A
disciplina de Tópicos Avançados em
Gestão da Informação e do Conhecimento ministrada ao 6º Semestre pela Prof.ª Valéria Valls, tem como objetivo
principal: “Apresentar ao aluno temas
contemporâneos da área de gestão da informação e do conhecimento, inclusive
aspectos de sua futura atuação como bibliotecário”.
Uma
das formas mais dinâmica e já bem conhecida de nossa comunidade em que esse
objetivo é desenvolvido é o já tradicional Seminário
Tendências Contemporâneas, mais conhecido como Bibliotecário “Fora da Caixinha”, que consiste em fazer a descrição
da atuação de um profissional considerada uma tendência contemporânea na área
de gestão da informação ou do conhecimento.
Este
ano o Seminário está em sua 5ª Edição
e vocês podem conferir o que rolou nos anos anteriores nos seguintes links:
Para
compartilhar um pouco do que foi trazido pelos alunos este ano com profissionais
que atuam fora de ambientes tradicionais da área com ações admiráveis e
inspiradoras, confiram os textos e imagens retirados do facebook da
idealizadora do seminário Prof. Valéria pelo momento de cada apresentação que
nesta matéria especial serão divididos pelas turmas em MATUTINO e NOTURNO.
Ao
final das apresentações dos grupos, teremos as contribuições dos alunos Nicolino Foschini e Guilherme Clemente (6º Semestre/Matutitno), e da aluna Aldenira Souza (6º Semestre/Noturno),
contando sobre suas impressões acerca de alguns profissionais apresentados.
E com
vocês, os “BIBLIOTECÁRIOS FORA DA CAIXINHA 2017”.
MATUTINO
E hoje começamos mais um Seminário Tendências Contemporâneas na
Gestão da Informação e Conhecimento que tem como objetivo apresentar
bibliotecários com atuações fora do convencional.
A Fernanda
Domingos foi o tema da Débora
e da Mariana por sua atuação em
processos de prevenção de fraudes em grandes empresas. Uma frase legal da
Fernanda: “O suporte de trabalho do bibliotecário é a informação e a informação
está presente em todos os lugares”. Ou seja, os espaços de atuação podem ser
ampliados por bibliotecários competentes e engajados.
Já ouviu falar em Personal Organizer? A
experiência da Milliane Azevedo
da http://www.millaorganiza.com.br/ foi apresentada pelo grupo da Paola, Larissa, Anna, Nico e Samara,
uma experiência profissional muito interessante de conexão entre as
competências do bibliotecário e uma atuação contemporânea. Uma experiência
inspiradora de uma bibliotecária inovadora!
O Natan
Amboni de Souza (apresentado
pelo mesmo grupo anterior) também foi
tema do nosso bate papo, apresentando sua experiência profissional como
analista de BI (Business Inteligence) e Cool Hunter. Destacou também seu ponto
de vista sobre essa ampliação no espaço de atuação do bibliotecário “Você
precisa ter jogo de cintura, maturidade, domínio da sua área e conhecimento
prévio de cada área do conhecimento”.
Ou seja, o espaço existe e precisa ser
conquistado.
A experiência da Carli Cordeiro na Porto
Seguro foi apresentada pela Ana
Beatriz, Mylena, Marcus, Regiane e Camila.
O tema do bate papo foi “Biblioteca
Porto Seguro: um conto de fadas”, ou seja, certamente sua trajetória como
bibliotecária inovadora servirá de inspiração para os jovens profissionais, que
puderam perceber claramente a atuação de uma profissional que gosta do que faz
e que corre atrás dos projetos profissionais com garra e motivação.
Carli, você está "dentro de um
regador" porque simbolicamente foi apresentada como a responsável pela
energia da árvore (projetos da Biblioteca).
A prestadora de serviços e consultora Márcia Maria Palhares de
Formiga/MG, da http://mmpalhares.webnode.com.br/servicos/ foi a bibliotecária apresentada pela
turma do 6º sem matutino com os alunos: Laura,
Daniele, Guilherme, Daniela e Patrícia. Uma bibliotecária empreendedora (e
estudiosa, como gosta de dizer) cuja trajetória nos mostra o que uma boa
experiência profissional aliada a formação contínua podem oportunizar :)
Transformar dados em informações
relevantes é a missão da Natashe
Ferreira na sua atuação em inteligência competitiva (entre outras
atividades de Business Inteligence) na http://www.ibiz.com.br/portfolio/licita.html. Uma jovem bibliotecária competente e
intraempreendedora que conquistou com muito talento um espaço de destaque em
sua Organização (e pensar que “outro dia” estava fazendo o Seminário como
aluna, hein Natashe???). Valeu pessoal pela escolha. Com as alunas: Regina,
Celene,
Adriana, Bruna e Marcia.
