E pra quem estava com saudades, ela está de volta.
Vejam as resenhas dos queridos Ana Beatriz
e Renato na coluna: Filme da Semana, trazendo sempre ótimas dicas de super
produções especialmente para a comunidade FaBCI.
Aproveitem!
Um dos momentos mais marcantes das férias, pra mim,
foi a estreia do Dunkirk (2017), tema dos meus escritos dessa semana. Do
diretor Christopher Nolan, não pensei duas vezes antes de ir assistir
(excelentemente bem acompanhado, inclusive), afinal o cara é um dos meus
diretores favoritos!
Vocês devem se lembrar da chuva de postagens que rolou
na web nas vésperas da estreia e toda aquela especulação midiática e da crítica.
Pois bem, foi toda uma enxurrada informacional que deu pano pra manga de todas
as questões artísticas da produção do filme, literalmente. Mas vão por mim:
aprendam a ignorar às vezes o que a galera joga na internet e tirem suas
próprias conclusões do filme (tanto que ninguém é obrigado a ser crítico de
cinema, né!). Há, sim, várias visões sobre o filme, muito diferentes umas das
outras.
E cá estou pra entregar a vocês a minha visão sobre o
filme e dizer: SIM, CORRAM JÁ PRO CINEMA!
Espero que gostem, um ótimo semestre pra todos nós e
até a próxima!
Dunkirk (2017)
Por Renato Reis
Christopher Nolan, conhecido e aclamado por seus
filmes cabeçudos e recheados de tramas complicadas e muito bem elaboradas,
dessa vez conta a história de Dunkirk (ou Dunquerque no bom e velho português),
cidade costeira da França que ficou conhecida pelos fatos do encurralamento dos
cerca de 350.000 soldados ingleses na Segunda Guerra Mundial. A Operação
Dynamo, então retratada no filme, ficou conhecida por resgatar a grande maioria
desses homens em via marítima. Foi uma grande força tarefa inglesa, motivada
por Churchill, com o grande objetivo de salvar esses homens.
O filme já começa tenso! Dá pra sentir na pele a
agonia dos soldados naquela cidade e como se sentiam cada vez mais cercados
pelas tropas alemãs. Apesar de não haver representação dos militares alemães (o
que senti um pouco de falta para um filme de guerra), o espectador os sente
como se estivesse também em seu encalço. E é isso o filme TODO, galera! Fora a
trilha sonora de Hans Zimmer, que está uma loucura, que só aumenta o ritmo dos
batimentos cardíacos dentro do cinema...
O filme não tem protagonista, ou seja, não tem um
herói específico ou algum personagem que se destaque mais do que os outros.
Isso é o que mais se admira (eu pelo menos adorei!) num filme como esses. Estão
todos sob a mesma condição. Todos num mato sem cachorro, em outras palavras. E
cada um se vira do jeito que pode pra poder escapar, mas sem perder o senso de
empatia humana, é claro.
Dunkirk (2017)
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Fionn Witehead, Aneurin Barnard, Harry Styles e Damien
Bonnard interpretam os soldados Tommy, Gibson, Alex e... Bem... Não é bem lá um
inglês e não se sabe seu nome, respectivamente. Na verdade todos eles dão um SHOW
de atuação! É legal ver o talento de cada ator tão jovem no decorrer de cada
cena. Vide o desespero que a guerra impõe sobre o psicológico de todos, a trama
só ressalta a ideia do “cada um por si” e o vitimismo mais que justificável dos
militares ingleses naquela bacia de sangue e morte que começou a se tornar
Dunquerque...
E isso não é nada perto de toda a tensão alinhada pela
construção cronológica que Nolan faz ao longo do filme em três partes (Terra,
Ar e Mar), a qual ele quebra totalmente e faz uma espécie de quebra-cabeça do
tempo com o espectador. Quem conhece esse diretor, sabe que ele domina esse
tipo de narrativa e a faz com tamanha maestria de encher os olhos! É
simplesmente genial, senhoras e senhores!
