E
chegamos à semana 3 com o encerramento do especial sobre o filmaço “Blade
Runner 2049” resenhado com muita competência e criatividade pelo
querido Renato Reis. Confiram,
inspirem-se a ir ao cinema e deem suas opiniões ;)
Blade Runner 2049
Por Renato Reis
Parte 3 – Cenários
Que
cenários TOPS!!! São de ficar impressionadíssimo!
Não
importa se é tudo chroma key, se é
tudo criado pela equipe de computação gráfica da Sony, se grande parte deles
são artes conceituais expressas nos VFX etc. O fato é que essa questão está
mais que caprichada para o filme, uma obra de arte autêntica. O que torna a
fotografia dele, inclusive, espetacular!
Durante
o longa todo é possível observar as similaridades – novamente - com o Blade
Runner. Toda referência sobre o primeiro é muito bem trabalhada e isso admirei
demais! Há uma preocupação evidente em respeitar o mundo imaginado e criado por
Ridley Scott para a adaptação do livro. Reparem no movimento que a câmera faz
ao mostrar a cidade, os detalhes futurísticos, os anúncios de grandes marcas, a
movimentação de pessoas e carros... É tudo muito igual ou parecido, dando
aquela ideia de avanço tecnológico, mas sem mudança social (uma desigualdade
social ainda maior, propiciada pela tecnologia e pelo crescimento desenfreado
urbano).
Aqueles tons alaranjados
que você respeita. Na foto, Ryan Gosling caminha ao lado de sua viatura voadora
da LAPD (que tem lá sua marca também -
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Até
mesmo a globalização percebemos que é algo mais que ultrapassado, pois há uma
diversidade inestimável de nacionalidades espalhadas pela cidade, pelos
apartamentos e vias públicas. Japoneses, pessoas do leste europeu e
africanos... Isso parece dar a ideia também de que o planeta Terra é um lugar
esquecido, já que as colônias humanas extraterrestres são muito bem alimentadas
pela (adivinhem!?) Wallace. Em primeira instância, a impressão que fica é que
até as colônias nesse momento são lugares melhores para se viver.
Uma
outra coisa muito curiosa é como se colocam os cenários pós-apocalípticos e
mais afastados da grande cidade. Ver como tudo converge e como até mesmo o
urbanismo e as predisposições físicas dos espaços estão intrinsecamente ligadas
ao que a Wallace impõe. Além disso, a destruição de outros cenários nos remete
novamente à questão do “blecaute”, mencionado em alguns momentos do filme.
Afinal, o que foi isso? O que aconteceu com a humanidade para que chegasse a um
boom conflituoso, uma queda de todo o
sistema ou algo parecido que tenha feito algum estrago significante a ela? Mais
algumas perguntas que ficam girando na nossa cabeça, ainda sem resposta.
Essa
questão que quis tocar é bem visual mesmo (desculpem o flood de imagens aqui, mas cá entre nós, essas são de arrepiar
também!), então basta ver a cena, atentar aos detalhes dos espaços e como eles
estão interligados ou dizem – muito – respeito à trama e toda a história, num
contexto geral. É mais um lance que faz com que pensemos dentro e fora do
cinema, não é apenas mais um filme hollywoodiano que nos serve apenas de
distração ou entretenimento. Também comparei algumas dessas questões (e outras
mais) com os amigos com as que o Black Mirror constrói comumente, achei legal
fazer esse paralelo.
Gostaram
desse formato de coluna, galera? O filme me apaixonou em todos os seus
aspectos, sem sombra de dúvida, e já estou querendo ir ao cinema para revê-lo
pela 3ª vez. Realmente excelente! Superou minhas expectativas. E quanto a
vocês? O que acharam?
TÁ DISPONÍVEL ONDE!?!? Cinema (e, como disse, a experiência em sala IMAX é
sensacional!!!)
P.S.:
No momento em que escrevia as colunas pra vocês, não sabia da existência de
algum(ns) curta(s) do universo de Blade Runner no YouTube e na internet, no
geral. Um amigo muito legal (obrigado, Vini!!!) acabou encontrando um, em
formato de anime, que conta a história do "misterioso" blackout! :)
Não é o máximo?!
Eu
assisti e aprovei! Está sensacional e vocês devem assistir, bem como o 2049!
Não deixem de conferir no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=IXrofNffBJA&feature=youtu.be
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