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MC Traduções: Tendências Tecnológicas para bibliotecas em 2019

A ex-monitora Marina Chagas nos preparou mais uma de suas traduções de artigos interessantes na nossa área. Dessa vez, falaremos sobre as tendências tecnológicas para esse ano.


Tendências Tecnológicas para bibliotecas em 2019
Jim Lynch - 14 de Janeiro, 2019
Tradução de Marina Chagas Oliveira


Aqui estão as indicações tecnológicas da TechSoup para 2019. Nós prevemos o interesse do usuário em controlar sua privacidade, particularmente no Facebook, como lidar com o problema universal do cyberbullying, tendências de design gráfico, a condição das notícias falsas, dicas sobre como atualizar seu laboratório de mídia e makerspace e, como sempre, nossa tecnologia de ponta favorita que você vai querer tomar um super cuidado. Tudo isso, além das previsões do Comitê de Tendências Tecnológicas da Ida Joiner’s LITA. Prepare-se para 2019!

Imagem: Library Techsoup for libraries


Privacidade
As pessoas finalmente estão interessadas ​​em assumir algum controle sobre sua privacidade on-line. Ao mesmo tempo, estruturas legais estão sendo postas em prática para proteger a informação dos consumidores. Atualmente obtemos muito mais clareza sobre os perigos de não prestar atenção à nossa identidade digital. Por exemplo, veja o esclarecedor infográfico do Visual Capitalist, As Informações que as Grandes Empresas de Tecnologia têm sobre você. A cobertura incessante da mídia sobre as falhas de privacidade do Facebook é a principal razão para o aumento do interesse. A ZDNet do Larry Dignan e o relatório da empresa informa, "As pessoas que abandonaram a rede social em 2018 são apenas o começo de um êxodo em massa. Em 2023, o Facebook será renomeado para Instagram. E até 2028 não nos lembraremos de nenhum deles."
A Pew Research descobriu que, em 2018, cerca de 74% dos usuários do Facebook ajustaram suas configurações de privacidade, pararam de verificar sua conta por um período de várias semanas ou excluíram o aplicativo de seu telefone por completo. Eles também descobriram que os jovens adultos que usam o Facebook são particularmente propensos a terem excluído o aplicativo de seu telefone. No entanto, apenas 12% dos usuários com 65 anos ou mais dizem ter excluído o aplicativo no ano passado. Jovens adultos estão migrando para o Snapchat e o Instagram.
Aqui estão alguns recursos para os usuários interessados ​​em melhorar sua privacidade:

No nível da política, o senador norte-americano Brian Schatz, do Havaí, introduziu a legislação federal que tornaria as grandes empresas que coletam nossos dados legalmente responsáveis ​​pelo seu manejo. A Califórnia já aprovou legislação semelhante, denominada California Consumer Privacy Act de 2018.


Cyberbullying
Pesquisas da Pew Research descobriu que a maioria dos adolescentes dos EUA (59%) já experimentou alguma forma de cyberbullying. Quase metade dos adolescentes de 13 a 17 anos dizem ter sido chamados de nomes ofensivos on-line ou em seu celular, e um terço deles diz ter sofrido com falsos rumores espalhados a seu respeito. O assédio on-line é agora um problema quase universal que afeta os internautas adolescentes.

Aqui estão alguns recursos para adolescentes e pais que lutam contra o cyberbullying:
Em um tópico relacionado, Brian X. Chen, do The New York Times, recomenda aplicativos de controle parental para smartphones bem desenvolvidos, como o Screen Time para iPhone e o Family Link para Android, controlando o tempo de tela e monitorando remotamente a atividade de smartphones de crianças.
Tendências do Design Gráfico
Não é fácil para todos nós sermos escravos da moda, mas no mundo do web design e das mídias sociais, é pelo menos útil saber o que será esperado de nós em nossas imagens e aparência. Social Media Today publicou um infográfico sobre como devemos aparecer on-line em 2019 com exemplos de itens como cores vivas, paletas de cores futuristas, padrões abstratos, gradientes complexos e duotônicos para nossos planos de fundo e ilustrações divertidas desenhadas à mão.

