Olá, pessoal! Tô de volta pra minha
segunda coluna do “Filme da Semana”. Espero que vocês tenham gostado do que
escrevi sobre o Moonlight na semana
passada...
Vou dar uma “clichêzada” aqui e
pedir pra vocês que comentem nos posts sobre o que acham, deixem suas
impressões, suas expressões... Pode criticar, mandar good vibes, falar mal,
falar o que deve mudar, se estamos escrevendo muita abobrinha, se estamos
brilhantes! Aqui é um canal de comunicação pra todos e devemos aproveitar o seu
máximo potencial em pró das nossas ideias e sua circulação.
Enfim, sou muito confuso. Quem me
conhece bem, sabe bem. E, por isso, são tantos filmes que já conheço que fiquei
realmente na dúvida em qual apresentar a vocês esta semana. Por fim, escolhi
outro drama, super indicado e ganhador de Oscars também.
“Nossa,
Renato, que deprê! Só drama, logo de cara!”. Pois é, já acho que estou
exagerando. Mas não sou de assistir a dramas, sério! É que o gênero tem me abalado
e encantado TANTO que só me resta expressar: é um melhor que o outro! Então,
para aproveitar o feriadão em clima de frio sozinho(a) ou com uma boa companhia
no cinema, lá vai!
Manchester à Beira-Mar (2016)
A história começa com uma bela imagem,
de uma pescaria em família divertida (daquelas que você, quando é criança,
nunca quer que termine). É muita diversão para um dia mega nebuloso. E os fatos
se passam de forma alinear, ou seja, não segue uma cronologia dentro do filme
em si. Você (eu acho isso fantástico!) vai sabendo das coisas bem aos poucos.
Há uma cronologia principal, que é, claro, o presente, e depois todo o resto
vai sendo contado. Quem é fã da série Lost sabe do que estou falando.
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Manchester à Beira-Mar (2016)
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Lee Chandler (Casey Affleck,
ganhador do Oscar de melhor ator 2017 – meio polêmico em Hollywood, mas juro
pra vocês que herdou todo o talento do irmão mais velho, Ben Affleck!) é um
faz-tudo que trabalha e vive sozinho nas periferias de Boston. Uma vida
monótona e bastante estressante.
Certo dia, recebe uma ligação e é
notificado da morte de seu irmão mais velho, que deixa um filho, o Patrick
Chandler (Lucas Hedges). Levado emocionalmente, então, a viajar até Minnesota
se despedir do irmão e verificar a tutela do filho adolescente, Lee passa a ter
memórias que nunca mais gostaria de rever ao se reencontrar com seus conhecidos
da região. Uma delas é sua ex-esposa, Randi Chandler (a grande atriz e diva
Michelle Williams!).
Isso tudo serve de pontapé inicial
a todas as “bads” do Lee. Ele começa a entrar numa espiral de dúvida em função
do que faz e no que vai fazer, sabendo que tem novas responsabilidades naquela
pequena – mas belíssima - cidade de Minnetonka, Minnesota, e encarando com
dificuldade as mudanças bruscas em sua simples vida. Suas saídas e convivências
com seu sobrinho se fazem engraçadas, às vezes, e se fazem como drama central
do filme, além de sua tragédia suprema passada. Afinal, como cuidar e viver
junto ao sobrinho semi-criado e crescido que acabou de perder o pai, não é?
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A perda de um pai e de um irmão – Lee (Casey Affleck) e Patrick
Chandler (Lucas Hedges) de luto
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Lee é um personagem tão triste que
não tem mais perspectivas de futuro em sua atualidade (tipo brasileiro,
manja?), não consegue nem sonhar mais e vive com os demônios do passado.
Isso é arrasador para quem assiste (tanto que não pude deixar de ouvir, através
das atitudes ralas ou hesitações do personagem, na sala de cinema: “O cara não
tem mais vida! (Risada irônica)”). Patrick demora a deixar a ficha cair da
morte do pai e, por isso, vai sofrendo junto ao tio de forma muito jovial,
tentando desviar sempre que pode dos fatos. E Randi, carrega tamanha e igual
dor de Lee, mas demonstra maior superação, talvez.
Muitas vezes olhamos/olharemos o
filme como uma depressão só, mas ele traz temas óbvios e importantes às
famílias e ao que vivemos hoje dentro de nossas interrelações, fazendo
refletir. Machester à Beira-Mar é beeeeeem triste, sim! Eu diria que se resume
a uma palavra, sobretudo: Superação. Ver e analisar o processo disso, acredito,
nos torna mais fortes e preparados emocionalmente também. Afinal, isso é sempre
essencial para a vida de qualquer ser humano e invisível aos olhos.
TÁ DISPONÍVEL ONDE!?! DVD/Internet
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