O Programa de Incentivo a Pesquisa Docente (PIPED) foi instituído em 2012 e tem o objetivo de fomentar a pesquisa docente no âmbito da FESPSP. O PIPED concede bolsas de auxílio à pesquisa mediante a seleção de projetos apresentados pelos docentes dos cursos de graduação da FESPSP, e é uma espécie de "Pibic para professores". A professora Angela está fazendo o PIPED nesse ano e contou pra gente um pouquinho sobre sua pesquisa. Vem conferir aqui:
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Fonte: Google Imagens |
O projeto contemplado no edital do PIPED 2019 tem como título
"POLÍTICAS PÚBLICAS DE INFORMAÇÃO: um olhar para o acesso à Internet e
para a inclusão digital no cenário brasileiro". O intuito da pesquisa é
compreender o cenário recente das ações voltadas para a
democratização do acesso à Internet no contexto nacional. Para tanto,
será feito um mapeamento das principais políticas públicas de informação
e as ações do governo federal voltadas à ampliação do acesso à Internet
nos últimos 10 anos no Brasil; se buscará compreender os aspectos
voltados para a inclusão digital previstos nas políticas públicas e
ações do Estado identificadas, e apontar os desafios para a consolidação
das políticas públicas de informação para acesso à Internet e para a democratização do acesso à informação.
O interesse na
temática veio da realização da disciplina "Políticas Públicas de
Informação e Tecnologia", realizadas durante o meu doutorado no Programa
de Pós Graduação em Ciência da Informação da UNESP - Campus de Marília.
A disciplina foi ministrada pela Profa. Dra. Angela Maria Grossi Carvalho, docente e coordenadora do curso de Jornalismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP Campus de Bauru, Departamento de Comunicação Social, e docente do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação da UNESP - Campus de Marília.
A referida disciplina deu origem ao artigo "Políticas públicas de informação e Inteligência Coletiva: os desafios e as possibilidades para a democratização da informação",
publicado na Informação & Sociedade: Estudos (I&S), v. 29, n. 1
(2019), de minha autoria e da Profa. Dra. Angela em parceria com a
Profa. Dra. Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos, que foi minha orientadora durante todo meu percurso acadêmico, da graduação ao doutorado.
Após
a disciplina e a publicação do artigo, percebi que havia ainda muito a
ser explorado no campo das políticas públicas de informação, em
especial, nas voltadas ao acesso às tecnologias da informação e
comunicação. Esse tema ainda é pouco discutido no campo da Ciência da
Informação. Se considerarmos que a informação é um bem público, e que
cabe ao Estado a distribuição de bens coletivos, não seria então
responsabilidade do Estado assegurar as possibilidades de acessos aos
recursos e tecnologias que viabilizam o acesso à informação? Entendemos
que sim. A questão ainda é mais urgente quando olhamos para o cenário
atual recente no Brasil, onde o principal motivo para não possuir
Internet em casa é o custo alto para o acesso à Rede. Isso implica na
ampliação da brecha digital, e por conseguinte, no distanciamento da
vivência em uma sociedade da informação e do conhecimento democrática.
A
pesquisa ainda encontra-se no início, e espero em breve poder
compartilhar os resultados com os leitores da Monitoria Científica.
Neste
semestre e no próximo ministrarei duas aulas abertas sobre o tema. As
datas serão divulgadas em breve pelo Núcleo de Pesquisa, mas todos já
estão convidados.
Um forte abraço,
Prof. Dra. Angela Halen Claro Franco.
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