Notícias E Informações Falsas
Quanto da Internet é falso? Acontece que muito dela é, e está piorando. Max Read, da revista New York, descobriu recentemente que menos de 60% do tráfego da web agora é humano. No Twitter, os bots podem estar por trás de mais compartilhamento de links do que os seres humanos. Muitas métricas da Internet são falsas, assim como pessoas, empresas, conteúdo e política. No ano que vem, os usuários podem precisar de um novo curso intensivo de alfabetização na Internet para decifrar o que é real e o que não é. Além disso, o seu público-alvo para as suas comunicações on-line irá cada vez mais ansiar pela autenticidade da sua voz e individualidade.
Os Livros Impressos Devem Voltar A Crescer
O Marketplace da NPR informa que os e-books diminuíram em popularidade nos últimos anos. De acordo com o NPD Group, as vendas atingiram o pico em 2013 e caíram quase 30% até o final de 2018. Surpreendentemente, a mudança está sendo impulsionada pelos leitores mais jovens. Jim Fetherston, presidente do Book Manufacturers' Institute, diz que, pela primeira vez em uma década, a indústria de livros tem mais demanda do que pode fornecer.
O atual clima político polarizado tem sido muito bom para a publicação impressa. As vendas de livros políticos levaram ao crescimento das vendas de livros impressos de não ficção dos EUA. Essa tendência deve se manter em 2019. A tendência de longo prazo sobre os leitores que preferem livros impressos a livros eletrônicos também continuará.


Tecnologia de ponta: O Reconhecimento Facial Está Amadurecendo
O reconhecimento facial é um tipo de tecnologia biométrica sofisticada que fotografa pessoas e depois usa medidas estatísticas para determinar sua identidade quase instantaneamente. Aplicativos como o Rekognition da Amazon já estão sendo usados ​​por empresas de eventos como a Ticketmaster para identificar os participantes. Departamentos de polícia, aeroportos e até restaurantes usam a tecnologia. A cadeia de restaurantes CaliBurger usa-a para lembrar as encomendas anteriores dos clientes. A tecnologia é fácil o suficiente para ser implementada agora. Uma escola de ensino médio chinesa em Hangzhou está usando tecnologia de reconhecimento facial que scaneia os alunos a cada 30 segundos.
As bibliotecas poderiam considerar essa tecnologia como uma ferramenta para simplificar o acesso a edifícios, recursos e serviços. O reconhecimento facial tem o potencial de substituir os cartões de biblioteca tradicionais. Ao usar a tecnologia, os bibliotecários saberão assim que os indivíduos entrarem na biblioteca, quem são eles, seus endereços, quais livros foram emprestados, e se algum de seus livros está atrasado.
O texto da ALA sobre reconhecimento facial reconhece que a tecnologia já está levantando preocupações éticas que podem ir contra os valores centrais das bibliotecas, incluindo liberdade intelectual, privacidade, acesso equitativo e diversidade. Empresas de tecnologia, como a Microsoft, têm defendido a regulamentação governamental do reconhecimento facial. O presidente e diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, compara a tecnologia à medicina e carros em sua necessidade de regulamentação, afirmando que "um mundo com regulamentação vigorosa de produtos úteis, porém potencialmente preocupantes é melhor que um mundo desprovido de padrões legais". O escritor do Washington Post, Ben Sobel, vai além, dizendo que a tecnologia, agora em amplo uso, pode até não ser legal.


Bibliotecas Devem Ser Avessas Ao Risco Tecnológico
O diretor digital da Biblioteca Pública de Nova York (NYPL), Tony Ageh, esteve recentemente em Seattle para falar sobre a transformação digital das bibliotecas. Ele afirma que "as bibliotecas têm sido muito relutantes em agir rápido demais e permitiram o mercado e outras organizações que provassem que as coisas funcionam antes que as bibliotecas invistam nelas". Ele acha que esse comportament de “esperar pra ver” geralmente combina bem com as bibliotecas. Na lista de serviços digitais comprovados de Ageh, uma biblioteca pode emprestar hotspots de Wi-Fi. A privacidade dos usuários é outra área de grande preocupação para a NYPL. Veja a entrevista da Geekwire com Tony Ageh aqui, que inclui sua visão da biblioteca ideal do futuro.


Atualizando Media Labs e Makerspaces
Agora que os programas makers estão na maioria das bibliotecas públicas, os usuários estão se acostumando a serem expostos a novas tecnologias, como impressoras 3D, softwares de design, plataformas de realidade virtual e edição de áudio e vídeo. Se a sua biblioteca oferece esses serviços há algum tempo, talvez seja hora de atualizá-los para alguma tecnologia da nova geração.
Para recomendações de impressoras 3D, veja As melhores Impressoras 3D de  2019 da PC Magazine. Modelos como a Flashforge Finder 3D Printer estão a partir de $300 dólares. ZDNet's David Gewirtz recomemnda a LulzBot Mini 2, modelo mais caro que permite a ipressão em diversos materiais.
Para recomendações de  VR (Realidade Virtual), consulte  Os melhores VR (Virtual Reality) Headsets para 2019, da PC Magazine.
Para mais informações sobre produtos e ideias de programação, visite os sites Makerspaces.comMakeyMakey.commakercamp.com, e YOUmedia.org.
Para bibliotecas ainda sem um laboratório de mídi, leia as recomendações da bibliotecária Liz Hickok's  para montar um laboratório de mídia com pouco dinheiro.
Finalmente, o WebJunction está expandindo seu projeto Pequenas Bibliotecas Criam Espaços Inteligentes financiado pelo IMLS. Este é um programa de subsídios para ajudar 15 bibliotecas rurais a transformar um espaço em sua biblioteca para incentivar uma aprendizagem ativa, participativa e participativa. As bibliotecas selecionadas receberão até US $ 5.000 em fundos federais para criar espaços inteligentes. Saiba mais sobre a oportunidade e se inscreva aqui. As inscrições estão sendo aceitas até 18 de janeiro de 2019.


