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Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia 2017.



A disciplina de Tópicos Avançados em Gestão da Informação e do Conhecimento ministrada ao 6º Semestre pela Prof.ª Valéria Valls, tem como objetivo principal: “Apresentar ao aluno temas contemporâneos da área de gestão da informação e do conhecimento, inclusive aspectos de sua futura atuação como bibliotecário”. 

 

Fonte: Site 4yousee
 

Uma das formas mais dinâmica e já bem conhecida de nossa comunidade em que esse objetivo é desenvolvido é o já tradicional Seminário Tendências Contemporâneas, mais conhecido como Bibliotecário “Fora da Caixinha”, que consiste em fazer a descrição da atuação de um profissional considerada uma tendência contemporânea na área de gestão da informação ou do conhecimento.

Este ano o Seminário está em sua 5ª Edição e vocês podem conferir o que rolou nos anos anteriores nos seguintes links:

Seminário 2016 - Parte 1 e Parte 2






Para compartilhar um pouco do que foi trazido pelos alunos este ano com profissionais que atuam fora de ambientes tradicionais da área com ações admiráveis e inspiradoras, confiram os textos e imagens retirados do facebook da idealizadora do seminário Prof. Valéria pelo momento de cada apresentação que nesta matéria especial serão divididos pelas turmas em MATUTINO e NOTURNO.

Ao final das apresentações dos grupos, teremos as contribuições dos alunos Nicolino Foschini e Guilherme Clemente (6º Semestre/Matutitno), e da aluna Aldenira Souza (6º Semestre/Noturno), contando sobre suas impressões acerca de alguns profissionais apresentados.

E com vocês, os “BIBLIOTECÁRIOS FORA DA CAIXINHA 2017”.


 

Fonte: Site Nova Ordem Mental


MATUTINO


E hoje começamos mais um Seminário Tendências Contemporâneas na Gestão da Informação e Conhecimento que tem como objetivo apresentar bibliotecários com atuações fora do convencional.


A Fernanda Domingos foi o tema da Débora e da Mariana por sua atuação em processos de prevenção de fraudes em grandes empresas. Uma frase legal da Fernanda: “O suporte de trabalho do bibliotecário é a informação e a informação está presente em todos os lugares”. Ou seja, os espaços de atuação podem ser ampliados por bibliotecários competentes e engajados.





Já ouviu falar em Personal Organizer? A experiência da Milliane Azevedo da http://www.millaorganiza.com.br/ foi apresentada pelo grupo da Paola, Larissa, Anna, Nico e Samara, uma experiência profissional muito interessante de conexão entre as competências do bibliotecário e uma atuação contemporânea. Uma experiência inspiradora de uma bibliotecária inovadora!




O Natan Amboni de Souza (apresentado pelo mesmo grupo anterior) também foi tema do nosso bate papo, apresentando sua experiência profissional como analista de BI (Business Inteligence) e Cool Hunter. Destacou também seu ponto de vista sobre essa ampliação no espaço de atuação do bibliotecário “Você precisa ter jogo de cintura, maturidade, domínio da sua área e conhecimento prévio de cada área do conhecimento”.
Ou seja, o espaço existe e precisa ser conquistado.




A experiência da Carli Cordeiro na Porto Seguro foi apresentada pela Ana Beatriz, Mylena, Marcus, Regiane e Camila.
O tema do bate papo foi “Biblioteca Porto Seguro: um conto de fadas”, ou seja, certamente sua trajetória como bibliotecária inovadora servirá de inspiração para os jovens profissionais, que puderam perceber claramente a atuação de uma profissional que gosta do que faz e que corre atrás dos projetos profissionais com garra e motivação.
Carli, você está "dentro de um regador" porque simbolicamente foi apresentada como a responsável pela energia da árvore (projetos da Biblioteca). 




A prestadora de serviços e consultora Márcia Maria Palhares de Formiga/MG, da http://mmpalhares.webnode.com.br/servicos/ foi a bibliotecária apresentada pela turma do 6º sem matutino com os alunos: Laura, Daniele, Guilherme, Daniela e Patrícia. Uma bibliotecária empreendedora (e estudiosa, como gosta de dizer) cuja trajetória nos mostra o que uma boa experiência profissional aliada a formação contínua podem oportunizar :)





Transformar dados em informações relevantes é a missão da Natashe Ferreira na sua atuação em inteligência competitiva (entre outras atividades de Business Inteligence) na http://www.ibiz.com.br/portfolio/licita.html. Uma jovem bibliotecária competente e intraempreendedora que conquistou com muito talento um espaço de destaque em sua Organização (e pensar que “outro dia” estava fazendo o Seminário como aluna, hein Natashe???). Valeu pessoal pela escolha. Com as alunas:  Regina, Celene,  Adriana, Bruna e Marcia.


