Kelly Morais
Cantiliano, 30 anos, formada em 2013 pela FESPSP (última turma de 4 anos),
atualmente atua com atendimento, pesquisa, atividades técnicas, contações de
histórias, rodas de leitura e jogos na Biblioteca
Escolar do Colégio Joana D’arc, nos prestigiou com uma entrevista pra lá de
interessante, tendo em vista que a sua participação no CA (Centro Acadêmico) Rubem Borba de Moraes.
Para a Bibliotecária, a biblioteconomia ultrapassa
os muros da administração, arranjo, conservação e organização de acervos, ela
tem seu papel social e objetivos voltados à produção e troca de conhecimento.
“... Ela possui um papel social,
seu principal objetivo é organizar a informação produzida por nós para
possibilitar a troca de conhecimento. Porém não é um processo mecânico e
impessoal, ao contrário, envolve e precisa de pessoas, exige contato direto do
profissional para conseguir identificar cada público com as suas necessidades,
linguagens e culturas”.
A experiência enquanto aluna da FESP para ela, foi
produtiva e construtiva, já que conheceu pessoas diferentes às que já tinha
conhecido (em relação a cultura e pensamentos), além disso, menciona que a
partir do momento que entrou na graduação da FESP, uma sementinha que existia
dentro dela brotou e cada dia mais vem crescendo, que é a semente da “sede do
saber”, é o questionar, agir e mudar e como a mesma disse, mudar e transformar
o mundo em algo cada vez melhor.
“É esse o principal pensamento
que levo da FESPSP para os locais onde trabalho. Saber respeitar as opiniões e
a diversidade é algo fundamental para o bibliotecário”.
Quando
questionada a respeito do que pode ser mudado na Biblioteconomia, ela não
hesitou, e mencionou que a princípio é necessário “sair um pouco da teoria e ir
para a prática”, é necessário ainda testarmos e exercitarmos a nossa
criatividade e ainda mais a nossa capacidade em lidar com as mudanças, falta de
recursos num contexto geral, e, mais do que isso, estarmos preparados para um
mercado engessado e com medo de arriscar o novo, seja propondo o novo, ou nos
adequando à ele.
Aos novos integrantes é deixou a seguinte
mensagem:
“Na faculdade ao estudar as
disciplinas ficamos em dúvida sobre qual segmento da Biblioteconomia seguir ou
as vezes trabalhamos com algo que não é o nosso perfil. Por este motivo é
preciso analisar o que gostamos para desempenhar bem a nossa função, do mesmo
modo, é importante valorizar a nossa profissão.
Se você escolheu ser
bibliotecário faça com o coração”.
Falando sobre
o Centro Acadêmico:
Segundo a Kelly,
a ideia de reabrir o CA surgiu com a inauguração do prédio novo da FESPSP.
“Os alunos passaram a interagir mais, algo que não acontecia antes
porque as turmas ficavam distribuídas em vários andares no prédio antigo. Com o
começo dessa interação os estudantes de Biblioteconomia; e também os de
Sociologia, que já tinham o CAFF (Centro Acadêmico Florestan Fernandes)
contribuíram com ideias e na divulgação do CA do Borba”.
Tendo em vista
que os principais objetivos do CA são unificar, ouvir sugestões e representar
estudantes da graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação junto à
Coordenação e Direção Acadêmica buscando a parceria para melhoria do curso, a
mesma menciona que em seu período de atuação enquanto Presidente do CA, teve
uma participação satisfatória dentro de suas possibilidades, sempre foi
engajada e tentava sempre que possível motivar as pessoas a participarem.
“Não há dúvidas que o CA do Borba teve um papel importante no novo
momento da FESPSP com a inauguração do prédio. O mezanino, local onde fica o
CA, era movimentado. Lá conhecíamos melhor cada estudante do curso de
Biblioteconomia e tirávamos dúvidas sobre as disciplinas. Alguns professores
nos visitavam para compartilhar suas experiências. Os alunos se encontravam lá
antes da primeira aula e iam no intervalo, esse espaço proporcionou a formação
de muitas ideias e opiniões...”.
Além disso, em
seu período de atuação no CA, conseguiu realizar diversas atividades de modo ao
cumprir ainda mais com o papel do CA, como:
- Feiras de
troca de livros
- Palestras,
debates e mesas redondas temáticas;
- PEC (Programa
de Enriquecimento Curricular) – profissionais sugeridos pela equipe do CA;
- Intervenções
para recepção de calouros e veteranos;
- Eleições e
espaço para novas ideias;
- Comemorações
do dia da profissão;
Além disso, o “Destrave-se” (criado
a partir da Disciplina de Ação Cultural – Professora Tânia Callegaro) e o tão famoso concurso “Miss Traça” (Criado pelo ex-aluno
Marcelo Leandro) que eu (Grazielli de Moraes) participei e gostei muito, também
foram criados a partir do CA.
“Quanto ao meu papel como Presidente do CA, acho que consegui convencer
os meus colegas de faculdade e de curso que é possível criar, questionar e
expor nossas ideias para a Coordenação Pedagógica da Fundação e ser apoiados e
incentivados. O CA do Borba sempre buscou trabalhar em conjunto e reconhecer o
valor de cada pessoa dentro da instituição, incluindo os funcionários”.
Ela menciona que talvez o fato de o CA estar desativado seja a questão
de falta de tempo dos alunos, tendo em vista que a mesma mencionou que na época
em que ela participava o curso de 4 anos já era puxado, agora, como o curso é
de 3 anos, imagina que seja ainda mais, e mesmo que ex-alunos continuem é
necessária a participação ativa dos novos alunos, só assim é possível atender
demandas e se tornar mais dinâmico.
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