Olá biblioamigos!
Vamos
bater mais um papo sobre BiblioPedagogia?
Hoje
gostaria de conversar sobre as obrigatoriedades da biblioteca escolar e
universitária, e sobre o quanto isso ajuda ou atrapalha.
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Fonte: Site Pixabay |
Desde 2010 temos a Lei Federal 12.244, que dita que toda escola deve ter uma biblioteca, com pelo menos um livro por aluno, e gerenciada por um bibliotecário. E temos, desde 2004, a Lei 10.861, que instaura o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, que dentro do rol de obrigatoriedades, estão às conhecidas visitas do MEC para avaliação das bibliotecas universitárias (veja também o TCC da Ana Carolina Silva sobre “As implicações da avaliação do INEP/MEC nas bibliotecas universitárias federais do Rio de Janeiro”). Quer dizer: para a biblioteca escolar, temos apenas uma lei. E para as bibliotecas universitárias, todo um planejamento e ação monumentais para verificar locais que, caso não estejam de acordo com as normas, impedem a instituição de continuar a oferecer cursos superiores.
Enxergo
nisso uma grave inversão. O aluno chega à
universidade, às vezes sem nunca ter pisado em uma biblioteca escolar
anteriormente. De que adianta? É um problema histórico: o espaço universitário
tem mais investimentos do que a escola básica desde a época da ditadura
militar. Milanesi fala sobre isso em seu texto "A formação do informador".
E
para não ficar colocando a culpa na História, ou nos isentar dela, temos essas
duas leis citadas no 1º parágrafo, que são contemporâneas.
O
grande problema: é tudo na base da porrada, tiro e grito. Se não tem lei não é
feito. Se não é multado nada muda. Como nós bibliotecários podemos mudar essa
situação? Como nós, a linha de frente nessa batalha, podemos fazer com que
Bibliotecas escolares sejam tão importantes quanto as Bibliotecas
Universitárias?
No
dia 20 de Março, o bibliotecário Cristian Bayern foi à FESPSP (veja vídeo da
palestra no link), falar sobre políticas públicas. Num determinado momento ele
falou: "são heróis essas pessoas (bibliotecários), eles não ganham nada,
não ganham 1 real do MINC. Se eles estão fazendo aquele trabalho é porque eles sentem
investidos (por isso). (É) quase uma vocação sacerdotal, mística. O cara tá lá
sofrendo aos borbotões." É exatamente isso. Temos independentemente da
situação, trabalhos monumentais. Pois,
mesmo uma Biblioteca Universitária sofre com o desprezo dentro das Instituições. Precisamos além de
trabalhar com a nossa matéria prima (a informação) nos fazer importantes,
precisamos explicar a que viemos.
Precisamos
realmente de muita disposição para encarar o dia-a-dia nas Instituições, nunca
parar de estudar e se atualizar, se manter ativo na profissão através de
sindicatos e conselhos regionais... Ufa, realmente dá trabalho ser
bibliotecário! Mas vale a pena...
E
você, o que acha? Biblioteca Escolar é menos importante que Universitária?
Precisamos fazer o que para o nosso trabalho ser valorizado? Comente e
Compartilhe!
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