Saudações, galera!
Depois de uma belíssima resenha da Aninha, quem ficou com
vontade de ver Sete Minutos Depois da Meia-Noite? Eu fiquei! E, rapaziada...
Que filme, hein! Vale muito a pena e o filme toca assuntos importantíssimos
para os dias conturbados que vivemos. Além de que a produção dele e seus
efeitos são incríveis! É de encher – de lágrimas – os olhos!
Bom, com as férias chegando e nos esforçando como nunca nos
estudos, nos resta sermos sucintos e objetivos. Praticidade vale ouro nesses
momentos. Então, mantendo essa sintonia, trouxe pra vocês uma obviedade: a
continuação do filme que vos falei há umas semanas atrás. Não faz sentido falar
de um filme top e depois ignorar sua continuação que ainda está nos cinemas
hoje (!), né.
By the way, fiquem com essa joia rara do cinema...!
T2 Trainspotting (2017)
Por Renato Reis
Eles estão de volta! Sim, eles mesmos! A galerinha do Trainspotting lá dos anos 80 estão na ativa
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T2 Trainspotting (2017)
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Os personagens, quero dizer, mais velhos... Os atores até
que nem tanto. Mesmo assim, é super legal observar como a idade destes avançou
no enredo.
A trama se passa, novamente, em Edimburgo, Escócia, nos dias
atuais. Então toda aquela galera que vimos e com quem convivemos por alguns
minutos de filme estão mais velhos, como disse e obviamente, e ainda vivem lá.
Tudo começa quando Mark Renton (Ewan McGregor) resolve voltar à cidade com uma
mala, a velha sede de grana e alguns segredos. Lá reencontra seus antigos
amigos Spud (Ewen Bremmer) e Sick Boy (Jonny Lee Miller) para ajudá-lo com tais
segredos que o meteram numa “rua sem saída” - como se ele já não estivesse tão
encrencado pelo que fez nos anos 80, não é?
Spud continua viciadíssimo em heroína, mas é um exímio
escritor; Sick Boy possui um prostíbulo e se sustenta disso (e ainda
superfatura aplicando golpes sobre os próprios clientes do local). Toda aquela
questão da amizade é ainda presente e constrói cenas maravilhosas e bem
emocionantes em alguns momentos. E Renton tenta ajudar seus amigos da melhor
maneira possível, tendo muito êxito, mas cobra ajuda também. Para “ajudar” mais
ainda, Begbie (Robert Carlyle) é um cara de meia idade nostálgico, ansioso para
causar geral e um fora da lei de nascença, que só pensa em vingança, inclusive.
As críticas ácidas e verdadeiras (as “pedradas na cara” que
insisto em nomear) são menos presentes na continuação, infelizmente. Ou ao
menos foi minha percepção sobre o filme. Senti falta de muito mais críticas em
comparação ao primeiro. Mesmo assim, as existentes são de cair o queixo e
repensar a vida toda. Afinal, aquela contra cultura que o filme conjura é
genial sempre e me faz amar e idolatrar eternamente tal tipo de proposta
cinematográfica e transmidiática.
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Momento choque de realidade de Mark
para a bela e empoderada Nikki (Angela Nedyalkova) – e para todos nós...
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O que mais me chamou a atenção no cinema foi a trilha
sonora, que está potente, bem enérgica e fabulosa(!) - e pode ser encontrada no
Spotify -, o tipo de técnica de cinema que é feita (com todas aquelas
transposições, cenas “imaginadas” e com frames extremamente rápidos) que deixou
tudo mega característico do Trainspotting, e, por fim, toda a energia que a
trama passa ao longo do filme e a questão de os atores e personagens estarem
mais velhos (coisa que nos emociona de tal forma também, para quem curtiu e
curte muito o Trainspotting de 1996). Há cenas que misturam tudo isso e até
recordam o filme anterior com uma maestria sem igual. Garanto: quem gostou do primeiro
filme, vai gamar no segundo!
Ahh, e uma curiosidade tipo “WOW!”: lembram da Kelly
Macdonald? A que interpreta Diane...? Pois bem, ela aparece novamente e faz um link bem bacana com o passado
(confiram!). Então, ela fez nada mais nada menos que a voz da nossa querida
princesa Merida ruivinha, de Valente (2012)! J Agora dá pra entender o seu sotaque forte escocês na
animação, né?
