Na manhã do dia 02/03, segundo dia do evento, teve início a Mesa 3 - Desafios para Programações Acessíveis em Bibliotecas na qual os convidados comentaram sobre formas de propiciar diversidade de materiais para pessoas com necessidades.
A convidada Maria de Lourdes López López (Vice-presidente do Programa Iberoamericano de Bibliotecas Públicas) comentou sobre o Programa Iberoamericano - Iberbibliotecas, que visa promover o acesso livre e gratuito à leitura para todos os cidadãos. O programa conta com a participação de oito países: Espanha, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Paraguai, além de duas cidades: Bogotá e Medelín. Em 2013, o estado do Ceará participou como convidado.
A convidada Maria de Lourdes López López (Vice-presidente do Programa Iberoamericano de Bibliotecas Públicas) comentou sobre o Programa Iberoamericano - Iberbibliotecas, que visa promover o acesso livre e gratuito à leitura para todos os cidadãos. O programa conta com a participação de oito países: Espanha, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Paraguai, além de duas cidades: Bogotá e Medelín. Em 2013, o estado do Ceará participou como convidado.
Representantes de algumas regiões do Projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas relataram suas experiências no atendimento a portadores de necessidades especiais em suas unidades de bibliotecas, mencionando os seguintes equipamentos e recursos disponíveis a esse público:
1) México
Há instalações especiais para deficientes visuais e auditivos; localização das bibliotecas em andares térreos, com acesso direto a partir da rua; rampas com corrimões; pisos táteis; corredores amplos para circulação de cadeiras de rodas ou muletas; cursos de capacitação para as equipes de bibliotecas; acesso ao acervo em Braille e audiolivros; mobiliário ergonômico; uso de piso guia na área de tratamento de materiais.
2) São Paulo
Miro Nalles mencionou 70 ações inclusivas com a Prefeitura de São Paulo para Bibliotecas Públicas e comentou sobre o desafio de realizar programações culturais acessíveis nas bibliotecas. Há um compromisso em conseguir 100% de bibliotecas acessíveis em São Paulo, mas, segundo ele, estamos longe disso; há apenas 53%. Nalles enfatizou que não adianta ter o equipamento acessível se o entorno não está, ou seja, se o portador de necessidades especias não consegue chegar ao local (devido ao mau estado das calçadas, dos meios de transporte, etc.). É preciso pesquisar o que há no entorno. Todas as bibliotecas têm audiolivros e acervo Braille, distribuídos nas bibliotecas pela Fundação Dorina Nowill e uma pequena produção do Centro Cultural São Paulo. Está sendo articulada uma Política de Desenvolvimento de Coleções para esse público, com foco na inclusão de materiais acessíveis. O acervo Braille consta nas regiões Norte, Oeste, Leste 1 e 2 e Sul. Comentou ainda sobre a necessidade de habilitar pessoas para operarem os equipamentos de acessibilidade, além da capacitação e sensibilização de funcionários para o atendimento desse público, algumas ações foram feitas: 40% dos funcionários da rede participaram dessa ação, foi feito um mapeamento das pessoas com deficiências na cidade de São Paulo. Projetos do Centro Cultural São Paulo: a) Biblioteca de Culturas Surdas (libras, obras raras, eventos etc); b) Biblioteca Braille.
Há a Lei 16.333 de 18 de dezembro de 2015 que institui o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB), sancionada pelo Prefeito Haddad. O Artigo 3º institui em seus parágrafos:
VI - a garantia da acessibilidade ao livro, à leitura, à literatura e aos espaços a eles dedicados, em todas as suas acepções: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática;
VII - a consideração da pessoa com deficiência em todas as atividades desenvolvidas.
A biblioteca pública é uma organização estabelecida, apoiada e financiada pela comunidade, seja através de uma autoridade ou organismo local, regional ou nacional, ou qualquer outra forma organização coletiva. Fornece acesso ao conhecimento, informação e obras da imaginação através de uma série de recursos e serviços e está disponível para todos os membros da comunidade da mesma forma, independentemente da sua raça, nacionalidade, idade, sexo, religião, língua, deficiência, situação econômica e de emprego e nível educacional.
A biblioteca pública é uma organização estabelecida, apoiada e financiada pela comunidade, seja através de uma autoridade ou organismo local, regional ou nacional, ou qualquer outra forma organização coletiva. Fornece acesso ao conhecimento, informação e obras da imaginação através de uma série de recursos e serviços e está disponível para todos os membros da comunidade da mesma forma, independentemente da sua raça, nacionalidade, idade, sexo, religião, língua, deficiência, situação econômica e de emprego e nível educacional.
3) Minas Gerais
Tem curso para catalogadores sobre Braille, sendo que esse setor da biblioteca tem 50 anos de existência; capacitação para gestores; curso de libras; rede de leitura inclusiva; acessibilidade.
4) Maranhão
A gestão da biblioteca trabalha para serem referência em biblioteca pública assistida. Há sessão de cinema com recursos de acessibilidade, entre outros.
5) Bahia
No setor Braille, a biblioteca é considerada referência pela estrutura física e programas culturais. Há um grupo voluntário de copistas e ledores, mais de 40 anos, com plantões diários que gravam a leitura e leem, realizam empréstimos de máquinas Braille.
De acordo com a definição das Diretrizes da IFLA/UNESCO para o desenvolvimento do serviço de biblioteca pública, de abril de 2001:
A biblioteca pública é uma organização estabelecida, apoiada e financiada pela comunidade, seja através de uma autoridade ou organismo local, regional ou nacional, ou qualquer outra forma organização coletiva. Fornece acesso ao conhecimento, informação e obras da imaginação através de uma série de recursos e serviços e está disponível para todos os membros da comunidade da mesma forma, independentemente da sua raça, nacionalidade, idade, sexo, religião, língua, deficiência, situação econômica e de emprego e nível educacional.
O mediador da mesa, Naziberto Lopes de Oliveira (Coordenador do Movimento pelo Livro e Leitura Acessíveis no Brasil - MOLLA), fez alguns apontamentos importantes:
"Acessibilidade é para todos, principalmente com a idade".
"A acessibilidade deve ser um convite, não uma convocação".
"Não subestime o deficiente, ele sabe como manusear os equipamentos".
"Não se pode segregar o acesso e o deficiente. Deve ser biblioteca para todos, atendendo qualquer tipo de deficiência. Não se pode ter apenas um único local de acesso para um único deficiente".
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