A MC tem como um de seus principais objetivos retratar o cotidiano da comunidade FaBCI, seja com os relatos de eventos, aulas abertas ou a produção científica. Ainda com esse intuito, surge a série: Dia a dia na Academia, onde os alunos poderão relatar suas experiências com os trabalhos e expressar seja da maneira que quiserem, podendo ser cômica, poética..., as dores e delícias da vida acadêmica.
E
pra começar temos a participação da aluna Paola Marinho do 5º Semestre/Noturno,
com uma linda narrativa sobre sua relação com seu TCC que tem como Título: O Bibliotecário como Curador da
Informação. Confiram!
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Fonte: Facebook da Paola Marinho. |
Certa
vez, ao acaso em uma exposição na Pinacoteca de São Paulo, vi um pequeno vídeo
do fotógrafo dominicano Apeco (Natálio Puras Prenzo - 1933-2010) falando a
respeito de sua obra. Apeco dizia, quase em desespero, que se você olhasse para
a obra dele e não entendesse o que ele queria dizer, ele arrancaria o coração
do peito e daria para ver se você conseguia enxergar. Acredite ou não, eu me
sinto dessa forma em relação à o que o meu TCC está se transformando. Aliás,
acho que é mais do que isso: eu não estou tentando mostrar uma ideia, na
verdade, o meu trabalho fala muito sobre quem eu sou.
Eu
me sinto arrancando o coração do peito e "esfregando na cara do
mundo" cada vez mais que encontro o sentido no que estou produzindo.
No
começo, meu foco era $business$, porque isso $atrai$ e intere$$a as pessoas.
Minha intenção narrativa, claro, já tinha muito do que eu queria dizer, mas
faltava uma coisa ali: TODO o meu coração.
Tinha
uma mistura de um pouco de coração, muita cabeça e um enorme malabares para
tentar produzir algo funcional, mercadológico e acadêmico que chegasse onde eu
queria.
Resultado:
"patinei".
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Fonte: Facebook da Paola Marinho. |
Li
muito, busquei muito e não estava achando o que eu queria..., até tirar tudo o
que não era, para descobrir o que de fato é.
Entrei
em parafuso ao reescrever o problema de pesquisa, objeto, objetivo e,
principalmente, a justificativa.
A
versão anterior, claro, justificava que queria mercado para o bibliotecário, e
estava atrás disso, mas, sem sentido.
O mercado saiu do foco. Agora, minha justificativa é levar arte... aliás, mais
do que arte: levar MÁGICA para a prática (e falar isso de forma acadêmica e embasada
hahaha).
COMO
EU VOU JUSTIFICAR ISSO ACADEMICAMENTE?! Entrei realmente em parafuso!
Tive
uma baita crise de choro, e foi aí que percebi que era muito mais do que
mágica, era EU!!! Eu estava ali.
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Fonte: Facebook da Paola Marinho. |
Em cada página que eu lia eu estava ali. Eu lia um parágrafo e ele me descrevia! Era como se eu pulasse gritando "OLHA EU AQUI!!!".
Percebi
de onde vinha o pânico e o desespero: e se ninguém me entendesse? E se achassem
bobagem e invalidassem minha pesquisa?
Eu
digo: JAMAIS desistiria dela! Lendo aquele conteúdo-espelho eu lembrei do
porquê escolhi esse curso (e escolhi a dedo, viu!), era porque essa pessoa
existia no meio de todo aquele conteúdo e ela pede para aparecer agora, mesmo
não sendo $mercadológico$, ou simplesmente lógico (desde quando eu sou simples?!
haha).
Enfim,
é isso. É matar ou morrer, mas vou até o fim.
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