Run, Tommy! Run!
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Os efeitos sonoros estão animais também! Aliás, é
através deles, junto com a trilha sonora frenética de Zimmer supracitada, que
Nolan bota mais pressão e tensão ainda sobre os sentidos de quem vê o filme. O
filme começa e dentro de 3 ou 4 minutos, as coisas já rolam, a sensação de
perseguição e o frenesi já entram em ação na história e aí mal conseguimos
respirar direito durante o filme todo. É um prato cheio pra quem não curte filmes
parados (é, só que a gente até implora misericórdia e um alívio dentro das uma
hora e 45 minutos de filme).
Tom Hardy (Farrier) arrasa como sempre em atuação,
apesar de estar num personagem um pouco limitado pelas circunstâncias do seu papel.
E o vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante (em A Ponte dos Espiões
(2015)), Mark Rylance, interpretando o Mr. Dawson, nos deixa impressionados
também com a realidade emocional que consegue transmitir.
Eu li várias críticas e análises de terceiros sobre o
filme e valido os elogios: são todos verdadeiros, e até um tantão mais do que
se diz a respeito; e desaprovo os mimimis:
uma galera que não sabe apreciar um bom filme na poltrona do cinema fica
polemizando pra ganhar mais seguidores ou mais likes, sei lá, só não os
ouçam/leiam! Pronto falei!
Dunkirk (2017) tem grandes
qualidades e é uma aposta de ouro para fazer o rapa nos Oscars em 2018. E, sim,
estarei torcendo por isso! É um espetáculo e tanto para fãs de filmes de
guerra, tem uma fotografia belíssima e singular, trilha sonora e SFX casados e
muito bem trabalhados, os atores todos que têm uma estrelinha brilhante, o
diretor – nem se fala – é excepcional e um roteiro muito bom! O longa tem
referência substancial sobre o cinema mais antigo e clássico, faz-se um
diamante num mar de brilhantes e ainda inova em suas cenas para os dias atuais
e às tendências cinematográficas. Realmente me levei a concordar que é a
obra-prima de Nolan. E aí, o que estão esperando pra irem já pro cinema?!
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Dunkirk é um filmão da
bexiga mesmo. Misericórdia.
Espero que vocês tenham
aproveitado as férias, por que a moleza acabou. Sendo assim, terça-feira tive
aula com a professora Valéria Valls, e falávamos com Gestão do Conhecimento e
Gestão da Informação, conversa vai conversa vem, e uma colega falou sobre
inteligência artificial e sobre inteligência em si.
Eu, aquariana que sou, fui
longe, muito longe e voltei com a resenha dessa semana pra vocês.
Ela – uma história de amor
Por
Ana Beatriz Cristaldo
Do diretor Spike Jonze
(Onde vivem os monstros e Quero ser John Malkovich), essa delicinha de filme
traz um elenco de peso, composto por Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara,
Chris Pratt, Scarlett Johansson, Olivia (MEU CORAÇÃO) Wilde e mais uma lista
interminável de atores talentosíssimos, tudo isso para contar uma história que
tem como plano de fundo a tecnologia, mas que trata sobre pessoas.
“Ana, essa afirmação lembra
a que fazem sobre black mirror”
Muita coisa parece com
Black Mirror, mas sim, esse filme é tão Black Mirror.
Vamos lá, numa Nova York
não datada, o escritor Theodore (Phoenix) adquire um novo sistema operacional
com inteligência artificial, Samantha (Johansson), para ajudá-lo com suas
tarefas diárias, no viver da vida eles se apaixonam.
Três linhas resumem o
filme? Sim. Mas ele fala de muita coisa:
- Relacionamentos
poligâmicos
- Expectativas
- Relacionamentos
- Inteligência emocional
- Tecnologia
E dá pra tirar mais coisa
ainda se eu parar pra rever pela sexta vez.
