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Especial: Histórias de amor entre bibliotecários

Durante o Valentine's Day desse ano, a IFLA anunciou um "call for papers" sobre histórias de amor entre bibliotecários, que será apresentado durante o evento na Grécia, em agosto. O enunciado falava sobre histórias, coleções e a paixão no ambiente profissional.

Como nosso "Dia dos namorados" é comemorado em junho, tivemos a ideia de fazer algo parecido, com uma carinha brasileira e dar voz às histórias de alguns casais de bibliotecários que conhecemos através do Facebook.

Então, sem mais delongas, venha ler e se emocionar com essas histórias lindas de amor entre bibliotecários.

Crédito: https://deltastatement.com

Amanda Franco e Tiago Murakami (São Paulo, SP)

Foto: Tiago e Amanda. Acervo pessoal
Breve história
Nos vimos as primeiras vezes nos corredores do departamento de Biblioteconomia da ECA/USP, em 2008. Tiago já era formado, mas vivia caçando assunto na faculdade e eu era aluna do curso. Nos conhecemos no EREBD-SUL Curitiba em 2008, ele viajou junto com os alunos e começamos a conversar, mas até então, nada além de colegas. Aos poucos, fomos conversando via MSN, íamos para outros EREBDs e nos tornamos amigos, amigos de sair pra jantar, ir ao cinema ou jogar bilhar num antigo bar que existia na avenida Vital Brasil. Em junho de 2009, ficamos pela primeira vez no cinema e começamos a namorar. Em 2013, passamos a morar juntos e em outubro de 2018 nos casamos. Eu sempre admirei muito o Tiago, admiro sua inteligência e sua vontade de ajudar os nossos colegas com tarefas que ele tem muita facilidade de resolver e para nós é um bicho de sete cabeças. Tiago diz que admira minha vontade participar das coisas, e meu jeito de conversar com todo mundo.


Andréia Lourenço e Ilsom Lourenço (São Paulo, SP)

Foto: Andréia e Ilsom. Acervo pessoal
Breve história
A nossa história começa dentro da sala de aula no curso de biblioteconomia na Fespsp no ano de 2002, sendo que por ironia do destino fazíamos parte do mesmo grupo de trabalho que se formou no primeiro ano até o final. No início éramos apenas amigos, mesmo porque o Ilsom estava por um processo de separação e eu vivendo minha vida sem namorado.
Somente no último ano do curso é que começamos a nos se interessar um pelo outro, mas tudo no subentendido. Um amigo comum do curso resolveu comemorar o aniversário em um bar na Vila Madalena e acabamos indo e nos encontramos por lá e foi onde tudo começou, o primeiro beijo, voltamos juntos para casa e ficamos ali sem saber o que tinha acontecido. E ficamos meio assim sem resolver nada, se continuávamos ou não. Foi quando resolvi perguntar o que ele realmente queria, afinal de contas, estava separado recentemente e quando decidimos ficar juntos e o namoro durou 7 anos. Nos casamos no dia 19 de junho de 2011 e já vamos completar 8 anos de casado, ou seja, 16 anos juntos: eu,  ele e a biblioteconomia.

As coleções podem ajudar nossos usuários em sua vida amorosa?
Com certeza, acreditamos nisso, principalmente para os adolescentes que estão na fase do descobrimento. Embora a internet seja acessível, ainda assim os livros fazem parte desse processo.
Romances, contos eróticos e livros que abordam sobre o amor e a sexualidade nos trazem informações importantes e seguras.

Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? 
 Nós passamos por essa experiência de trabalharmos juntos por um período curto. O Ilsom já trabalhava na empresa e foi ele que me indicou para o departamento, a empresa não tinha restrições quanto a relacionamentos. E nos damos muito bem, todos sabiam que éramos namorados e não tivemos problemas quanto a isso. O lado profissional estava acima de qualquer relação pessoal. Depois o Ilsom se desligou da empresa e eu continuei por um longo período.
Acreditamos que para trabalhar juntos tem que haver uma certa maturidade na relação para que não haja uma mistura de papéis no ambiente de trabalho, ou seja, para que os nossos sentimentos não estejam acima do nosso desenvolvimento profissional.