Previsões do Comitê de Tendências Tecnológicas Ida Joiner para 2019
Ida Joiner é membro da Associação de Biblioteconomia e Tecnologia da Informação (LITA) da ALA. A sessão LITA Top Technology Trends na ALA Midwinter Meeting 2019 em Seattle será domingo, 27 de janeiro de 2019.


Comunicação 5G
5G explodirá em 2019. 5G é a quinta geração de comunicações móveis para celulares que conectarão muitos dispositivos à Internet. Segundo especialistas da PC Magazine, um dos maiores usos do 5G será em realidade virtual aumentada. Os celulares serão transformados em dispositivos destinados a serem juntamente com óculos de realidade virtual. A latência muito baixa e a velocidade consistente do 5G fornecerão um mundo aumentado com a Internet. Carros sem motorista podem utilizar o 5G para realmente decolar, já que a primeira geração de carros sem motorista será independente. No entanto, as gerações futuras irão interagir com outros carros em estradas inteligentes.

Tecnologia Vestuária e Saúde
Tecnologias vestíveis baseadas em inteligência artificial (IA) para a saúde continuarão crescendo em 2019 em diante. Imagine dispositivos de alta tecnologia que possam rastrear nossa saúde, diagnosticar nossas doenças, oferecer um plano de tratamento e, se necessário, realizar o procedimento médico. Por exemplo, um dispositivo pode medir seu nível de glicose sem retirar sangue, detectar câncer de mama por meio de um implante usado em sutiã e administrar antidepressivos por meio de uma faixa de cabeça. O mercado de dispositivos portáteis deverá quase quadruplicar, para 430 milhões, de acordo com a empresa de inteligência de mercado Tractica.


Drones
O uso de drones em uma infinidade de maneiras continuará a crescer em 2019. Patronos estarão mais interessados ​​neles do que nunca. A revista "Experts at Inc." prevê que 2019 será o ano em que a integração dos drones comerciais realmente decolará. Em 2019, continuaremos a ver o impacto dessas inovações nas indústrias, bem como as mudanças nas políticas regulatórias. O uso de drones em salas de aula e bibliotecas aumentará em 2019 também.

Ida Joiner é uma autora, tecnóloga, educadora e bibliotecária. Ela atualmente trabalha como bibliotecária sênior na Universal Academy em Irving, Texas. Ida acaba de publicar seu primeiro livro, Emerging Library Technologies: It's Not Just for Geeks (Elsevier, agosto 2018).


Recursos da TechSoup
Os hotspots Mobile Beacon são perfeitos para que as bibliotecas públicas ofereçam pontos de acesso Wi-Fi ​​aos usuários. Eles fornecem conectividade de Internet de banda larga 4G LTE para até 10 computadores ou smartphones e tablets habilitados para Wi-Fi. Eles trabalham em qualquer lugar onde você possa receber um sinal da Sprint. Um único ponto de acesso está disponível nas bibliotecas públicas dos EUA por uma taxa de administração de US$18. Dez estão disponíveis por uma taxa de administração de US$108. Cada hotspot requer um plano de serviço Mobile Beacon 4G LTE no preço atual sem lucro de US$120 por 12 meses de serviço ilimitado.


A Autodesk acaba de inaugurar seu programa de doações para bibliotecas públicas. A oferta inclui quatro programas de design, incluindo a coleção Autodesk's Architecture, Engineering & Construction Collection. Este software cria projetos de construção em 3D. A coleção Autodesk Media and Entertainment Collection também está disponível. Esta ferramenta de design cria animações e efeitos 3D. Os membros da biblioteca TechSoup podem solicitar até 10 assinaturas de qualquer combinação de produtos da Autodesk. A taxa de admissão é de US$ 99 para cada assinatura anual.

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