Mas me permita explanar um
pouco melhor. Theodore é escritor, mas ele trabalha num lugar no qual ele
escreve cartas por outras pessoas para outras pessoas (quero enviar uma carta
para meu sobrinho fora do continente, mando fotos e algumas informações sobre
nossa relação para a empresa e o “autor” compõe a carta como se fosse eu
escrevendo e envia).
Ele tem sua melhor amiga de
faculdade Amy (Adams) que mora no mesmo prédio e há um ano e alguns meses se
divorciou de Catherine (Mara), o que ainda torna os sentimentos muito recentes
e conflitantes, e o filme mostra isto através de flashbacks que Theodore da
relação dos dois, nesses momentos Theodore se sente vazio e solitário. Um dia
na saída do trabalho está sendo feita uma propaganda do novo sistema
operacional de inteligência artificial, Theodore o compra e conhece Samantha
(ela mesmo escolhe esse nome) e eles começam a se envolver. A princípio,
Samantha o ajuda com a agenda, contas e conforme os dias passam com seus
relacionamentos, deste modo os dois vão se acostumando e gostando da companhia
do outro, mesmo não física, e eles se apaixonam.
Essa parte é muito gostosa
de se pensar sobre:
Ela é uma inteligência
artificial, segundo a internet inteligência é: “conjunto que
forma todas as características
intelectuais de um indivíduo, ou seja, a faculdade de conhecer,
compreender, raciocinar, pensar e interpretar”. A inteligência artificial é a reprodução, mais
próxima possível, do cérebro humano num computador, porém nós homens não temos
só as faculdades mentais do raciocínio, temos sentimentos. Mas Samantha não é
uma coisa viva. Será? Ela sente, fala e existe como qualquer outro ser vivo,
ela sente dor, ciúmes e inclusive tem orgasmos! Ela é uma pessoa, que não tem
corpo, mas não o deixa de ser.
Ao contar
pra outras pessoas que eles tem um relacionamento, a reação é de estranhamento,
não natural. Mas por que não?
Enfim,
muito discutível essas coisas.
Amy, a
amiga, também tem um relacionamento com o sistema operacional de seu ex marido
e as duas viram ótimas amigas.
O filme
questiona muito as relações humanas e como a tecnologia trabalha com isso. Eu,
particularmente, vejo a tecnologia não como uma barreira e o fim da raça
humana, pelo contrário nós a criamos para facilitar o nosso dia a dia, pra eu
falar com um amigo que mora na Suécia, basta mandar um ZAP do mesmo jeito que
mando pro meu namorado que ta vendo tv na sala, a tecnologia não é uma coisa
ruim, o modo como a usamos que vai dizer isso.
Lembrem-se
que atrás de uma máquina sempre tem uma pessoa. Ela, a tecnologia, é o meio e
não a fonte.
Esse
assunto me deixa doida de vontade de conversar por horas.
Conversem
comigo sobre isso.
O filme? TÃO BOM QUE EU QUERIA ENFIAR ELE DEBAIXO DO
MEU CORAÇÃO.
E se você
virar o Joaquim Phoenix de cabeça pra baixo a testa dele forma outro rosto:
E segundo
o desenho Irmão do Jorel, isso se chama Expressividade MÁXIMA
Eu choro
muito nesse filme.
Fiquem bem
depois de o ver.
NOTA: 100000000/10
TA DISPONÍVEL ONDE!?!? Netflix
Esse filme recebeu o selo DESTROÇA MEU PSICOLÓGICO E
LEVA MEU CORAÇÃO EMBORA do IAQ (Instituto Ana de Qualidade)
Definitivamente o meu favorito e Dunkirk de Christopher Nolan. Para mim é um dos melhores do gênero. Mais que filme de ação, é um filme de suspense, todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá. O Dunkirk filme completo dublado superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver com os filmes de Christopher Nolan. O filme superou as minhas expectativas, realmente o recomendo.
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