Beatrix Reche e Rafael Reche

Foto: Beatrix e Rafael. Acervo pessoal

Breve história
Eu (Beatrix Reche) e o Rafael Reche estamos juntos há 9 anos (sendo 5 anos de casados). Nos conhecemos em 2010, trabalhando juntos em uma livraria. Ambos apaixonados por livros e filmes, colecionando diferentes versões e edições das mesmas publicações. A decisão de iniciarmos a faculdade de biblioteconomia juntos, em 2011, foi muito importante e nos aproximou ainda mais. Pudemos partilhar as angústias e confidências de abrir mão de empregos estáveis e nos aventurarmos nos estágios em busca de construir nossas carreiras. Ter ao seu lado alguém que entende os desafios da sua profissão e partilha dos mesmos sonhos faz com que as conquistas tenham um peso ainda maior. Atualmente casados e com nossas coleções de livros e filmes cada vez maior (risos), estamos os dois bem estabelecidos na profissão - o Rafael atua na biblioteca jurídica e eu atuo em gestão do conhecimento, em uma biblioteca especializada (na industria química).
Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?

Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?
A paixão pelo que se faz é fundamental em qualquer esfera da vida, seja na sua profissão ou nos seus hobbies. Quem tem amor pelo que faz, deixa uma marca positiva em tudo que realiza e inspira - mesmo que indiretamente - a evolução de outras pessoas.


Regina Céli de Sousa e Fernando Modesto (São Paulo, SP)
Foto: Fernando e Regina. Acervo pessoal.

Breve história
Dizem que a Biblioteconomia é uma área do conhecimento que tem por característica, unir pessoas por um interesse ou emoção comum. O pensador indiano, Shiyali Ramamrita Ranganathan, estabeleceu as cinco leis fundamentais para a Biblioteconomia da qual destacamos duas: “Para cada Leitor, seu Livro” e “Para cada Livro, seu Leitor”, que simbolizam este ato de conectar as pessoas pela informação ou pelo interesse. E todo relacionamento entre pessoas é um intercâmbio de informação ou de sentimentos. Bibliotecários são profissionais da comunicação e dos relacionamentos interpessoais. Assim, a Biblioteconomia é uma profissão que favorece tanto o conhecimento, quanto a descoberta da paixão por um assunto, uma obra, um autor, um(a) usuário(a), outro(a) bibliotecário(a).

Neste contexto, situa-se a relação dos bibliotecários Fernando Modesto e Regina Celi. Conheceram-se no curso de Biblioteconomia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCamp. Aliás, Fernando Modesto era calouro na turma de 1978, sendo bicho no curso da veterana Regina. O primeiro contato não causou nenhuma atração. Em um curso sobre “A arte de contar história”, ministrado pela Profa. "Tia Corina" e promovido pela Faculdade, a amizade começou por meio de uma carona e foi se solidificando durante os trabalhos das disciplinas da faculdade, a Regina residia com uma prima que cursava biblioteconomia na mesma turma do Fernando. A paixão, porém, tem o seu tempo, aconteceu dois anos depois, quando saíram com um grupo de amigos para dançar. Da dança um convite para almoçar e, bem, um catálogo cooperativo sob o formato legível pelo amor se estabeleceu. Os registros descritivos desta relação têm sido construídos há 36 anos, tempo no qual a carreira profissional de ambos se desenvolveu modelada nesta relação de apoio mútuo. Curiosamente, na profissão, cada um seguiu por uma atividade diferente, ela para a área jurídica em faculdade, consultoria e escritórios jurídicos e ele para área pública, inicialmente, como bibliotecário em uma faculdade, depois em uma fundação do governo estadual e depois como professor na Universidade de São Paulo. Também no movimento associativo da biblioteconomia paulista desenvolveram  militância comum colaborando no período inicial no Sindicato de Bibliotecários, na Associação Paulista de Bibliotecários, no Conselho Regional de Biblioteconomia e Conselho Federal de Biblioteconomia. A parceria contribuiu para superar dificuldades profissionais, pois duas cabeças de bibliotecários juntas encontram melhor a solução para problemas demandados. São dois bibliotecários apaixonados pela profissão escolhida e gratos por ela tê-los unidos. O bibliotecário Fernando Modesto, sobre a relação de amor envolvendo bibliotecários ou bibliotecárias, costuma dizer que somente os homens/mulheres cultos(as) e inteligentes amam bibliotecárias(os).