 
A trajetória da Renate Land da https://egregorainteligencia.com.br/ foi o tema do Seminário do 6º sem matutino: uma bibliotecária de sólida formação que hoje atua como Diretora Presidente de uma cooperativa multidisciplinar com foco em profissionais 40+, aliando visão sistêmica com formação continuada. Uma “mineradora” de oportunidades ocultas no mercado corporativo. Certamente uma grande inspiração, Renate. Com os alunos: Ivonelde, Ana, Rafael e Fabiano.


NOTURNO


A especialista em taxonomia, Dora Steimer, foi a bibliotecária entrevistada pela turma do 6º semestre noturno pelas alunas: Micheline, Bruna, Juliana, Leonela, Aldenira e Leticia. A experiência da Dora em grandes empresas, especialmente no e-commerce, foi retratada com ênfase na sua trajetória e dicas.
Uma frase para resumir o que ouvimos: “O diferencial nem sempre está na técnica, mas em nossa personalidade”. O bibliotecário ampliando seus espaços de atuação com empatia, ética e muito trabalho.  




A intraempreendedora Ana Paula Pavan foi tema do seminário do 6º semestre noturno dos alunos: Camila, Karen, Mariana, Renata e Rosa. Uma bibliotecária jovem, mas com vasta experiência profissional que atua no Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo, onde, entre outros desafios, está estruturando o setor de atendimento às pesquisas, além de ter em mente um projeto futuro de organização do conhecimento técnico do departamento. Orgulho imenso.



 
Bibliotecário corrigindo bula e validando informações médicas? Sim, isso é real e acontece no dia a dia da Jaqueline Rios, que atua num grande laboratório como analista de informações médicas. Um exemplo de profissional séria, engajada, competente, que aos poucos foi conquistando e ampliando seu espaço num setor tão exigente como a indústria farmacêutica.
Uma frase de impacto? “O conhecimento é o grande inimigo da doença”. Inspirador, não? Excelente escolha do 6º semestre noturno dos alunos: Thiago, Maria Vitória, Laís e Marieta.



O que falar da Cristiane Camizão Rokicki?
Uma bibliotecária intraempreendedora e inovadora, que atua numa grande rede de ensino e a cada dia ganha mais espaço para ampliar sua atuação como profissional, marcando sua presença e competência em projetos tão importantes como o “Educação para o futuro”, que está analisando e projetando o futuro da Instituição. A biblioteca viva, como um espaço de aprendizagem e colaboração é real e no caso do SENAC tem o dedo super especial da Cris. (Valeu meninas, pela escolha!). Com as alunas: Elisabete, Alessandra, Andréia, Valéria, Irani e Gisele.





A trajetória da Morena Pereira Porto foi o tema do pessoal do 6º sem noturno: Anne, Gilberto, Caroline, Fernanda e Julia. A tendência abordada foi sua atuação como gestora de informações em plataformas digitais, além de todos os processos de suporte técnico e administrativo. Um exemplo de atuação expandida, quando o bibliotecário demonstra, numa Organização, que o seu papel vai além da organização da informação em suporte tradicional. Grande inspiração.



 
A experiência do Jader Vieira como gestor de um Centro de Memórias de um grande grupo empresarial foi contada pela turma do 6º sem noturno: Érika, Gabriel, Natália e Larissa. Gerenciar acervos híbridos é um grande desafio para o bibliotecário e a história do Jader nos mostra que com competência o bibliotecário pode ampliar seus espaços dentro de uma Organização, agregando valor e consolidando sua atuação.



 
Bibliotecário pode atuar como Arquiteto da Informação e UX Designer? Pode sim, desde que naturalmente amplie sua formação e consolide esses conceitos com experiência profissional. Essa é a trajetória da Bárbara Uehara, que desde a graduação já se interessava pela área e que construiu uma carreira sólida. Valeu por nos contar essa história, pessoal! Com os alunos: Mariana, Ivan, Karina e Sônia.





O bibliotecário pode atuar como audiodescritor? Oi, o que? Sim, o processo de audiodescrição faz parte do dia a dia do Gustavo Moura como bibliotecário universitário em uma instituição com usuários com baixa visão ou cegos (http://www.ebramec.edu.br/bibliotecas/), que recebem esse suporte da biblioteca na preparação de material didático, além de outros serviços. Certamente uma área onde os conhecimentos do bibliotecário podem ser muito úteis. #Ficaadica #PraCegoVer  Com os alunos: Patrícia, Fábio, Marina, Eduardo, Gustavo e André.





