Aconteceu na FaBCI: PEC “Leitura, literatura e afeto: considerações sobre Harry Potter e seus leitores”
Aconteceu na quarta-feira, dia 23 de outubro, mais um Programa de Enriquecimento Curricular (PEC) da FaBCI: “Leitura, literatura e afeto: considerações sobre Harry Potter e seus leitores” foi o tema desta edição, que recebeu a Beatriz Masson, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada (FFLCH/USP). Nossa ex-monitora Camila Alferes esteve presente e fez um relato.
Me preencheu de afeto, pertencimento, saudade e alegria. Lembrei, enquanto ela apresentava alguns dos tópicos de sua pesquisa, de toda a paixão que a minha adolescente de 13 anos sentia pela série Harry Potter e de como esses sete livros ajudaram a formar a leitora e escrevinhadora que sou hoje. Lembrei da loucura que antecedia o lançamento de cada um dos três últimos livros: as matérias de revistas, com dicas de spoilers, dos fóruns da internet, das traduções amadoras, do desejo de saber inglês para não precisar esperar quase seis meses pra ler o livro.
Lembrei de faltar à escola, na sétima série, para ficar horas na fila do cinema com a minha melhor amiga (e quem me apresentou os livros e filmes), no dia de estreia de “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”. Lembrei de quando comecei a escrever fanfics, primeiro criando personagens parecidas comigo para habitar aquele universo, para depois começar a compreender as múltiplas camadas dos personagens já existentes nas obras, abandonar minhas sósias e começar a pensar em aventuras para os meus personagens prediletos (pequenos fatos: o Lupin é o favorito e a minha casa, caso esteja se perguntando, é a Corvinal).
Literatura é afeto. Pra mim, precisa ser. Pelo jeito, para a Beatriz também. Ela foi bastante corajosa por escolher o que gosta e aprofundar suas pesquisas acadêmicas em uma série de livros que faz muitos acadêmicos torcerem o nariz, por acreditarem em literaturas “maiores” e “menores”. Os dados levantados pela pesquisa dela, de como a série de livros têm significados quase distintos, mas ainda assim similares, dependendo da faixa etária em que o leitor começou a sua jornada, é fascinante. O curso que ela ministrou na USP, entre abril e junho desse ano, pareceu ainda mais fascinante. Nem só por se tratar de Harry Potter, mas por ser uma leitura afetiva, propiciadora de trocas significativas e de construções coletivas de sentidos.
Agradeço demais à Beatriz Masson pela PEC e pela FaBCI-FESPSP, na figura da professora Valéria Valls, por tê-la convidado. Foi mesmo mágico.
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Turma presente na PEC |
Me preencheu de afeto, pertencimento, saudade e alegria. Lembrei, enquanto ela apresentava alguns dos tópicos de sua pesquisa, de toda a paixão que a minha adolescente de 13 anos sentia pela série Harry Potter e de como esses sete livros ajudaram a formar a leitora e escrevinhadora que sou hoje. Lembrei da loucura que antecedia o lançamento de cada um dos três últimos livros: as matérias de revistas, com dicas de spoilers, dos fóruns da internet, das traduções amadoras, do desejo de saber inglês para não precisar esperar quase seis meses pra ler o livro.
Lembrei de faltar à escola, na sétima série, para ficar horas na fila do cinema com a minha melhor amiga (e quem me apresentou os livros e filmes), no dia de estreia de “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”. Lembrei de quando comecei a escrever fanfics, primeiro criando personagens parecidas comigo para habitar aquele universo, para depois começar a compreender as múltiplas camadas dos personagens já existentes nas obras, abandonar minhas sósias e começar a pensar em aventuras para os meus personagens prediletos (pequenos fatos: o Lupin é o favorito e a minha casa, caso esteja se perguntando, é a Corvinal).
Literatura é afeto. Pra mim, precisa ser. Pelo jeito, para a Beatriz também. Ela foi bastante corajosa por escolher o que gosta e aprofundar suas pesquisas acadêmicas em uma série de livros que faz muitos acadêmicos torcerem o nariz, por acreditarem em literaturas “maiores” e “menores”. Os dados levantados pela pesquisa dela, de como a série de livros têm significados quase distintos, mas ainda assim similares, dependendo da faixa etária em que o leitor começou a sua jornada, é fascinante. O curso que ela ministrou na USP, entre abril e junho desse ano, pareceu ainda mais fascinante. Nem só por se tratar de Harry Potter, mas por ser uma leitura afetiva, propiciadora de trocas significativas e de construções coletivas de sentidos.
Agradeço demais à Beatriz Masson pela PEC e pela FaBCI-FESPSP, na figura da professora Valéria Valls, por tê-la convidado. Foi mesmo mágico.
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