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Aconteceu na FaBCI: Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia 2019 - Por: Valéria Valls

Por: Valéria Valls

Nos dias 21 e 28 de novembro foi realizado o já tradicional Seminário Tendências Contemporâneas, com as turmas do 6º semestre do curso de Biblioteconomia.

A ideia é escolher um bibliotecário ou bibliotecária que tem uma atuação profissional fora do ambiente tradicional. A escolha é livre, e normalmente é baseada no interesse dos estudantes pela atuação ou mesmo curiosidade por algo que querem conhecer melhor. Uma vez escolhido o bibliotecário ou bibliotecária, é feita uma entrevista para contextualizar - onde acontece essa atividade, contexto da Instituição mantenedora e dos clientes, recursos necessários, etc. Além disso, quais são as atividades realizadas (como é o dia-a-dia do profissional, quais são os desafios enfrentados, o que há de interessante nessa atividade sob o ponto de vista do entrevistado), um resumo da trajetória do profissional (onde estudou, fez outra graduação além de Biblio, o que fez depois da Faculdade, etc), quais as competências necessárias para desempenhar essa atividade, como está o mercado de trabalho nessa área, é promissor? Encerrando a apresentação com uma análise do profissional entrevistado.

Vamos às entrevistas:

No matutino, a Raissa Kojima, a Raquel Politchuk e a Vitória Silva escolheram a Cátia Lindemann:
Imagem retirada das apresentações dos alunos
Uma apresentação apaixonante, com a trajetória de luta da Cátia nos vários projetos sociais em que ela esteve e está inserida, com destaque para a CBBP – Comissão Brasileira de Bibliotecas Prisionais (http://www.febab.org.br/cbbp/), presidida por ela.

Duas frases que resumem muito o mote desta apresentação:
“Em vez de ficar sentada numa poltrona macia, xingando o governo numa rede social, eu prefiro arregaçar as mangas, fazer acontecer e depois cobrar do governo. Porque a minha parte eu fiz” e “Ir por onde todo mundo vai, você é só mais um indo. Ir por onde ninguém vai, você vai estar fazendo a diferença” (ambas da Cátia Lindemann).

Imagem retirada das apresentações dos alunos

Palavras finais da Raissa, Raquel e Vitória:
“Conhecendo a Cátia e toda a sua trajetória, tanto na Biblioteconomia como na sociedade, podemos perceber o impacto da nossa profissão na vida dos leitores, independente das suas condições e local onde se encontram. A Cátia nos mostrou na prática que a Biblioteconomia vai realmente além do livro e de um acervo físico, nos ensinou que podemos levar outras realidades para os leitores dentro de celas e realidades adversas, com empatia e a decisão de ir atrás, sem esperar recursos e ações do governo, com a simples atitude do “ir e fazer” podemos levar humanidade, fazer com que as pessoas se sintam vistas e importantes, dar a chance de que cada um conte a sua história e se sinta parte de uma sociedade que a quer bem, independente das suas circunstâncias”.
Imagem retirada das apresentações dos alunos


A segunda dupla a apresentar foi a Daniele Moreira e a Liliane Monteiro e elas escolheram a Fabiola Magossi:
Imagem retirada das apresentações dos alunos

A Fabiola atua estruturando taxonomias para a elaboração de um produto voltado para os Itinerários Formativos e para a melhoria das classificações já existentes nos sistemas das Instituições de Ensino, incluindo a criação de uma base de dados com palavras-chaves para permitir que os algoritmos de machine learning e redes neurais pudessem ser utilizados.

Uma afirmação importante da Fabiola: “Dentro da Biblioteconomia há espaço para todos encontrarem seu lugar. Acredito que este seja o momento ideal para os bibliotecários se aproximarem de serviços e produtos de tecnologia, especificamente de inteligência artificial, para agregar em sofisticação de resultados. Não precisamos somente de estatística e algoritmos de programação, precisamos também de profissionais qualificados para estruturar classes, taxonomias, fazer classificações, buscar assertividade de informações e pensar na necessidade do usuário”.

Para atuar nas demandas de TI foram sugeridas as seguintes competências: Conhecimentos sobre linguagem de programação, sendo necessário aprender uma linguagem voltada para Data Science (de preferência Python ou R), entender o que é Machine Learning, os tipos de aprendizado de máquina e seus principais algoritmos, bem como noções básicas de estatística descritiva e inferencial. E acreditem, segundo a Fabiola, atualmente há mais vagas do que candidatos qualificados, portanto, àqueles que se capacitarem minimamente terão ofertas para trabalharem no setor, independente da sua área de formação. Os salários são muito atrativos também, o que facilita a transição de carreira, sem contar que as possibilidades de crescimento na carreira são invejáveis!