 
Rafaella Fernandes e Tiago (Ribeirão Preto, SP)
 
Foto: Rafaella e Tiago. Acervo pessoal

Tiago e eu, Rafaella, nos conhecemos em São Carlos, na UFSCar, em 2008, fazíamos o curso de Biblioteconomia, eu era bixete 08 e ele veterano 06, ele sempre estava envolvido nos eventos da Biblio, Erebs, Enebs etc e sempre passava divulgando alguma viagem ou evento. Em 2009 estava solteira e ele também, começamos a sair em abril, entre idas e vindas começamos a namorar em 2010. Foi maravilhoso, apaixonados, fazendo o mesmo curso, adorando a área e com N amigos em comum. No fim de 2010 Tiago conseguiu um emprego em São Roque e eu ainda não havia terminado a graduação, aí deu início o namoro à distância, estivemos em São Roque, São Carlos, Salto, Limeira, São Joaquim da Barra até finalmente em 2013 conseguimos nos manter na mesma cidade: Ribeirão Preto. Eu como bibliotecária em uma biblioteca pública e ele bibliotecário em uma escola. Nos casamos em 2015 e em 2018 tivemos nossa querida Adélia.

Nossas coleções podem ajudar nossos usuários com sua vida amorosa?
Acreditamos que os livros podem ajudar na vida amorosa dos usuários. Encorajando a uma nova relação, dando ideias românticas, orientando quando uma relação já não é mais saudável e fortalecendo o amor, quem nunca se apaixonou por uma história, por um personagem e teve um dia melhor, um sorriso aberto possibilitando novos encontros?

Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?
Não trabalhamos nos mesmos locais, mas em casa não tem como não surgir o assunto biblioteca, portanto sempre trocamos ideias, opiniões e histórias, principalmente causos dos usuários. Ter paixão pelo trabalho é essencial para que você dê o seu melhor. Planejar, pesquisar, inovar, aprimorar o trabalho só fazemos isso por amor a ele.



Camila Vieira e David Tavares

Foto: David e Camila. Acervo pessoal
Breve história
Sou Camila de Carvalho Vieira Tavares e meu marido David Alexandre Tavares completaremos 13 anos de união e muita parceria em Julho e 12 anos de Bibliotecas.
Nós nos conhecemos no ano de 2006 no Terminal Barra Funda.  Naquele ano, cursava biblioteconomia pela FESPSP e fazia estágio na Biblioteca Mário de Andrade e ele trabalhava como Auxiliar de Documentação Técnica na Biblioteca do Senac Francisco Matarazzo.
Em 3 meses resolvemos morar juntos e por dificuldades financeiras naquele mesmo ano precisei interromper meu curso e ele ainda não havia se decidido a fazer biblioteconomia. Demos uma volta enorme e retornamos ao mesmo lugar. No momento em que ele se convenceu que sua verdadeira vocação eram os livros convidou-me a cursar biblioteconomia com ele. No último ano da faculdade o meu Trabalho de Conclusão de Curso (o famoso TCC), escolhi um tema sobre a Gestão de uma Biblioteca Espírita. Cheguei a este devido ao lugar que eu já trabalhava como Assistente de Biblioteca.
David se concentrou em tecnologia, uma de suas paixões e apresentou um tema com recursos para a automação do usuário de biblioteca a partir do seu próprio aparelho celular sendo que este poderia utilizar recursos do aplicativo de realidade aumentada para encontrar uma obra, renovação, receber informação sobre títulos novos, etc.
Por um período curto trabalhamos juntos nessa biblioteca espírita com essa nova organização planejada por mim aonde ele participou pelos bastidores de várias decisões e claro com os conhecimentos tecnológicos. Estamos ainda rascunhando um projeto para implantação de biblioteca no condomínio em que residimos. Não basta gostar, tem que ir atrás do sonho e mostrar o quanto a biblioteconomia é importante e o quanto somos fortes juntos.


Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?
Posso concluir a partir de nossas experiências que é possível casais trabalhar, estudar juntos ou ambos. Devemos apenas saber ouvir, respeitar a opinião do outro e nas discussões (que certamente ocorrerão) saber que são por ideais e não levar para o lado pessoal ou mesmo em querer ter a última palavra, tem que deixar a vaidade de lado. Nem sempre concordaremos em tudo mas desse modo sempre haverá o respeito e admiração um pelo outro.



Andre Vieira e João Carlos (São Paulo, SP)

Foto: Andre e João Carlos. Acervo pessoal


Breve história
Andre Vieira de Freitas Araujo e João Carlos Vieira de Freitas Araujo. Nós nos conhecemos no Mosteiro de São Bento em SP. Nos relacionamos há 15 anos. Sou bibliotecário há 18 anos e há 10 leciono na área de Biblioteconomia. João Carlos, depois que começamos a nos relacionar, também fez graduação em Biblioteconomia e tive oportunidade de ser professor dele. Tenho uma memória muito especial desta fase, pois a turma dele foi muito, muito especial. Hoje meu foco profissional está na docência, gestão, extensão e pesquisa na UFRJ e o dele como chef pasticcere na Dolce Monastero. Somos pai de Amelinha desde 2016.

Nossas coleções podem ajudar nossos usuários com sua vida amorosa?
Livros potencialmente podem ajudar pessoas no curso de suas vidas, seja do ponto de vista da construção de conhecimento científico ou não científico, e ai estão incluídas as questões amorosas. Livros inspiram afetos e percepções diversas sobre o mundo e isto é o que importa.

Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?
Por princípio profissional espera-se que as questões pessoais e afetivas não afetem o cotidiano profissional, mas a vida não é linearidade e controle. Se existe proximidade nas funções profissionais de um casal, dentro de um mesmo departamento, certamente é difícil separar as coisas a todo instante, pois o exercício profissional faz parte da vida, o que pressupõe fluidez e conflitos nas decisões e nos atos. A paixão e o desejo podem fazer parte da vida profissional, mas acredito que é preferível que estes sentimentos estejam presentes nos objetos e nos espaços de trabalho e não nas pessoas. Não acho que pessoas não possam se conhecer e se relacionar em ambiente profissional, pois não tenho peso moral com isto. No entanto, a questão que se coloca é como conduzir este cotidiano. A vantagem de não se relacionar no mesmo ambiente profissional é justamente evitar conflitos que possam ser transferidos para vida pessoal. Ainda, toda relação precisa de um certo hiato, ainda que de horas, para que o desejo e a paixão se renovem e se reencontrem. Então, nada como cada um atuando em uma frente profissional. Admito que eu não gostaria de viver com outro professor/acadêmico. Já basta os inúmeros desafios profissionais que lido diariamente. Imagina que peso seria a queixa mútua de duas pessoas vivendo os mesmos dramas profissionais e no contexto de uma profissão apaixonante, mas que cada vez mais exige de nós? Prefiro estar à mesa diante de meu trabalho, de meus livros, de minhas ideias e sentir um cheiro doce vindo da cozinha.


