Os alunos do 1º semestre noturno realizaram no dia 7 de maio uma visita técnica à biblioteca do Museu Afro Brasil sob supervisão da professora Maria Rosa Crespo. Veja como foi!
Como dissemos no último boletim, as visitas técnicas realizadas pelas turmas do 1º ano estão inseridas no plano de ensino da disciplina Introdução aos Serviços de Informação, ministrada pela professora Andréia Gonçalves e fazem parte da análise prática dos temas discutidos em sala.
Desta vez, foi a bibliotecária Romilda Silva e sua assistente Izabel Correia dos Santos Monteiro que nos atenderam e apresentaram aos alunos da FaBCI a Biblioteca Carolina Maria de Jesus. Além de contar sobre o funcionamento técnico da biblioteca, como já é tradição, os alunos também ouviram um pouco das motivações pessoais que levaram a Romilda optar pelo campo da Biblioteconomia.
Sobre a visita técnica, a aluna Ana Ponciano nos deu o seguinte depoimento:
O Museu Afro Brasil me surpreendeu logo quando entrei. A exuberância da sua decoração e peças artísticas encanta o visitante logo no primeiro momento. A turma do noturno do 1º semestre foi recebida pela Bibliotecária Romilda, na Biblioteca Carolina Maria de Jesus, que explicou sobre o seu histórico, acervo, visitantes, e contou sobre a patronesse. O que mais surpreendeu, além da história da Carolina, foi a informação de material especial do acervo: livros antigos, antes da abolição, e notas fiscais da venda de escravos. Algo tantas vezes falado, ensinado, mas ali pareceu muito real. Que aconteceu no Brasil.Inaugurada em maio do ano de 2005, a Biblioteca Carolina Maria de Jesus do Museu Afro Brasil, recebeu esse nome em homenagem a uma catadora de papel que viveu na favela do Canindé, em São Paulo, e transformou-se em escritora na década de 1960 após a publicação do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. Trata-se de um diário particular onde Carolina escrevia, a partir da pouca instrução escolar que possuía, os pensamentos e angústias da difícil vida que levava.
Tivemos visita monitorada, o qual nos esclareceu muitos fatos da cultura africana e de seus descendentes no Brasil. Esculturas, quadros, tecidos de uma etnia, religião, uma riqueza cultural que muitas vezes é desprezada e dita como primitiva. Nosso olhar ocidental contemporâneo não consegue ir além, é preciso um esforço e estudo para conhecer esse ‘outro’. E apreciar o que ele pode oferecer.
Assim como uma bibliografia mais completa sobre a vida de Carolina Maria de Jesus, a biblioteca tem como proposta promover o processo de reconstrução histórica do Brasil a partir da vertente afro descendente. Para isso, conta com um acervo especializado de cerca de cinco mil itens disponibilizados ao público em geral para consulta interna.
Para saber mais sobre a biblioteca do Museu Afro Brasil acesse http://www.museuafrobrasil.org.br. E confiram também as fotos da visita na seção “Biblioteca na câmera”!
Notícia enviada por Andréia Gonçalves, Professora do curso de
Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP.
Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP.
A cobertura da Monitora Científica nas visitas monitoradas está excelente!!!
ResponderExcluirAo divulgar estes eventos estamos fazendo um convite para os alunos dos outros semestres, para os outros professores e para toda a comunidade bibliotecária conhecer os espaços maravilhosos que visitamos.
Obrigada Roberta e parabéns pelas matérias do Monitor.
Andréia Gonçalves Silva