Bibliotecário atuando com produção de conteúdo para um grande jornal paulista e aplicando seus conhecimentos como blogueiro, pesquisador e DJ é um pouco da história do Jair Dos Santos Cortecertu. Uma experiência super legal de gestão da informação em diversas abordagens. Com os alunos: Marcus, Alessa, Mariana, Felipe e Natalya.






Relatos sobre as apresentações do Seminário

Como mencionado no início da matéria, seguem alguns relatos sobre as impressões que os alunos Nicolino, Guilherme e Aldenira tiveram sobre algumas apresentações:


Por: Nicolino Foschini
(6º Semestre/Matutino)


1.    Apresentação sobre a Fernanda Domingos

Achei fantástica a carreira da bibliotecária Fernanda, pois ela se formou no interior se SP, e foi ganhando experiência trabalhando fora da biblioteca. Acertadamente ela investiu numa pós-graduação em gestão e conta com experiência notável trabalhando em duas organizações multinacionais, a PwC e a Serasa.

O que mais me chamou a atenção foram as atividades dela com relação à gestão de processos como exemplo o mapeamento de processos. Ela comentou que começou a perceber esta lacuna de organização, devido recebimento das reclamações dos clientes. Com isso, ela conseguiu implantar uma solução ótima que disponibiliza respostas ao consumidor levando em consideração as reclamações, tendendo à diminuição delas.


2.    Apresentação sobre a Bibliotecária Natashe Ferreira

A Natashe me surpreendeu por ser jovem e já estar se destacando como fora da caixa. Me parece que a atividade dela é altamente demandada pelo mercado, e ao mesmo tempo, é uma competência rara, pois não são muitas as pessoas que sabem como lidar com as licitações públicas, contanto que são processos altamente corrompidos pelas partes envolvidas, devida desinformação da maioria. Em resumo ela trabalha com todos os processos de um serviço de informação, estando dentro de uma organização que é uma biblioteca, para disponibiliza-las aos interessados e que é ofertado ao mercado como sendo um serviço de inteligência estratégica.

3.    Apresentação sobre a Renate Land

A Renate chama a atenção pela trajetória profissional e o sucesso que alcançou. Primeiramente ela fez uma mudança de área, que se iniciou na graduação em Economia, mas com a falta de identificação na atuação profissional da área acabou escolhendo uma nova área de atuação, que a levou-a à FaBCI. Em seguida, ela busca mais formação relacionada à gestão o que a leva a desenvolver um MBA e um mestrado. Ela afirma que todo esse percurso colaborou para a formação de uma empresa em que atua até hoje, chamada Egregora. 

Afirma que a empresa é dedicada ao trabalho cooperativo (chamado de Coworking) e que define que a visão empresarial da empresa, tem como base a trabalhabilidade - um termo que nunca ouvi antes -, o impacto social e a certificação. Ao final, ela comenta o que um bibliotecário fora da caixa pensa, quando diz que enxerga o bibliotecário como gestor de inteligência, e ainda comenta que é responsabilidade do profissional da informação e consciência da informação. Fechando com chave de ouro, Renate deixa a mensagem de que o bibliotecário recém-formado não uma formação mais holística que forme gestores que saibam lidar com cargos de direção ou superiores.


Por: Guilherme Clemente

(6º Semestre/Matutino)


1.    Apresentação sobre a Bibliotecária Natashe Ferreira

O grupo entrevistou a bibliotecária Natashe Ferreira, que atua na área de inteligência de mercado. Natashe teve uma oportunidade como treinee em inteligência de mercado no fim da sua graduação na FESPSP, e logo foi promovida a gestora de projetos e, posteriormente, a supervisora de projetos. Dentre as suas atribuições está o levantamento de palavras-chave, a validação de dados coletados, o tratamento de dados e informações, dentre outros. 

Afora a formação em Biblioteconomia na FESPSP, a entrevistada também fez diversos cursos extracurriculares em áreas diversas, como a inteligência de mercado; também fez uma especialização em saúde pública. 