Existem inúmeros cursos gratuitos na área que são excelentes, como Coursera, edX, Google, entre outros, ou cursos de baixíssimo custo, como Alura, TreinaWeb etc. A Fabiola se mostrou muito aberta a troca de experiências e nos deixou seu contato: https://www.linkedin.com/in/fabiola-magossi/

Ainda nesse contexto digital, a dupla Tauane dos Santos e Viviane Flores conversaram sobre o Alexandre Berbe:
Imagem retirada das apresentações dos alunos

Nas palavras do Alexandre: ”Por muito tempo, atuei como apoio à equipe de atendimento ao cidadão do portal do Governo de São Paulo. Realizava pesquisa e curadoria de informações, trabalhei com estratégia de conteúdos e planejei textos para respostas de atendimento ao cidadão. Fui responsável pelo projeto e implementação do site da Biblioteca Virtual, realizei trabalhos de pesquisa e análise de dados para atender demandas de gestores públicos, desenvolvi conteúdos para redes sociais, criação de bases de dados, entre outras atividades. Resumidamente, fiz um pouco de tudo. :)”

E ele, generoso, deu dicas sobre as competências que o bibliotecário deve desenvolver para atuar nas atuais demandas digitais: Gostar do trabalho de pesquisa: O tempo todo é necessário buscar informações, coletar dados, falar com as pessoas, buscar no Google, consultar bancos de dados de artigos e teses... enfim, é bastante trabalho de investigação e análise. Ser colaborativo: Hoje, mais do que nunca, precisamos entender que o sucesso do grupo é mais importante que o sucesso individual. O trabalho nas empresas “modernas” é assim, times auto gerenciáveis que buscam um bem em comum. Aprendizagem contínua: Essa competência não vale só para a atividade que exerço, mas atualmente para qualquer função ou atividade. Tudo está mudando muito depressa. Para acompanhar o ritmo, é preciso gostar de estudar e ser curioso.

E sobre o mercado de trabalho, ele acrescenta: Sinto que está bem aquecido. Há muita procura por profissionais que tenham “soft skills” aderentes ao perfil das empresas. E bibliotecários estão bem valorizados em áreas como UX e inteligência artificial.

A Fabiola e o Alexandre fizeram, se saber, uma dupla que se complementou muito, nesse foco de tecnologia.

Dando continuidade, a Angélica Mattos e a Lorena Rocha apresentaram a trajetória da Luciana Arjona, com foco na inovação:

Imagem retirada das apresentações dos alunos

Foi apresentado o projeto de aplicação de Design Thinking na remodelação completa da Biblioteca Telles do Insper (https://www.insper.edu.br/biblioteca-telles/). Foram apresentadas as etapas e alguns dos desafios encontrados, além disso, a Luciana apresentou algumas das competências necessárias para atuar numa iniciativa como essa, com destaque para capacidade de articulação, vontade de mudar, paciência e... coragem :-)

Uma frase da Luciana que resume muito o caso apresentado: “Eu acho que todas essas ferramentas de desenvolvimento, UX, design thinking, a gente já usava na nossa área. Só não tinha um nome para isso”. Segundo ela, precisamos nos apropriar dessas técnicas, saber se reinventar. Há muito espaço pra se trabalhar com essas ferramentas.

As considerações da Angélica e da Lorena resumiram bem isso: Através da entrevista feita com Arjona, chegamos à conclusão de que essa ainda é uma área pouco explorada pelos bibliotecários, muitas vezes por medo de se arriscar e sair do "papel biblioteconômico" tradicional. Cabe ao profissional bibliotecário procurar se inovar e se apropriar das ferramentas disponíveis.

E para encerrar com chave de ouro as apresentações do matutino, a Fernanda Gomes e a Giulia Inforsato apresentaram a Grazielle de Moraes e seu projeto ligado à Responsabilidade Social:
Imagem retirada das apresentações dos alunos

A Grazi é idealizadora do Projeto: Adote um Livro e transforme-se (http://www.adoteumlivro.com.br/), que foi criado na disciplina Projetos Culturais da FESPSP. O projeto tem como objetivo distribuir livros em áreas carentes da cidade de São Paulo. Pretende alcançar todos os bairros considerados carentes. Já foram realizadas 46 ações e feitas entregas de mais de 20 mil livros.

