Na matéria Tópicos Avançados em Gestão da Informação e do Conhecimento, ministrada pela Profa. Valéria Valls, os alunos tiveram que desenvolver uma atividade sobre Bibliotecários e sua atuação na Gestão do Conhecimento.
Ficou curioso para saber como essa parceria funciona? Então dá uma
olhada na listagem de artigos e TCCs sobre Gestão do Conhecimento disponíveis para você
saber mais sobre o assunto que a Biblioteca da FESPSP nos enviou, e nas respostas dos alunos do 6º
semestre: Marina Maschietto, Ingrid Passos, Rosângela
Batista, Lucilla
Simonsen e Renato Reis!
Fonte: Prova Fácil |
Marina Maschietto
Bibliotecários
e a Gestão do Conhecimento
Você sabe o que é Gestão do
Conhecimento?
Sabia que essa pode ser uma boa
oportunidade de campo de trabalho para Bibliotecários?
A Gestão do Conhecimento pode ser
encarada com um dos objetos de estudo mais interdisciplinares que estão em alta
na atualidade, pois, abrange áreas como Administração, T.I, Engenharia de
Produção, e até a Biblioteconomia.
Apesar de alguns autores ainda
acreditarem que a Gestão do Conhecimento pode não apresentar tantos aspectos positivos
e sugerirem que esse tipo de posicionamento por parte da empresa “rouba”
conhecimento do funcionário, e que é impossível “gerir o conhecimento humano”
tendo em vista que isso é algo bastante pessoal, defende-se a ideia de que a
Gestão do Conhecimento, na verdade é a Gestão dos processos que ajudam a registar,
criar e por que não, disseminar esse conhecimento (ainda que essa última ação
seja mais uma faceta da Gestão da Informação).
Dessa forma, é de suma
importância, reconhecer o papel do bibliotecário nesse meio, e entende-lo como
possibilidade de campo para trabalhos e estudos futuros, Sendo assim,
apontam-se algumas oportunidades, dentre elas cita-se a manutenção de um serviço de informação, da perspectiva do repositório
de conhecimento explícito o que, não foge muito à lógica de organizar
informação para que seja acessada posteriormente, algo já bastante conhecido
pelos profissionais da área, o desafio nesse caso pode ser aplicar e customizar essa lógica a outro ambiente que não o
“tradicional”, ampliando nosso o campo
de atuação.
A partir da criação ou manutenção
de um repositório, se percebe outro ponto bastante comentado e difundido pela
Gestão do conhecimento: a promoção de interação
humana e a ideia de re-uso do
conhecimento, algo que apesar de parecer óbvio, nem sempre é uma estratégia
utilizada, e nada mais é que o compartilhamento de conhecimento entre as
pessoas da organização, como forma de acabar com situações comuns como casos
onde pessoas que possuem cargos de nível estratégicos ou de liderança, ou ainda
realizam tal tarefa com excelência tão grande que os processos acabam
entesourados naquela pessoa ou área, nesse aspecto o bibliotecário atua
promovendo a democratização do acesso à
informação, e a empresa garante isso por meio de manuais, regulamentos e
procedimentos atualizados e reais, onde se tem a certeza de que o que está
nesses documentos é seguido à risca.
Além disso, o profissional bibliotecário
também pode dar o suporte como mediador
entre as necessidades de conhecimento e as fontes disponíveis, outro
aspecto bastante comum na rotina tradicional de um bibliotecário, que é o
processo de auxiliar o usuário a encontrar a informação que ele necessita, e
que deverá apenas ser adaptada à realidade da empresa.
Após todos esses exemplos, fica
bastante explícito o quanto o bibliotecário trabalhando com Gestão do
Conhecimento não é apenas possível e plausível, como necessário, para que esse
tipo de gestão seja implantado com essa visão além do alcance que esse
profissional da informação precisa ter nesse contexto, se baseando ainda, em
estratégias como a adoção de uma linha de sucessão, o mapeamento de
competências das pessoas da equipe, reforçando ainda, que isso somente é
possível com o foco nas pessoas, na cultura e nos valores da organização.
Fonte: FAPPES |
Ingrid
Passos e Rosângela
Batista
A ATUAÇÃO DO
BIBLIOTECÁRIO NA GESTÃO DO CONHECIMENTO
"Se
você é bibliotecário, então você só pode trabalhar em biblioteca?"