Joyce Viana e Janailton Lopes (São Carlos, SP)

Foto: Janailton e Joyce. Acervo pessoal
Breve história
Janailton: Tudo começou quando ingressei no curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), isto é, em 2012. No primeiro momento estava apenas conhecendo o curso e fazendo novos amigos, no segundo semestre desse mesmo ano comecei a interagir com os ingressantes de 2011.2, até então então meu circulo de interação social se restringia a poucos amigos. Até que um dia no semestre 2012.2, eu estava no final do corredor no primeiro andar do Bloco B do Centro de Ciências Sociais (CCSo), quando vi uma garota com uma alegria radiante. Daí em diante comecei uma aproximação com seus amigos e finalmente a conheci, simultaneamente fiz um seletivo para o PET de Biblioteconomia e depois de um tempo ingressei nesse mesmo ano. Estes dois eventos marcaram profundamente minha vida, mas foi depois de um longo cortejo que eu consegui pedi-la em namoro no ano de 2013. desde então o amor e a pesquisa me acompanham.

Joyce: Ingressei no Curso de Biblioteconomia na UFMA em 2011 e em 2012 estava vendendo uma rifa nos corredores do curso, quando a ofereci para um rapaz bem sorridente. Não imaginei que aquele rapaz seria o ganhador da rifa e do meu coração. Nos tornamos grandes amigos com objetivos em comum, entrar no PET de Biblioteconomia foi o primeiro deles e ele foi um grande incentivador. No dia do resultado do seletivo do PET com a então Tutora Mary Ferreira eu queria ir embora, pois acreditava não ter passado. Porém ele me convenceu a ficar e saiu, retornando mais tarde com chocolates e livros, e depois da minha aprovação no PET ele me pediu em  namoro pela terceira vez e eu não pude mais resistir. Na ocasião eu não ganhei apenas um amigo mais um amor pra toda a vida. Não somos apenas bibliotecários, somos pesquisadores, cientistas, amantes, namorados, idealizadores, amigos, atletas, cristãos, somos interdisciplinares assim como a nossa área. Terminamos a graduação em 2017 e hoje estamos concluindo o mestrado em Ciência da Informação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), longe da nossa terra, mas juntos com intuito de fortalecer a nossa área. Quando ambos possuem objetivos comuns em um relacionamento o caminho se torna menos árduo, desde então são 6 anos de relacionamento e muito companheirismo.

Nossas coleções podem ajudar nossos usuários com sua vida amorosa? 
Livros sempre nos auxiliam na forma de nos relacionarmos com outras pessoas, por diversas vezes encontramos em livros com temas distintos, trechos que nos fazem refletir sobre nossa postura em relação ao outro. Deste modo, as coleções não se limitam apenas a uma ajuda na vida amorosa, mas de uma consciência social e coletiva.

Amor entre bibliotecários - Como devem lidar com a relação dentro do departamento? O quão importante é a paixão e o desejo também nas relações profissionais?
Joyce: As relações dentro do departamento são as mais profissionais possíveis, tendo em vista que nestes ambientes não é o namorado ou a esposa e sim o bibliotecária(o)/pesquisador(a) Joyce ou Janailton que devem atua, sendo o respeito mútuo o primeiro fundamento. A paixão nas relações profissionais são necessárias entre ambos para incentivar a busca por novos desafios da área e aprimoramentos, essa paixão não deixa entrarmos na zona de conforto e no comodismo.

Janailton: Tudo que fazemos com amor fica bom, pois o zelo, a atenção e o sentimento de que podemos fazer melhor é constante. Quando se perde o encanto por algo que se ama, a rotina e o desprezo pelas coisas mais simples tomam conta do ser humano. Neste sentido, não é comum ver uma pessoa feliz que ama e se sente amada de alguma forma, que não tenha o mínimo de empatia pelo próximo, ou que não seja cortês com as pessoas que o cercam no ambiente de trabalho. Logo, o ambiente de trabalho não é uma bolha que isola o homem do resto do mundo durante o expediente, mas um dos aspectos que integra a interface social do ser humano.

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