No ultimo dia 17, foram completados 30 anos do dia histórico em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) retirou o homossexualismo (o sufixo "ismo" refere-se a doenças na medicina) da sua lista oficial de doenças (a 10° edição da CID - sigla em inglês para Classificação Estatística Internacional de Doenças).
Imagem retirada do site Congresso em Foco.
Embora essa conquista tenha ratificado muitas injustiças cometidas contra a comunidade LGBTQIA+, não representou de fato o fim definitivo do preconceito, muito ainda precisa ser feito no que diz respeito a igualdade de direitos básicos, como o direito a vida.
Nesse contexto como profissionais da Biblioteconomia e informação, é nosso dever garantir que algo seja feito para levar conhecimento ao nosso usuário, garantindo assim que a discussão seja levada a outros patamares, com ações e acervos que mostrem todas as facetas da nossa sociedade plural.
Precisamos pensar em como nos espaços sob nossa responsabilidade, ou onde atuamos, como podemos levar essa população, que foi colocada a margem por tanto tempo, para os espaços de cultura, leitura e debate.
Dar voz, é mais que apenas expor nas mídias todas as injustiças, é repensar acervos, propagandas e políticas, muitas ainda hoje excludentes, que se referem a temática LGBTQIA+.
"... o trabalho de levantamento bibliográfico é a base para o desenvolvimento das ações. Com enfoque na produção nacional, autoras brasileiras contemporâneas como Angélica Freitas, Natalia Borges Polesso, Cidinha da Silva, Amara Moira e Carol Bensimon são exemplos de autoras que apresentam materiais literários com personagens e narrativas não hegemônicas, além da diversidade de linguagens: poesias, contos, crônicas, diário e romance, respectivamente."
Imagem retirada do site Razões para Acreditar.
Nesse momento em que as redes sociais e o ambiente digital, tornou-se mais parte de nossos dias, podemos usar dessa gama de informação de qualidade para lermos mais, nos informarmos, pois apenas o conhecimento nos livra das correntes da ignorância, e sem essa sombra pouco a pouco os muros do preconceito são derrubados.
“Nós precisamos de uma Biblioteconomia subversiva. Nós precisamos de uma Biblioteconomia guerrilheira, que subverta a ordem das atuais prioridades; que procure, busque, constantemente, os interesses populares, que esteja voltada para os oprimidos”. (ALMEIDA JÚNIOR, 1997)
Lia Lemonge - Monitora Científica.
Comentários
Postar um comentário