Monitoria Científica FaBCI-FESPSP

Elas estão em todos lugares, hora lá hora cá. Mas em certo dia ela sem querer se encontraram num espaço que era de todos. As pessoas passavam por aquele espaço público sem entender de fato que o que significava aquele amotado de livros. Seria história? Seria educação? Seria Cultura? Ou será que era mesmo vários livros empoeirados, bons para jogar no lixo? Elas também não entendiam os motivos que as levara até li.  Uma biblioteca, tão pequena e desorganizada, sem leitores e movimentos. Mas nesse dia, tudo foi diferente. As cantorias que rondavam aquele espaço foram silenciadas. As ordens que vinham de todos os lados foram abafadas e elas puderam ficar ali sentadas. E assim ficaram uma manhã inteira, sentadas sem pretensão de nada. Mas puderam falar, ouvir, encantar, admirar e sonhar. Elas puderam ser elas mesmas, com seus encantos e tristezas. E foi nesse a lugar que lhe deu esperança para os próximos dias.

Era um dia comum, um pouco cinza e frio. Clima perfeito para se concentrar e catalogar um grande volume de livros, já que o movimento de leitores era pouco e as demandas administrativas diminuíram. Estava tudo perfeito para colocar em prática o sonho do catálogo perfeito em representaria ou a riqueza da biblioteca. Mas não foi o que aconteceu. Começou uma conversa. Conversa séria sobre propostas, problemas e grandes questões. Falas sobre políticos, política e questões públicas. Rodeado sobre desejos, sonhos e encantos. Houve dores, feridas, depressão, solidão, repressão e frustação. Em certo momento, a conversa escureceu e ficou mais cinza que o dia. Foi então que chegou à cura, as terapias, a fé, a esperança e o querer bem. O diálogo foi assim sendo construído, cada uma falava uma página dos seus pensamentos e sentimentos. A outra recuperava uma situação vivenciada e nisso passou o tempo. Passo o tempo, passou o tempo e tempo passou. Não tocamos em nenhum livro, não indexamo...