A ciência é fundamental para o desenvolvimento de todos os povos, e, pode ser considerada um fator primordial para a conquista do bem estar coletivo.
Em novembro de 2019, a UNESCO em sua 40ª Conferência Geral elaborou um projeto contendo recomendações sobre a ciência aberta.
Aproveitando a temática, convidamos a professora Maria Rosa Crespo (Coordenadora de pesquisa e extensão na Sociologia e Política - Escola de Humanidades e Docente na FaBCI) para nos presentear com o texto abaixo sobre a temática.
O termo ciência aberta foi cunhado pelo economista Paul David em 2003, como uma forma de descrever as características dos bens científicos gerados pelo setor público, em oposição à ampliação dos direitos de propriedade intelectual na área de bens informacionais.
O conhecimento gerado com auxílio de recursos públicos deve ser tratado como um bem comum da sociedade, e seu acesso deveria ser realizado livre e gratuitamente. A comunidade científica e agências de fomento vêm discutindo sobre as limitações do processo de publicação científica.
O governo brasileiro, em 2005, publicou um Manifesto que apoia a ideia de que o conhecimento gerado por pesquisas científicas é um bem público, e como tal, deve ser disponibilizado livremente para toda a sociedade. O Manifesto se insere diante da necessidade de introduzir o Brasil no movimento de ciência aberta e de se estabelecer uma política nacional de acesso livre à informação científica, mediante o apoio de toda comunidade científica, com o envolvimento não apenas das organizações, mas, obrigatoriamente, dos pesquisadores e das agências de fomento.
O principal argumento da ciência aberta é que o conhecimento científico é um bem público que toda sociedade deve ter acesso, sem custos, otimizando a comunicação científica, com transparência, com eficácia e de forma democrática e visa a combater a mercantilização do conhecimento científico ao defender seu uso, acesso, distribuição e reutilização de forma livre.
No Brasil, a garantia de acesso aos dados e resultados de pesquisa é ainda mais importante, uma vez que grande parte das pesquisas são custeadas por recursos públicos e os cientistas e pesquisadores são, em sua maioria, mantidos por instituições que financiam suas pesquisas.
No final do processo, essas instituições financiadoras são as mesmas que têm que pagar para ter acesso aos trabalhos publicados pelos seus próprios pesquisadores.
Abaixo, mapa conceitual elaborado por Juliana Furlani de Souza, para Trabalho de Conclusão de Curso da FaBCI em 2019.
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