A trajetória da Renate Land da https://egregorainteligencia.com.br/ foi o tema do Seminário do 6º sem
matutino: uma bibliotecária de sólida formação que hoje atua como Diretora
Presidente de uma cooperativa multidisciplinar com foco em profissionais 40+,
aliando visão sistêmica com formação continuada. Uma “mineradora” de oportunidades
ocultas no mercado corporativo. Certamente uma grande inspiração, Renate. Com
os alunos: Ivonelde, Ana, Rafael e Fabiano.
NOTURNO
A especialista em taxonomia, Dora Steimer, foi a
bibliotecária entrevistada pela turma do 6º semestre noturno pelas alunas: Micheline, Bruna, Juliana, Leonela, Aldenira
e Leticia. A experiência da Dora em grandes empresas, especialmente no
e-commerce, foi retratada com ênfase na sua trajetória e dicas.
Uma frase para resumir o que ouvimos: “O
diferencial nem sempre está na técnica, mas em nossa personalidade”. O
bibliotecário ampliando seus espaços de atuação com empatia, ética e muito
trabalho.
A intraempreendedora Ana Paula Pavan foi tema do
seminário do 6º semestre noturno dos alunos: Camila, Karen, Mariana, Renata e Rosa. Uma bibliotecária jovem, mas
com vasta experiência profissional que atua no Departamento de Patrimônio
Histórico de São Paulo, onde, entre outros desafios, está estruturando o setor
de atendimento às pesquisas, além de ter em mente um projeto futuro de
organização do conhecimento técnico do departamento. Orgulho imenso.
Bibliotecário corrigindo bula e
validando informações médicas? Sim, isso é real e acontece no dia a dia da Jaqueline Rios, que atua num
grande laboratório como analista de informações médicas. Um exemplo de
profissional séria, engajada, competente, que aos poucos foi conquistando e
ampliando seu espaço num setor tão exigente como a indústria farmacêutica.
Uma frase de impacto? “O conhecimento é
o grande inimigo da doença”. Inspirador, não? Excelente escolha do 6º semestre
noturno dos alunos: Thiago, Maria
Vitória, Laís e Marieta.
O que falar da Cristiane Camizão Rokicki?
Uma bibliotecária intraempreendedora e
inovadora, que atua numa grande rede de ensino e a cada dia ganha mais espaço
para ampliar sua atuação como profissional, marcando sua presença e competência
em projetos tão importantes como o “Educação para o futuro”, que está
analisando e projetando o futuro da Instituição. A biblioteca viva, como um
espaço de aprendizagem e colaboração é real e no caso do SENAC tem o dedo super
especial da Cris. (Valeu meninas, pela escolha!). Com as alunas: Elisabete, Alessandra, Andréia, Valéria,
Irani e Gisele.
A trajetória da Morena Pereira Porto foi o tema do pessoal do 6º sem noturno:
Anne, Gilberto, Caroline, Fernanda e
Julia. A tendência abordada foi sua atuação como gestora de informações em
plataformas digitais, além de todos os processos de suporte técnico e
administrativo. Um exemplo de atuação expandida, quando o bibliotecário
demonstra, numa Organização, que o seu papel vai além da organização da
informação em suporte tradicional. Grande inspiração.
A experiência do Jader Vieira como gestor de um Centro de Memórias de um
grande grupo empresarial foi contada pela turma do 6º sem noturno: Érika, Gabriel, Natália e Larissa.
Gerenciar acervos híbridos é um grande desafio para o bibliotecário e a
história do Jader nos mostra que com competência o bibliotecário pode ampliar
seus espaços dentro de uma Organização, agregando valor e consolidando sua
atuação.
Bibliotecário pode atuar como Arquiteto
da Informação e UX Designer? Pode sim, desde que naturalmente amplie sua
formação e consolide esses conceitos com experiência profissional. Essa é a
trajetória da Bárbara Uehara,
que desde a graduação já se interessava pela área e que construiu uma carreira
sólida. Valeu por nos contar essa história, pessoal! Com os alunos: Mariana, Ivan, Karina e Sônia.
O bibliotecário pode atuar como
audiodescritor? Oi, o que? Sim, o processo de audiodescrição faz parte do dia a
dia do Gustavo Moura como
bibliotecário universitário em uma instituição com usuários com baixa visão ou
cegos (http://www.ebramec.edu.br/bibliotecas/), que recebem esse suporte da
biblioteca na preparação de material didático, além de outros serviços.
Certamente uma área onde os conhecimentos do bibliotecário podem ser muito
úteis. #Ficaadica #PraCegoVer Com os
alunos: Patrícia, Fábio, Marina,
Eduardo, Gustavo e André.