Citando alguns desafios que ela enfrenta: O voluntariado exigiu que o projeto fosse compartilhado com outras pessoas já que a Grazi precisou de um trabalho formal. A falta de financiamento do projeto é a principal dificuldade; existe muito trabalho como: recebimento dos livros, higienização, cadastro (eles têm sistema de rastreio), até a distribuição dos livros. Caso houvesse financiamento não faltaria trabalho para ser feito diariamente. Local para a guarda dos livros e verba para transporte e manutenção dos livros e voluntários ainda são o maior desafio. Atuar num projeto como esse envolve Criatividade, espírito voluntário e amor ao próximo.

Imagem retirada das apresentações dos alunos
Comentários da Fernanda e da Giulia: É uma área que para o bibliotecário atuar é preciso criatividade, espírito voluntário e amor ao próximo e tem que ter iniciativa. Responsabilidade Social é uma área que para o bibliotecário viver só disso ele precisa de patrocínio porque o retorno dessas ações não é financeiro, mas são ações transformadoras. É uma área que todos nós podemos e devemos fazer parte. Há sempre algo que podemos fazer, seja criando uma ação ou colaborando com alguma. Quer saber mais? Acompanhe também o Facebook: https://www.facebook.com/adoteumlivroetransformese/


Já as apresentações do noturno, tiveram um relato duplo da Beatriz Gomes, da Fernanda Nascimento e da Luisa Aquino: A bibliotecária Ardala Kochni, que atua na cadeia de suprimentos e a Thalita Manca, que é uma bibliotecária artesã:
Imagem retirada das apresentações dos alunos


A Ardala é negociadora comercial da linha Informática da Fast Shop, onde atua na cadeia de suprimentos, atividade que exige raciocínio lógico, comunicação e organização. A Ardala considera que esse é um mercado em ascensão. Imagem com o crescimento do comércio eletrônico como há processos a serem gerenciados!
E numa atividade bem diferente está a Thalita, que é artesã, proprietária da Artemanca (https://www.facebook.com/artemanca/), que no seu ateliê em casa realiza com capricho peças artesanais. Segundo ela, esse é um mercado em ascensão, porque é crescente o interesse das pessoas pelos produtos artesanais.

Para atuar em atividades tão diferentes, conclui-se que há necessidade de capacitação para entrar nessas áreas e também é imprescindível a importância da pesquisa e do investimento em cursos.

Já o Leonardo Giuranno trouxe a experiência do Reinaldo Alves e sua atuação como analista de informação num banco de dados e imagens:
Imagem retirada das apresentações dos alunos
Um pouco sobre a atuação do Reinaldo no Comitê Rio 2016: “(...) Eu estava na área de IKM (Information Knowledge Management). Nessa área, fica aportada toda a área de documentação e gestão do conhecimento dos jogos. Eu tinha o auxílio de dois colaboradores que me ajudavam a cadastrar e digitalizar as fichas de inscrição dos voluntários e os seus documentos.  Na parte de audiovisual, eu e mais uma colaboradora que catalogávamos, selecionávamos e dávamos permissão de uso de imagem e vídeo, recebíamos pedidos de várias partes do mundo querendo uma imagem ou vídeos para determinado fim (jornalístico ou publicitário). Também, dávamos suporte na área de imprensa e redes sociais, juntamente com a área jurídica. Tínhamos também a demanda de enviar ao Comitê Internacional as imagens e vídeos dos eventos promovidos pelo Comitê Rio2016. Outra tarefa que tínhamos, era o arquivamento dos produtos licenciados que foram produzidos, nós catalogávamos e guardávamos com intuito de preservar a memória dos jogos”.

E finalizando, Reinaldo reforça: “Acho que temos que estar sempre pensando em atualizações e não deixarmos de estar conectados com as novas influências que a profissão está recebendo.”

E, no universo da tecnologia, a Júlia Gütschow e a Suziane Reis trouxeram a experiência do Wellington Rodrigues, que além de docente na ETEC e na FESPSP tem uma trajetória bem interessante na área de TI, atuando como analista de negócios:
Imagem retirada das apresentações dos alunos

O Wellington possui mais de 11 anos de experiência no mercado e 5 em atuação com Gestão do Conhecimento e Informação/Elaboração de projetos num grande escritório de advocacia de São Paulo. Ele citou competências importantes para atuar na área: saber negociar, saber cobrar, ser organizado, saber ouvir – escuta ativa, ser paciente, alinhamento de expectativas – Gestor, Cliente e Consultor e saber identificar o que é uma prioridade. Além das competências técnicas: html, noções de programação, como a ferramenta discutida pode ajudar no problema em questão e qual tecnologia deve ser aplicada ao problema. O recado final foi: realizar cursos específicos e continuar estudando!