Na sua área, Natashe frisa a importância de compreender o produto e a necessidade do cliente e garantir o cumprimento dos prazos. Dentre os maiores desafios e dificuldades na inteligência de mercado, ela aponta a gestão de tempo dos projetos e a gestão de pessoas.
Ela explica ainda que atuam em uma equipe de trabalho interdisciplinar, algo fundamental em uma função que exige, ainda, uma diversidade de competências: a inteligência de mercado une competências próprias da Biblioteconomia e Ciência da Informação com outras oriundas de outras áreas, como consultoria e análise de dados. Natashe frisa ainda a importância de o profissional da informação fazer cursos de especialização por outro lado, ela acredita que a graduação em Biblioteconomia fornece uma boa base para a atuação profissional. 

A bibliotecária entrevistada pelo grupo certamente se encaixa na categoria “fora da caixinha”. Ela atua em uma área na qual, embora tenham condições para isso, os profissionais da nossa área ainda têm pouca inserção. Portanto, Natashe representa um valoroso exemplo de bibliotecária que teve sucesso em se colocar em uma área que foge dos nossos campos de atuação tradicionais, valorizando a característica mais distintiva do profissional da informação: seu caráter interdisciplinar. Ao mesmo tempo, ela aponta caminhos, frisando a importância de o bibliotecário buscar atualização constante e diversificar sua formação, buscando complementá-la com cursos e especializações em áreas não contempladas pela graduação. Sua trajetória certamente é inspiradora para jovens profissionais que estão chegando ao mercado no momento.

2.    Apresentação sobre a Bibliotecária Renate Land

A bibliotecária entrevistada pelo grupo foi Renate Land, profissional com uma formação múltipla.  Renate trabalha com consultoria, mais especificamente com consultoria multidisciplinar, que é voltada para o impacto social. Graduada em Economia pela FAAP e em Biblioteconomia pela FESPSP, Renate afirma ter sempre buscado não se restringir a apenas uma área de formação, além de procurar praticar a formação continuada. Dessa maneira, ela fez diversos cursos de extensão e pós: possuí MBA em Marketing, é especialista em Gestão do Conhecimento e mestra em Tecnologias da Inteligência e Design Digital. Também participou de inúmeros congressos e workshops. 

A entrevistada afirma valorizar como competências fundamentais para o profissional que deseja atuar com consultoria o autoconhecimento, a boa comunicação, a liderança, a inteligência emocional, a visão sistêmica e a interdisciplinaridade. Sua empresa, a Egrégora Inteligência, faz trabalhos em áreas como o desenvolvimento organizacional, o marketing e a curadoria, dentre outros. Renate afirma ainda que os maiores desafios para o trabalho com consultoria estão ligados à formação de redes de relacionamentos, desenvolver um poder de negociação e saber lidar com pessoas. Para tanto, é imprescindível que o profissional possua uma visão sistêmica, e esteja aberto e disposto a aprender cotidianamente. 

A entrevista do grupo com Renate trouxe uma série de ideias extremamente ricas e valiosas para uma turma de bibliotecários em vias de se formar. Sua trajetória nos permite enxergar com mais clareza áreas de atuação que transcendem as bibliotecas, que os profissionais da informação podem ocupar se se prepararem adequadamente para tal. A entrevistada afirmou que há potencial de colocação de bibliotecários em campos como a gestão da informação estratégica, a inteligência de negócios, o empreendedorismo, a arquitetura da informação e a gestão da informação e do conhecimento.

Contudo, seu relato também foi importante por não ter se limitado a mostrar as potencialidades que existem para a atuação do profissional da informação, mas também ter apontado desafios e entraves. Chamou especial atenção a fala de Renate segundo a qual “nossa área não é uma tendência, porém oferece oportunidades ocultas”. Podemos interpretá-la no sentido de entender que não somos profissionais que chegamos ao mercado com vantagem inicial relacionada ao status de nosso curso de graduação; ao contrário, bem sabemos que sofremos ainda com uma série de estigmas e desinformações nesse sentido; por outro lado, nosso caráter interdisciplinar nos oferece grandes potencialidades, e cabe a cada um de nós explorá-las de modo a nos colocarmos como profissionais qualificados capazes de agregar valor a qualquer organização. Portanto, a entrevista do grupo foi de grande validade, por nos indicar o tamanho de nossos desafios e ambições nesse momento de transição pessoal e profissional.  


Por: Aldenira Souza

(6º Semestre/Noturno)


Os temas exibidos durante o Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia foram muito instigantes. Foi possível observar que bibliotecário pode ir muito além do convencionalmente reconhecido. Como mostram alguns dos exemplos a seguir, apresentados pelos alunos do 6º semestre noturno:

1.    O bibliotecário como audiodescritor - Gustavo Moura, bibliotecário universitário em uma instituição com usuários com baixa visão ou cegos.