Bibliotecário atuando com produção de
conteúdo para um grande jornal paulista e aplicando seus conhecimentos como
blogueiro, pesquisador e DJ é um pouco da história do Jair Dos Santos Cortecertu. Uma experiência super legal de
gestão da informação em diversas abordagens. Com os alunos: Marcus, Alessa, Mariana, Felipe e Natalya.
Relatos sobre as
apresentações do Seminário
Como
mencionado no início da matéria, seguem alguns relatos sobre as impressões que
os alunos Nicolino, Guilherme e Aldenira tiveram sobre algumas apresentações:
Por: Nicolino Foschini
(6º Semestre/Matutino)
1.
Apresentação
sobre a Fernanda Domingos
Achei
fantástica a carreira da bibliotecária Fernanda, pois ela se formou no interior
se SP, e foi ganhando experiência trabalhando fora da biblioteca. Acertadamente
ela investiu numa pós-graduação em gestão e conta com experiência notável
trabalhando em duas organizações multinacionais, a PwC e a Serasa.
O
que mais me chamou a atenção foram as atividades dela com relação à gestão de
processos como exemplo o mapeamento de processos. Ela comentou que começou a
perceber esta lacuna de organização, devido recebimento das reclamações dos
clientes. Com isso, ela conseguiu implantar uma solução ótima que disponibiliza
respostas ao consumidor levando em consideração as reclamações, tendendo à
diminuição delas.
2.
Apresentação
sobre a Bibliotecária Natashe Ferreira
A
Natashe me surpreendeu por ser jovem e já estar se destacando como fora da
caixa. Me parece que a atividade dela é altamente demandada pelo mercado, e ao
mesmo tempo, é uma competência rara, pois não são muitas as pessoas que sabem
como lidar com as licitações públicas, contanto que são processos altamente
corrompidos pelas partes envolvidas, devida desinformação da maioria. Em resumo
ela trabalha com todos os processos de um serviço de informação, estando dentro
de uma organização que é uma biblioteca, para disponibiliza-las aos
interessados e que é ofertado ao mercado como sendo um serviço de inteligência
estratégica.
3.
Apresentação
sobre a Renate Land
A
Renate chama a atenção pela trajetória profissional e o sucesso que alcançou.
Primeiramente ela fez uma mudança de área, que se iniciou na graduação em
Economia, mas com a falta de identificação na atuação profissional da área
acabou escolhendo uma nova área de atuação, que a levou-a à FaBCI. Em seguida,
ela busca mais formação relacionada à gestão o que a leva a desenvolver um MBA
e um mestrado. Ela afirma que todo esse percurso colaborou para a formação de
uma empresa em que atua até hoje, chamada Egregora.
Afirma que a empresa é
dedicada ao trabalho cooperativo (chamado de Coworking) e que define que a visão
empresarial da empresa, tem como base a trabalhabilidade - um termo que nunca
ouvi antes -, o impacto social e a certificação. Ao final, ela comenta o que um
bibliotecário fora da caixa pensa, quando diz que enxerga o bibliotecário como
gestor de inteligência, e ainda comenta que é responsabilidade do profissional
da informação e consciência da informação. Fechando com chave de ouro, Renate
deixa a mensagem de que o bibliotecário recém-formado não uma formação mais
holística que forme gestores que saibam lidar com cargos de direção ou
superiores.
Por: Guilherme Clemente
(6º Semestre/Matutino)
1.
Apresentação
sobre a Bibliotecária Natashe Ferreira
O
grupo entrevistou a bibliotecária Natashe Ferreira, que atua na área de
inteligência de mercado. Natashe teve uma oportunidade como treinee em
inteligência de mercado no fim da sua graduação na FESPSP, e logo foi promovida
a gestora de projetos e, posteriormente, a supervisora de projetos. Dentre as
suas atribuições está o levantamento de palavras-chave, a validação de dados
coletados, o tratamento de dados e informações, dentre outros.
Afora
a formação em Biblioteconomia na FESPSP, a entrevistada também fez diversos
cursos extracurriculares em áreas diversas, como a inteligência de mercado;
também fez uma especialização em saúde pública.
Na
sua área, Natashe frisa a importância de compreender o produto e a necessidade
do cliente e garantir o cumprimento dos prazos. Dentre os maiores desafios e
dificuldades na inteligência de mercado, ela aponta a gestão de tempo dos
projetos e a gestão de pessoas.
Ela
explica ainda que atuam em uma equipe de trabalho interdisciplinar, algo
fundamental em uma função que exige, ainda, uma diversidade de competências: a
inteligência de mercado une competências próprias da Biblioteconomia e Ciência
da Informação com outras oriundas de outras áreas, como consultoria e análise
de dados. Natashe frisa ainda a importância de o profissional da informação
fazer cursos de especialização por outro lado, ela acredita que a graduação em
Biblioteconomia fornece uma boa base para a atuação profissional.
