E
para encerrar o semestre com um toque poético, segue um novo conto do talentoso
e querido Gabriel Justino de Souza
do 5º Semestre/Noturno.
Aproveitem
e se deliciem com mais um Era uma vez...
Sonhos
Sabe quando temos que fazer escolhas, e uma delas muda
radicalmente sua vida? Foi o que aconteceu comigo, quando decidi sair da cidade
onde eu morava, para ir para a cidade grande em busca dos meus sonhos. Afinal
quem nunca batalhou para conquistar seu lugar ao sol.
Minha partida estava marcada para uma manhã de
quarta-feira, então tinha que arrumar minhas malas, para correr para o pequeno
terminal rodoviário que ficava no centro da cidade, eu estava tão ansiosa para
chegar na cidade grande e morar com minha tia, que esquecia que iria chegar o
momento de despedir-me de meus pais. Quando chegou esse momento não me
aguentei, chorei muito, pois sabia que a saudade iria me matar, mesmo com as
ligações diárias não estaria falando com eles no “olho a olho”, quando a porta
do ônibus se fechou e a viagem começou, comecei a sentir um aperto no peito de
ter que deixar minha família, que desaparecia junto com a cidade conforme o
ônibus ia avançando em seu destino.
A paisagem ia se modificando conforme atravessávamos
cidade após cidade, passei por estradas cercadas de campos muito belos, por
estradas onde via rios cristalinos correndo para desaguar em algum lugar distante,
assim como eu, que estou correndo para começar a vida em um novo lugar, passei por
lugares onde as árvores eram tão fechadas de um lado a outro e as multitonalidades de um
verde vivo que eram interrompidas pelo amarelo queimado a anunciar, que logo
ali, despontava o outono, passei por estradas
de terra onde toda essa exuberância natural não predominava e percebia que
faltava muito para que aquele lugar que um dia me levaria de volta à minha
cidade precisava de muitas mudanças.
Chegando próximo ao meu destino percebi lindas montanhas,
tão altas que pareciam que iriam tocar o céu, isso porque as nuvens pareciam
que as cortavam, mas logo o cenário mudou e as montanhas deram lugar a enormes
edifícios de concreto e vidro, carros por todo lugar, pessoas apressadas,
correndo para sabe-se lá onde e o porquê de tanta pressa.
Quando desembarquei minha tia me abraçou e disse que eu
era muito bem-vinda e que logo iria me acostumar, com esse “ar agitado” que era
morar na cidade grande, me senti apreensiva, e logo passei pelas minhas
primeiras experiências cômicas na cidade.
A primeira delas foi quando tivemos que ir para o metrô e
vi a escada rolante, pelo amor de Deus, que treco era aquele, como foram
inventar um negócio desse, será que eu não cairia? Será que devo pular ou
tentar só colocar o pé e deixar a escada me levar?
— Tia eu pulo? Ando? Ou o quê?
— Menina, pare de ser medrosa, é só subir assim...
Minha tia andou normalmente e subiu naquele treco, e fui
em seguida tentando imitá-la, levei um tropeço e quase caí, que vergonha. E
quando chegamos na plataforma de embarque e o trem chegou, fiquei deslumbrada
com aquele meio de transporte, parecia tão rápido, nossa e aquele túnel escuro,
que medo. Aquele barulho parecia um monte de pessoas gritando. Ainda bem que passou
tão rápido, que logo desembarcamos e pegamos um ônibus para chegar finalmente
em casa.
Mas devo retomar a história dos sonhos não é mesmo, achou
que eu tinha esquecido? Sonho em me tornar uma bailarina profissional, quem
sabe um dia não consigo fazer parte do ballet da cidade e mostrar o talento que
possuo. Quando danço é como se fosse tudo o que sou, tudo o que tenho é quando
consigo transformar meus sentimentos e minhas emoções em forma de movimentos e
passos que externam esses sentimentos.
Bom, essas foram as lembranças de quando cheguei e o meu
sonho, logo mais, narrarei para vocês os perrengues que tive que passar para
chegar a primeira apresentação, para conseguir uma vaga no grupo do ballet da
cidade, e olha que é cada situação que passamos na vida que rimos para não
chorar, não é mesmo? Espero poder relatar em breve, quando tiver um pouco mais
de tempo para sentar e escrever, até lá, beijinhos e não fiquem tristes comigo,
logo mais mando notícias. Abraços de sua querida Sophia.
Gostinho de quero mais... Enquanto esperamos a continuação desta história, que a gente nunca tenha medo de seguir nossos sonhos, mesmo que o desconhecido possa parecer assustador. Parabéns, querido, por mais uma vez nos lembrar do quão importante é seguir em frente! 🤗
ResponderExcluirBom dia Gabriel,mais uma vez percebo como para você é "simples" contar uma estória, porque nela, sempre está inserida um pouquinho da sua. Também estou curiosa para saber quais serão estes perrengues... Parabens!Abraços
ResponderExcluir