2.    Jader Vieira - Bibliotecário no Centro de Memória do Grupo SOLPANAMBy. Responsável pelo acervo histórico, que contempla principalmente o acervo do fundador e da empresa. As atividades são relacionadas à gestão e organização de acervo (arquivístico, bibliográfico e museológico). A Rotina engloba tanto atividades de caráter técnico e administrativo.

Nota-se que há a necessidade da gama de conhecimentos em relação a gestão da informação, visto que, no acervo do fundador é possível encontrar os três tipos de acervo (Arquivístico, Bibliográfico e Museológico), sendo que o acervo arquivístico conta com documentos textuais (correspondências, documentos pessoais, discursos, recortes de jornal, entre outros), iconográficos (Fotos, negativos, cartazes) e audiovisuais (películas de áudio e vídeo, fitas Betacam, Umatic, vinis). O acervo bibliográfico conta com a biblioteca pessoal do fundador. E o museológico são objetos, como troféus, medalhas, presentes recebidos ao longo da vida política, entre outros.

Dessa forma, está claro que tal função requer conhecimentos em Arquivologia - servirá para gerenciar os documentos; Comunicação - para interagir com outros setores, apresentar o trabalho do fazer bibliotecário nesta área e divulgar os acervos tanto internamente quando externamente; e conhecimento em Museologia - para gerenciamento dos objetos.

3.    Jair dos Santos Cortecertu, é um versátil bibliotecário que atua na Folha de São Paulo elaborando pautas e reportagens a partir do material do acervo da Folha, contextualizando e fazendo conexões com os dias de hoje. Este é um exemplo de profissional que não se restringi as aparentes limitações da área biblioteconômica, atuando com a gestão da informação em diversas abordagens.

Jair faz uma interessante observação:
“Lidar com web e outras tecnologias que, infelizmente, ainda são estranhas para uma parcela significativa dos bibliotecários, sempre foi minha meta. Vale ressaltar que grande parte dessas tecnologias foram baseadas em conceitos da biblioteconomia, mas ganharam destaques entre profissionais da T.I., do marketing e da web.  Os bibliotecários precisam estar inseridos em outras áreas. Isso será bom para os profissionais e para as diferentes áreas também. ”

4.    Jaqueline Albuquerque - Analista de Informações Médicas na LIBBS Farmacêutica.

Esta foi uma das profissionais mais instigantes dos que foram apresentados. Trabalho em setor ainda pouco explorado por bibliotecários. Mostrou a todos que tinha competência necessária para o desenvolvimento das funções exigidas, como evidenciou ao ser perguntada a respeito do maior desafio já enfrentado: “Meu maior desafio foi mostrar para pessoas que não tinham a menor ideia do que era Biblioteconomia, que um bibliotecário tem as competências necessárias para o serviço”.

É de autoria da Jaqueline uma das falas que mais me cativou durante o Seminário:
“Vejo que o mercado não está preparado para receber o profissional da informação, pois não tem total conhecimento sobre suas competências. Muitas vagas de emprego descrevem requisitos completamente pertinentes ao perfil do bibliotecário, mas requerem outra formação.  A expressão: “Bibliotecário? Mas aqui não é uma biblioteca. ” ainda persegue os profissionais que trabalham fora da caixinha. Até mesmo dentro das empresas que contam com a presença desse profissional, seu potencial não é amplamente conhecido ou explorado. As organizações muitas vezes não têm conhecimento do crescente valor estratégico da informação, ou se têm, não identificam as habilidades do bibliotecário nessa atuação. Nesses casos, é importante que o bibliotecário atue ativamente apresentando propostas de trabalho que agreguem valor às diversas áreas da empresa”.

Os exemplos mostram que o bibliotecário não é aquela pessoa que “toma conta da biblioteca” e/ou “guarda livros”. Constatamos que estamos sofrendo mudanças no que se refere ao desenvolvimento das atividades de gestão da informação. A experiência profissional aliada com criatividade, trabalho em equipe, espírito de liderança, visão sistêmica, saber inovar, para atender as exigências e superar as expectativas de seus usuários, são algumas características consideradas fundamentais e essenciais ao profissional para a realização de um trabalho com qualidade e com diferencial. Se conseguirmos agregar as atividades diárias aos benefícios da tecnologia e desenvolver novas competências e habilidades, certamente, acompanharemos as necessidades do mercado e criaremos novos ambientes e relações humanas nas bibliotecas.
 

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