"Neste 6º
semestre da FABCI estamos tendo a disciplina de Tópicos Avançados em Gestão da Informação e do Conhecimento,
ministrada pela prof.ª Valéria Valls, que tem o objetivo de apresentar temas
contemporâneos, novas áreas de atuação e novos conhecimentos dentro da
Biblioteconomia e Ciência da Informação. Um dos conteúdos apresentados foi
sobre Humanidades Digitais. Para ampliar esse assunto tão novo, foi proposto
que os alunos compartilhassem novidades, projetos e notícias sobre o tema.
Contribuindo para essa atividade, compartilho o tema por um outro olhar considerando
sua importância social: as Humanidades Digitais Negras.
Para
contextualizar, segundo a prof.ª e Drª Valéria Valls, as Humanidade Digitais
“são uma área de atividade acadêmica da interseção da computação ou tecnologia
digitais e as disciplinas das humanidades. Apresenta ferramentas e métodos digitais para
os estudos das humanidades com o reconhecimento de que a palavra impressa não é
mais o principal meio de produção e distribuição de conhecimento. Ao produzir e
usar novas aplicações e técnicas, a Humanidades Digitais possibilita novos
tipos de ensino e pesquisa, ao mesmo tempo que estuda e crítica como elas
afetam o patrimônio cultural e a cultura digital.”
Sobre as Humanidades Digitais Negras, o pesquisador, professor, mestre em Comunicação (UFBA) e Doutorando em Ciências Humanas e Sociais (UFABC), Tarcízio Silva, apresenta em seu blog uma reflexão sobre essa perspectiva.
Segundo Tarcízio Silva, as “humanidades digitais negras ajudam a desmascarar os sistemas racializados de poder em jogo quando entendemos as humanidades digitais como um campo e utilizamos suas técnicas associadas”. Para o professor, “as tecnologias de recuperação são os esforços de grupos minoritários/marginalizados em usar plataformas e ferramentas digitais tanto para resgatar história e literatura não-registrada, apagada, invisibilizada ou intencionalmente destruída, quanto para recuperar a humanidade das pessoas negras em um sistema de racialização global.”
O professor e pesquisar montou um curso sobre essa temática realizado no Centro de Pesquisa e Formação Sesc São Paulo em 2019 e disponibilizou o conteúdo introdutório no seu blog. Citando a autora Kim Gallon na sua apresentação, aponta que “as humanidades digitais negras refletem menos uma ‘coisa’ específica e mais um espaço construído para considerar as interseções entre o digital e a negritude”. Para Tarcízio Silva, “essa perspectiva pode gerar questões sobre a relação entre racialização da humanidade e o digital como poder, superando a percepção ainda disseminada da ‘neutralidade’ do digital ou tecnologia, nos levando e entender melhor a condição humana.
Para quem quiser ler mais e se aprofundar no assunto, segue o blog e o conteúdo citado"
Para quem gostou do tema apresentado de forma brilhante e dinâmica pela Jade, pode expandir o debate com o conteúdo apresentado no ultimo dia 07 de outubro sobre Humanidades digitais e Biblioteconomia, no PEC da FESP apresentado pelo Prof. Wanderson Scapechi e mediado pela Professora Valéria Valls no canal da FESP no Youtube. O vídeo está disponível e vale a muito a pena assistir para entender um pouco mais sobre esse tema que nesse momento de expansão das atividades no ambiente digital.
Parabéns pela escolha do tema e desenvolvimento Jade. Muito relevante para a realidade atual.
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