Já a Samanta Silva e o Luiz Augusto dos Santos trouxeram a experiência do Thiago Asperti Mendes e sua atuação de Advocacy, no Grupo INFOCO (https://www.facebook.com/InFoconaBiblio/):
Imagem retirada das apresentações dos alunos

Sobre os objetivos do InFoco: Fortalecimento da profissão do Bibliotecário, através da consolidação das entidades representativas e Ensinar de forma lúdica qual o papel do bibliotecário e das bibliotecas no auxílio da sociedade em que vivemos.

O InFoco é formado por um grupo de bibliotecários e estudantes de biblioteconomia que tem como objetivo fortalecer a profissão de bibliotecário, através da consolidação das entidades representativas, tais como o do sistema CFB/CRBs, Associações, FEBAB e sindicatos; Ensinar de forma lúdica qual o papel do bibliotecário e das bibliotecas no auxílio da sociedade em que vivemos, trazendo assim o [re]conhecimento desta com relação a este profissional tão desconhecido.

O Thiago contou também sobre a experiência do [RE]PENSE, que nasce com o intuito de ser uma desconferência nos moldes do TED, onde cada participante utiliza seu tempo para resumir o assunto abordado, permitindo que os presentes discutam o tema proposto. As duas edições já realizadas (ambas na FESPSP) foram: 20.10.2018 - Profissão e Tecnologia e 10.08.2019 - O papel das bibliotecas no auxílio da sociedade.

Algumas publicações a serem consideradas:

[RE]Pense discutirá a profissão do bibliotecário na contemporaneidade - FESPSP
https://www.fespsp.org.br/noticias/legado/2018/repense-discutira-a-profissao-do-bibliotecario-na-contemporaneidade

InFoco e o evento [RE]Pense - CRB 8ª região
http://www.crb8.org.br/infoco-e-o-evento-re-pense/

TAGs no Facebook - InFoco
Adaptações Literárias / Bibliotecários artesãos / Culture-se / Bibliotecas ficcionais / Personagens bibliotecários

Imagem retirada das apresentações dos alunos

E como considerações finais a Samanta e o Luiz Augusto citaram:
•    Importância do advocacy e da participação principalmente de jovens profissionais
•    Reconhecimento pela iniciativa e realização do projeto e dos eventos
•    Dificuldades para encontrar apoio com organizações e profissionais da mesma área do conhecimento
•    Visibilidade alcançada até o momento, com a participação em um Congresso com diversas instituições e profissionais
•    Nossa missão de apoiá-los, seguindo e compartilhando conteúdos das redes sociais, e na participação e divulgação dos eventos

Siga e acompanhe o InFoco! #Ficaadica

E falando em mobilização pela área, a Nicole Oliveira e a Pietra Aoki trouxeram a experiência da Profa. Daniela Spudeit:
Imagem retirada das apresentações dos alunos


Palavras da Profa. Daniela: “Não tem como você ser professor e não pesquisar. Na minha cabeça, não tem como você ser professor e não atuar na extensão. São os três pilares da universidade: Pesquisa, Ensino e Extensão, fora a parte da Gestão, da Administração, serviços burocráticos que a gente faz”.
Acredita que seu método de ensino tenha muito a ver com a formação na pedagogia, pois não costuma aplicar métodos tradicionais para seus alunos tanto de avaliação quanto lecionando, construindo juntos a disciplina.

Sobre o mercado de trabalho: fluído, aprendizado – multidisciplinaridade – buscar inovação e mudança. A Biblio viva e atuante!

E reforçaram também sua participação em eventos científicos e sua sala de aula focada no mercado de trabalho e nas demandas sociais, que se reflete na sua vasta produção acadêmica e científica.

E puxando gancho da inovação, o Alexandre Gikas, a Edi Fortini e a Morena Maricato trouxeram a experiência da Lucilla Simonsen, que atua numa startup:

Imagem retirada das apresentações dos alunos

O trio apresentou o dia a dia da Lucilla, que atua há 2 anos como Product Owner (PO) do Seuprocesso. Atualmente é gestora de projetos e cuida da análise e qualidade de dados para o projeto Foundation. Realiza atividades multidisciplinares, com equipe pequena e com alta rotatividade. As expertises de cada profissional são exploradas, de forma que uma pessoa desenvolve diversos papéis numa mesma função:
●    Usabilidade
●    UX Research
●    Análise de dados
●    Business Intelligence (BI)
●    Recebe chamados dos produtos e distribui para desenvolvedores

Trabalha com:
●    metodologias ágeis (kanban e scrum)
●    rotina de sprints (no prazo de 15 dias)
●    planning e grooming (parecido com brainstorm)

O PO verifica se essas tarefas estão sendo cumpridas.

