Oi, pessoal! Tudo bom com vocês?
Esse livro foi uma das felizes descobertas que tive no ano passado. Pra começar, uma das autoras, a Mary Ann Shaffer, foi bibliotecária, além de escritora e editora. Apenas isso já teria atiçado a minha curiosidade. “A sociedade literária e a torta de casca de batata” é um livro sobre o poder dos livros em tempos de dificuldade. Juliet Ashton é uma escritora à procura de inspiração para seu próximo livro. Certo dia, ela recebe uma carta de Dawsey Adams, residente da ilha de Guernsey, relatando sobre o turbulento período da ocupação alemã nas ilhas do Canal da Mancha e como um clube secreto de leitura os ajudou a resistir às adversidades. A partir daí desenvolve-se uma série de troca de cartas, estreitando as relações entre Juliet e os desconhecidos membros da sociedade literária. O livro é todo composto na forma de cartas, outra coisa que me encantou. Todos os personagens são cativantes e seus relatos nos põem pra refletir sobre a capacidade de destruição humana e de sobrevivência. É apaixonante! Na Netflix tem um filme bem fofo baseado no livro, mas acho o livro muito mais legal.
Aqui é a Camila, ex Monitora Científica. Quanto tempo, hein?
Há alguns dias eu estava de prosa com outras carinhas
conhecidas aqui da MC, quando alguém falou sobre indicações de livros, filmes,
séries, palestras e documentários.
Como eu já estava morrendo de saudade de
escrever para o blog, acabei criando uma listinha pra compartilhar com vocês.
Vamos nessa?
A
sociedade literária e a torta de casca de batata, de Mary Ann
Shaffer e Annie Barrows. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
Esse livro foi uma das felizes descobertas que tive no ano passado. Pra começar, uma das autoras, a Mary Ann Shaffer, foi bibliotecária, além de escritora e editora. Apenas isso já teria atiçado a minha curiosidade. “A sociedade literária e a torta de casca de batata” é um livro sobre o poder dos livros em tempos de dificuldade. Juliet Ashton é uma escritora à procura de inspiração para seu próximo livro. Certo dia, ela recebe uma carta de Dawsey Adams, residente da ilha de Guernsey, relatando sobre o turbulento período da ocupação alemã nas ilhas do Canal da Mancha e como um clube secreto de leitura os ajudou a resistir às adversidades. A partir daí desenvolve-se uma série de troca de cartas, estreitando as relações entre Juliet e os desconhecidos membros da sociedade literária. O livro é todo composto na forma de cartas, outra coisa que me encantou. Todos os personagens são cativantes e seus relatos nos põem pra refletir sobre a capacidade de destruição humana e de sobrevivência. É apaixonante! Na Netflix tem um filme bem fofo baseado no livro, mas acho o livro muito mais legal.
A
biblioteca à noite, de Alberto Manguel. São Paulo: Companhia das
Letras, 2018.
Alberto Manguel consegue conciliar toda sua erudição em uma
linguagem acessível e cativante. Fiquei encantada com o equilíbrio entre as
várias referências históricas citadas e o estilo fluido, gostoso de ler. Dá
gosto de acompanhar as histórias das bibliotecas e, ao mesmo tempo, acompanhar
a história da biblioteca pessoal do Alberto Manguel. Como leitora apaixonada e
bibliotecária, diversos trechos me emocionaram. Recomendo em especial a leitura
dos capítulos que tratam de censura, esquecimento e sobrevivência.
Vivências
em biblioterapia: práticas do cuidado através da literatura, de
Cristiana Seixas. Niterói: Cândido, 2018.
Se você tem curiosidade de saber o que é biblioterapia, esse
livro é um ótimo começo. Dá pra sentir a cada página o amor que a Cristiana
Seixas tem pelo poder curativo da literatura. Logo no início, “Vivências em
biblioterapia” fez um sentido enorme pra mim, como se ele dialogasse
diretamente com a minha história e com o que eu acredito ser um dos vários
poderes da literatura. A linguagem é simples, extremamente afetiva e cativante.
O único efeito colateral será o desejo de, a cada citação da autora a alguma
obra literária, aumentar a sua lista de livros desejados.
A
vida que ninguém vê, de Eliane Brum. Porto Alegre: Arquipélago Editorial,
2006.
Eliane Brum trata do que presenciamos diariamente, mas
preferimos ignorar. Cada relato, pleno de sentimento, é verdadeiro. Vidas e
histórias que parecem ficção, mas não são. Com isso, ela descortina as camadas
automatizadas de rotina, mostrando a partícula do extraordinário em cada um de
nós. Livro necessário para tornar nosso olhar mais atento e afetuoso.
Anarquistas,
graças a Deus, de Zélia Gattai. Rio de Janeiro: Record, 2000.
As memórias da Zélia Gattai são escritas de forma a nos
sentirmos amigos íntimos dela, sentados na sala de sua casa, tomando café
recém-passado e ouvindo histórias. É gostoso demais saber sobre as aventuras de
sua infância e sobre como era a cidade de São Paulo nas primeiras décadas do
século passado. Além disso, o livro é necessário para quem, como eu, pouco ou
nada sabia sobre a história do nosso país no período chamado de Estado Novo.
Assusta perceber como certas coisas se repetem.
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