por parte da delegação de origem árabe que expunha o Islamismo e os costumes do Oriente Médio.

As celebridades convidadas pelos stands para sessão de autógrafos e mesas de discussão, também provocavam filas enormes e alguns deles valia a pena o tempo dispensado, entre eles Mario Sergio Cortella e Eduardo Suplicy, muito simpáticos e receptivos movimentavam ainda mais a compra dos exemplares nos stands das editoras.



Além dos nomes disputados pelo publico adulto, havia também os fenômenos virtuais, youtubers, blogueiros e digital influencers que atraiam uma multidão de pessoas para os stands e zonas de autógrafos e fotos, causando verdadeiro furor entre os jovens, consumidadores de literatura geek, rpg, jogos e cibercultura.

O publico infantil e adultos nostálgicos, tiveram o prazer de presenciar Mauricio de Souza e Ziraldo juntos em um bate papo agradável, com direito a um parabéns em coro para o Ziraldo que completava 85 anos. Os dois apresentaram “Monica e o Menino Maluquinho na Montanha Magica”, este dueto incrível lançaram  um projeto que consagra duas vidas dedicadas à literatura infantil e que ajudou na formação de leitores de varias gerações, no Brasil e no exterior. 



Paralelo à presença do livro como o convidado mais ilustre da  25ª Bienal,  celebridades, cosplayers, brindes e stands maravilhosos,  o CRB-8 mais uma vez estava presente à Bienal, com uma proposta muito séria e de interesse da nossa classe profissional e da sociedade civil como um todo, a apresentação do Manifesto Popular sobre a lei 12.244/2010 da Universalização das Bibliotecas Escolares


O stand BIBILIOTE ESCOLAR PARA TODOS contou com a colaboração da sempre unida equipe do CRB-8 , professores, colaboradores, empresas ligadas à área de Ciência da Informação e estudantes de biblioteconomia das universidades FESPSP-FaBCI, ECA-USP e UNUIFAI como voluntários.



A abordagem acontecia pelos corredores da Bienal e em frente ao stand do CRB-8, que este ano estava na rua N,  a palavra Biblioteca Escolar exercia uma reação instantânea de aceitação e receptividade por parte dos transeuntes. Apresentar a profissão e a atuação do bibliotecário como mediador da informação e o reconhecimento das pessoas foi muito gratificante.

Estar na Bienal em contato com os mais diversos profissionais do setor literário como editores e autores, educadores, estudantes da rede publica e privada de todos níveis, amantes da literatura de todos os gêneros, todos abertos a receber o convite para o registro de sua assinatura no manifesto do CRB-8  e demonstrar total apoio a causa e a REAL NECESSIDADE de que a lei, já aprovada, realmente seja colocada em pratica até o prazo de 2020, foi gratificante.



Todas as pessoas presentes em uma feira literária sabem do poder transformador da leitura, do poder do conhecimento extraído dos livros e do papel do profissional bibliotecário como mediador no processo de acesso à informação e de como é NECESSÁRIO a presença do mesmo, em um aparelho de apoio ao ensino, como bem disse nossa professora Mercês.


Eu como estudante de bibliotecomonia, tive o privilegio, o prazer e a grata satisfação de participar deste evento, de estar em contato com a equipe do CRB-8, de rever colegas e conhecer mais estudantes de Biblio, ouvir professores falando do poder e dos desafios da biblioteca escolar no cenário educacional  e receber o sorriso de todas as pessoas que se dispunham em colaborar com nossa “causa”, uma causa universal, uma bandeira de deveria ser levantada todos os dias pela sociedade de todos os países do mundo.

Valeu a Pena!



Muito obrigada pela participação! Já estamos com saudades da Bienal! 



A opinião dos colunistas e dos relatos publicados não representam necessariamente a posição da FaBCI da FESPSP, ou de sua Monitoria Científica. A responsabilidade total é do(a) autor(a)do texto.

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