Ambiente propício para o crescimento, onde se aprende muita coisa. Não se faz a mesma coisa todos os dias. Maiores desafios: Falta de equipe (pouca gente); Demora de aprovações do CEO; Muitos estagiários (pessoas jovens); há uma diferença de gerações. É um desafio ser líder de uma equipe jovem.

Algumas das competências citadas: Pró-atividade, buscar conhecimento, estudar sobre o assunto com o qual quer trabalhar, manter-se atualizado, ter vontade de fazer e não desistir no primeiro "não", não se prender aos títulos das descrições das vagas, fazer projetos para demonstração como portfolio, para se trabalhar como PO, precisa estar sempre disposto a procurar um problema e entregar uma solução e trabalhar em equipe!

Segunda a Lucilla, o mercado de trabalho nessa área é enorme. A cada dia surge uma competência nova na qual o bibliotecário pode atuar. Os bancos estão começando a trabalhar com metodologias ágeis, além de outros nichos. Há muitas vagas de júnior, para as quais não se pede muita experiência.

E como considerações finais: Para ingressar neste mercado em constante inovação, é necessário estar sempre antenado e atualizado, buscando cursos específicos e capacitações, participando de meetups e eventos da área. Inglês não é diferencial, é necessário. Habilidades avançadas com tecnologia e Imersão em estudo de usuário.

Várias dicas, hein?

E como último, porém não menos importante, bibliotecário entrevistado, a Raquel Oliveira apresentou um pouco sobre a trajetória profissional do João Guilherme Camargo, que atua com inovação:
Imagem retirada das apresentações dos alunos

O João é sócio da Escola de Inventor (https://escoladeinventor.com.br/), que tem como objetivos:
•    Aprofundar a adoção da cultura maker e do ensino e aprendizagem STEAM dentro das salas de aula (STEAM – Science, Technology, Engineering, Arts & Math)
•    Aproximação entre indústria, centros educacionais e centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
•    Aprendizagem criativa baseada em: projetos, problemas, desafios, jogos e investigação.

O início da Escola do Inventor, segundo o João, foi motivado por: Percepção do interesse no ensino de tecnologia por meio de ferramentas de prototipagens. Experiência americana com ferramentas nas bibliotecas – Cultura Maker. As Empresas brasileiras muitas vezes aprovam um projeto de inovação mas não tem pessoas para tocar e problemas na educação básica (que ele estudou em sua experiência em Portugal).

Um pouco sobre sua atuação:
•  Habilidade: curiosidade (reunir conteúdo e passá-lo de uma forma clara)
•  Dificuldade: transformar o conteúdo reunido em algo repetível e escalável para retorno financeiro.
•  Gratificação em trabalhar com educação
•  Oficinas nas escolas
•  Formação para professores
•  Oficinas para empresas

Uma experiência muito motivadora, de um bibliotecário que enxergou uma oportunidade de negócio e foi atrás, abrindo novos caminhos e áreas de atuação.

Bem, 2019 foi um ano com experiências muito diversificadas, responsabilidade social, tecnologia, inovação... mas o mais importante (para que chegou aqui e leu a matéria até o final kkk), é que existem muitas oportunidades de atuação profissional à espera dos bibliotecários e bibliotecárias com as competências necessárias.

Inspire-se nessas trajetórias, entre em contato com os colegas citados aqui e boa sorte!

Profa. Valéria Valls, responsável pela disciplina Tópicos avançados em Gestão da Informação e Conhecimento (6º sem).


Para entender mais a proposta do Seminário leia essas matérias (2013 a 2018):

Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia 2018
https://monitoriafabci.blogspot.com/2018/12/aconteceu-na-fabci-seminario-tendencias.html

Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia 2017
http://monitoriafabci.blogspot.com/2017/12/seminario-tendencias-contemporaneas-da.html

Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia 2016 – Parte 1 e 2
http://monitoriafabci.blogspot.com.br/2017/02/seminario-tendencias-contemporaneas-da_20.html
http://monitoriafabci.blogspot.com.br/2017/02/seminario-tendencias-contemporaneas-da.html

Aconteceu na FaBCI: Seminário Tendências contemporâneas na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação (turma 2015)
http://monitoriafabci.blogspot.com.br/2015/11/aconteceu-na-fabci-seminario-tendencias.html

Seminário Tendências 2014 (turma 2014)
http://monitoriafabci.blogspot.com.br/2014/11/seminario-tendencias-2014.html

Tendências hoje em Gestão da Informação e do Conhecimento (turma 2013)
http://monitoriafabci.blogspot.com.br/2013/11/tendencias-contemporaneas-em-gestao-da.html

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