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Coluna: Onde Estão os Bibliotecários? Por Grazielli de Moraes.



Sejam bem vindos novamente por aqui, espero que tenham aproveitado bastante às férias. E para voltarmos com a coluna Coluna Onde Estão os Bibliotecários, trazemos a participação da Bibliotecária Tatiana Barboza, 37 anos, formada pela FESPSP em 2004.

Escolheu biblioteconomia tanto pelo fato de gostar de ler, quanto por ter tido contato com profissionais da área, momentos esses que percebeu que essas pessoas eram suas educadoras indiretas.


“A biblioteconomia se faz com o profissional e seu conhecimento/experiência. Aproveito para agradecer a bibliotecária Valdenise Ribeiro Machado Fidélis, que foi minha incentivadora.” (Tatiana Barboza).

 
Tatiana Barboza (esquerda) e Cristina Barboza (direita)


“Biblioteconomia para mim vai além do conceito que aprendemos nos livros. É ampla e nos dá oportunidade de atuar em diversas áreas do conhecimento e por ser interdisciplinar me fascina.” (Tatiana Barboza).


Além da formação como bibliotecária, fez uma especialização em Gestão da Informação Digital. 


“Fiz especialização em Gestão de Informação de Digital. As disciplinas me agregaram muito enquanto pessoa (na época eu era líder da Biblioteca), principalmente e Gestão de Conhecimento, Gestão de Pessoas e Competências gerenciais que apresentou temas sobre coaching, mentoria, aconselhamento e biografia humana. Também sai apaixonada pela disciplina de Direito Autoral, que foi tema do meu TCC.” (Tatiana Barboza)


Tatiana já atuou como auxiliar de escritório, em 2001 seu primeiro estágio na área foi em um arquivo no Citibank, em seguida estagiou em um escritório de advocacia em São Paulo, local este em que foi efetivada e virou supervisora de biblioteca por 8 anos. Em 2009, foi responsável por um projeto de digitalização de documentação de outro arquivo jurídico, em Florianópolis. 


“De volta a São Paulo, atuei como Bibliotecária de Sistemas na Modalnetworks. Nesse período escrevi um artigo Família Isis: Do Microisis ao ABCD (Leia Aqui) com a participação do Alisson de Castro (consultor e proprietário da Modal) sobre o ABCD, que apresentamos no CBBD em 2011. E por fim, em 2013, recebi um convite para o processo seletivo da vaga de Analista de Gestão de Conhecimentos, coincidentemente do escritório que fiz meu primeiro estágio e aqui estou até hoje.” (Tatiana Barboza)


Atualmente trabalha como Analista de Gestão do Conhecimento, no Mattos Filho Advogados, na parte de consultoria de projetos. Daí vemos novamente o amplo leque disponível para o bibliotecário atuar.


“Sempre que há um projeto novo, que somos convidados a participar ajudamos a pensar a melhor forma de organizar os dados, cadastro, ou criação de uma nova ferramenta para que consigamos os melhores resultados na utilização das informações... O trabalho é intenso, os desafios são muitos, e isso permite me atualizar, estudar e interagir com outros profissionais de diversas áreas. Desafios me movem.” (Tatiana Barboza)


Para Tatiana a FESP é parte integrante de sua formação acadêmica, sim, mas agregou muito mais do que isso em sua carreira profissional.


“Trabalhar em grupo foi uma das mais importantes lições que aprendi na FESPSP, pois isso reflete no meu dia a dia. O conhecimento está nas pessoas e por isso valorizo o trabalho em grupo. Também tive espaço pra falar nas aulas de graduação e pós graduação, sobre temas dos quais trabalho (Gestão do Conhecimento/Bases de Dados) e também fiz meu TCC (Direito Autoral). Fico feliz de compartilhar o que aprendi até hoje e também ouvir as percepções dos futuros colegas.” (Tatiana Barboza)


Em relação ao assunto CRB/ órgão de classe, Tatiana menciona que embora haja muitas pessoas falando a respeito em discussões pelas redes sociais, há um trabalho árduo a ser feito por lá que vai além da fiscalização da profissão, mas que não imaginamos desse modo acredito que enquanto profissionais, deveríamos acompanhar esses trabalhos mais de perto.

Quanto ao mercado de trabalho, ela relata que através da percepção que tem por meio de colegas de profissão, é que se recolocar no mercado de trabalho está difícil e os salários baixos.


Tatiana deixou uma opinião a respeito do que deve ser mudado na Biblioteconomia e aos novos integrantes da área:


“Hoje o que se exige é que sejamos mais protagonistas da nossa história. A biblioteca/arquivo/centros de informação etc., com todo esse boom tecnológico, é vista de outra forma hoje, por isso enquanto profissionais temos que ficar atentos a essas mudanças. “Reinventar-se”, seria minha palavra-chave para o momento. Acompanhar as mudanças da nossa sociedade e do mercado e refletirmos o que podemos fazer para melhorar, não só profissionalmente, mas como ao nosso redor... Mantenha o radar ligado, sempre se renove e estude, participe de grupos para troca de experiências.”. (Tatiana Barboza)


Ao ser questionada a respeito do que sente falta na Biblioteconomia, ela menciona que há deficiência de literatura produzida por profissionais de nossa área, sobre temas atuais.


E como bibliotecários não são só bibliotecários, Tatiana também não é diferente, além de ter paixão por correr - “Ano passado minha meta foi fazer meia maratona e consegui. Mas corro por lazer não por competição.” - é backing vocal numa banda, e acredite, ela coloca em prática seus conhecimentos como bibliotecária para tomadas de decisões na banda.


Deguste um pouquinho do clipe no seguinte link.


Além disso, participa de alguns trabalhos com um grupo coletivo Grão de Arte e Cidadania que realiza um trabalho de acessibilidade.

“Todo mundo faz parte de tudo, desde a criação, atuação etc. Ano passado fizemos teatro e esse ano o Grão estreia no cinema.”. (Tatiana Barboza)

Lembre-se: se quiser participar da coluna ou conhecer algum profissional da área que atue com algo diferente, escreva-nos: monitorcientificofabci@gmail.com
 

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