Ok, pessoal, agora é correr pro cinema com a galera e
curtir! Esse é de fazer qualquer um dar boas risadas. Podem confiar. O diretor
Danny Boyle não largou o osso da ideia original do filme e manteve (ou até
superou) seus caprichos em seu devido lugar.
TÁ DISPONÍVEL ONDE!?!? Cinema (somente Espaço Itaú de Cinema –
Augusta) / Internet
Essa semana quero
problematizar a existência de vocês.
Quero discussão, conversa e mal-estar,
que é pra sentir como a questão desse filme e dessa série precisam ser
discutidos, por toda nossa sociedade e principalmente por nós estudantes de
humanas.
Vamos fazer um combo então.
Essa semana: Get out e Black Mirror.
Por Ana Beatriz
Cristaldo
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Daniel Kaluuya, presente em ambas as obras e fazendo um puta trabalho.
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Recentemente o filme CORRA! saiu no cinema e você deve
saber disso por que todos seus amigos nas redes sociais estão falando desse
filme e não é pra menos. Com direção e
roteiro de Jordan Peele (comediante, ator e ex-membro da MadTv), Get out marca
a estreia memorável desse do novato cineasta, mas que nos surpreende com um
thriller de pura tensão do começo ao fim e que já informou em entrevistas que
tem mais alguns thrillers sobre questões sociais na manga. EEEEEEEEEIIITTTAAAAAA
GCHIOVANA!
O filme conta a história de um casal inter-racial (eu
odeio ter que usar esse termo), que estão juntos há 5 meses, sendo assim Chris
(Daniel Kaluuya) vai à casa dos pais de Rose (Allison Williams) para conhecer a
família. A preocupação de Chris é de que os pais da garota saibam que ele é
negro, no receio de criar algum tipo de surpresa ruim e situação
desconfortável, mas Rose afirma que sua família não é racista e que vai ficar
tudo bem. Assim que eles chegam na casa dos Armitage, ele nota coisas extremas e
estranha e começa a se questionar se deveria ter ido até ali.
Get out é um longa-metragem sobre aquela clássica
expressão “não sou racista, tenho até amigos/empregados/vizinhos negros e trato
eles muito bem”, o diretor Jordan traz várias situações que nos trazem esse
desconforto e o ridículo desse zoológico social, nos colocando ao lado de
Chris.
O filme é um episódio de Black Mirror, claramente.
Inclusive o ator principal também é protagonista do segundo episódio da
primeira temporada da série – Quinze milhões de méritos – digo isso pois ambos
trazem esse elemento de crítica social e do absurdo crível, a situação é tão
desconfortável, ridícula e absurda que se torna extremamente real no contexto
social e político que vivemos atualmente, essas coisas acontecem ou
acontecerão.
Jordan começou a escrever o roteiro no ano em que o
Obama foi nomeado presidente, pois foi nesse momento que questões raciais
tomavam mais voz e o racismo mascarado se iniciava. Visto que em uma cena do
filme ao conhecer Chris, o pai de Rose fala pra ele “se eu pudesse teria votado
no Obama uma terceira vez.”
Podemos fazer uma ligação também com a série que é
baseada no filme, e tem o mesmo nome, Cara Gente Branca, que JEOVÁ ME SEGURA E
LEVA mas olha, que série!
Informação
importante:
Com um orçamento de apenas US$4,5 milhões, Get out está chegando perto da marca
de US$300 milhões e já entrou pra lista dos 10 maiores filmes de terror de
todos os tempos e do Top 10 de filme com classificação (17+), ambos os ranking
levam em consideração os valores arrecadados de bilheteria. Só pra você ter uma
ideia nessas listas há filmes como: O exorcista e Hannibal. SUCCESS!!!!
Informação
importante 2: Jordan Peele é o primeiro cineasta negro a ter um filme de estreia que
passa os US$100 milhões.
Essa semana eu e o Renato trouxemos 4 indicações para
vocês, aproveitem e atualizem suas listas e entreguem logo o TCC e integrados,
que eu quero ver vocês dedicadíssimos no feriado de junho aos prazeres do sofá
e da TV.
Nota: 1026810096826/10
TA DISPONÍVEL
ONDE?!?!
Get out: cinema/internet
Black Mirror: exclusiva da Netflix
Cara gente branca: exclusivo da Netflix
Get out e
Black Mirror receberam o prêmio BLOW MY MIND do IAQ (Instituto Ana de
Qualidade)
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