Quem
criou essa barreira imaginária não tinha noção da variedade das áreas de
atuação de um profissional bibliotecário. Além de classificar e recuperar os
livros nas bibliotecas, indexar e armazenar documentos em arquivos e fazer a
curadoria dos artigos dos museus, um bibliotecário pode (e deve) atuar em
diversas outras áreas!
"Mas
como?"
O que
você faz quando vai a uma biblioteca, visita um museu ou recupera um documento
em um arquivo? Busca uma informação, certo? Essa informação pode, muitas vezes,
contribuir com a construção do seu conhecimento. Encontramos o elemento chave
de trabalho do bibliotecário: a informação. Considerando que o mundo se
comunica e gira em torno da informação, um bibliotecário, com suas técnicas e
habilidades, pode atuar em diversos segmentos, sempre buscando melhorar os
meios de acesso à informação de acordo com as necessidades e interesses de quem
acessa.
Tecnologia,
saúde, arte, educação, comunicação, finanças são algumas das áreas possíveis de
atuação. Na área de Tecnologia da Informação, por exemplo, um bibliotecário
pode contribuir com a taxonomia e folksonomia, extraindo termos passíveis de serem
taggeados facilitando o processo de
busca. Pode também contribuir com a User Experience
(UX), aplicando conceitos de navegabilidade e usabilidade, tornando a interface
de sites mais objetiva. Com isso, as possibilidades de uma pessoa conseguir
pesquisar, recuperar, acessar e utilizar as informações que necessita são maiores.
Em empresas
recém-constituídas, que já vivem dentro de um processo de criação acelerada de
documentos nato-digitais, com uma considerável rotatividade das funções dos
colaboradores e sem uma preocupação com o controle organizacional de seus
procedimentos, a tendência é deixar escapar informações importantes. O mesmo se
dá com instituições renomadas, com décadas de história que, às vezes,
representam não só a sua própria, mas a memória de um bairro, de uma cidade ou
de um Estado.
Mas onde
entra o bibliotecário nessa história? Como gestores do conhecimento, podemos
colaborar, por exemplo, na elaboração de manuais das atividades principais de
cada função, criar fluxogramas, em conjunto com a equipe de funcionários, etc. Processos
de trabalho bem descritos fazem com que a empresa não se desespere ao perder um
funcionário que pode levar com ele toda sua expertise e uma parte da memória do
seu trabalho. Além disso, o bibliotecário pode organizar documentos, arquivos,
criar repositórios institucionais, junto com a equipe de T.I., e ajudar a
disponibilizar e dar acesso à informação a um número infinito de pessoas, via
web.
E agora?
Você ainda acha que bibliotecário só serve para guardar livros na estante?
Fonte: erlich.com.br |
Lucilla Simonsen e
Renato Reis
Uma
organização (empresa/instituição), enquanto produtora de diversas informações gera
muito conhecimento interno e externo a ela. Pensando em técnicas, elaborações,
conhecimentos tácitos (aqueles colaboradores), operações básicas etc. é que se
constroem acessibilidades cada vez mais abertas à comunidade da organização em
questão. Todo fazer, todo trabalho bem realizado e, de certa forma, padronizado
no interior de uma empresa pode ser mensurado e registrado de alguma forma
sobre algum suporte, o qual se transforma, portanto, em acontecimento
explícito.
Logo
é interessante que haja políticas de bom uso desse tipo de informação tão
intrínseca das portas das organizações para dentro e, porque não, para fora.
Tais conhecimentos podem sim servir de ajuda e referência para o que houver em
demandas mercadológicas, no geral e no específico.
Tais
relações de conhecimento – homem – conhecimento ou de homem – conhecimento –
homem geram valor à organização e também ao próprio engrandecimento humano em
que se trata de sua bagagem intelectual e cultural. Isso traz grandes e
incontáveis vantagens, tanto para o bem-estar humano, quanto para o crescimento
do capital das organizações. Além disso, gera-se um senso de comunidade, de
disseminação da informação rico em conhecimento e com uma consciência de que
isto contribuirá para o aprimoramento das sociedades e da construção de uma
convivência mais harmônica. Essa finalidade encerra o “ciclo” que se faz em
deixar a informação e o conhecimento minimamente acessíveis.
A opinião dos colunistas e dos relatos publicados não representam necessariamente a posição da FaBCI da FESPSP, ou de sua Monitoria Científica. A responsabilidade total é do(a) autor(a)do texto.
Comentários
Postar um comentário