A
bibliotecária entrevistada pelo grupo certamente se encaixa na categoria “fora
da caixinha”. Ela atua em uma área na qual, embora tenham condições para isso,
os profissionais da nossa área ainda têm pouca inserção. Portanto, Natashe
representa um valoroso exemplo de bibliotecária que teve sucesso em se colocar
em uma área que foge dos nossos campos de atuação tradicionais, valorizando a
característica mais distintiva do profissional da informação: seu caráter
interdisciplinar. Ao mesmo tempo, ela aponta caminhos, frisando a importância
de o bibliotecário buscar atualização constante e diversificar sua formação,
buscando complementá-la com cursos e especializações em áreas não contempladas
pela graduação. Sua trajetória certamente é inspiradora para jovens
profissionais que estão chegando ao mercado no momento.
2.
Apresentação
sobre a Bibliotecária Renate Land
A
bibliotecária entrevistada pelo grupo foi Renate Land, profissional com uma
formação múltipla. Renate trabalha com
consultoria, mais especificamente com consultoria multidisciplinar, que é
voltada para o impacto social. Graduada em Economia pela FAAP e em
Biblioteconomia pela FESPSP, Renate afirma ter sempre buscado não se restringir
a apenas uma área de formação, além de procurar praticar a formação continuada.
Dessa maneira, ela fez diversos cursos de extensão e pós: possuí MBA em
Marketing, é especialista em Gestão do Conhecimento e mestra em Tecnologias da
Inteligência e Design Digital. Também participou de inúmeros congressos e workshops.
A
entrevistada afirma valorizar como competências fundamentais para o
profissional que deseja atuar com consultoria o autoconhecimento, a boa
comunicação, a liderança, a inteligência emocional, a visão sistêmica e a
interdisciplinaridade. Sua empresa, a Egrégora Inteligência, faz trabalhos em
áreas como o desenvolvimento organizacional, o marketing e a curadoria, dentre
outros. Renate afirma ainda que os maiores desafios para o trabalho com
consultoria estão ligados à formação de redes de relacionamentos, desenvolver
um poder de negociação e saber lidar com pessoas. Para tanto, é imprescindível
que o profissional possua uma visão sistêmica, e esteja aberto e disposto a
aprender cotidianamente.
A
entrevista do grupo com Renate trouxe uma série de ideias extremamente ricas e
valiosas para uma turma de bibliotecários em vias de se formar. Sua trajetória
nos permite enxergar com mais clareza áreas de atuação que transcendem as
bibliotecas, que os profissionais da informação podem ocupar se se prepararem adequadamente
para tal. A entrevistada afirmou que há potencial de colocação de
bibliotecários em campos como a gestão da informação estratégica, a
inteligência de negócios, o empreendedorismo, a arquitetura da informação e a
gestão da informação e do conhecimento.
Contudo,
seu relato também foi importante por não ter se limitado a mostrar as
potencialidades que existem para a atuação do profissional da informação, mas
também ter apontado desafios e entraves. Chamou especial atenção a fala de
Renate segundo a qual “nossa área não é uma tendência, porém oferece
oportunidades ocultas”. Podemos interpretá-la no sentido de entender que não
somos profissionais que chegamos ao mercado com vantagem inicial relacionada ao
status de nosso curso de graduação; ao contrário, bem sabemos que sofremos
ainda com uma série de estigmas e desinformações nesse sentido; por outro lado,
nosso caráter interdisciplinar nos oferece grandes potencialidades, e cabe a
cada um de nós explorá-las de modo a nos colocarmos como profissionais
qualificados capazes de agregar valor a qualquer organização. Portanto, a
entrevista do grupo foi de grande validade, por nos indicar o tamanho de nossos
desafios e ambições nesse momento de transição pessoal e profissional.
Por: Aldenira Souza
(6º Semestre/Noturno)
Os
temas exibidos durante o Seminário Tendências Contemporâneas da Biblioteconomia
foram muito instigantes. Foi possível observar que bibliotecário pode ir muito
além do convencionalmente reconhecido. Como mostram alguns dos exemplos a seguir,
apresentados pelos alunos do 6º semestre noturno:
1.
O bibliotecário como audiodescritor -
Gustavo Moura, bibliotecário universitário em uma instituição com usuários com
baixa visão ou cegos.
2.
Jader Vieira - Bibliotecário no Centro
de Memória do Grupo SOLPANAMBy. Responsável pelo acervo histórico, que
contempla principalmente o acervo do fundador e da empresa. As atividades são
relacionadas à gestão e organização de acervo (arquivístico, bibliográfico e
museológico). A Rotina engloba tanto atividades de caráter técnico e
administrativo.
Nota-se
que há a necessidade da gama de conhecimentos em relação a gestão da
informação, visto que, no acervo do fundador é possível encontrar os três tipos
de acervo (Arquivístico, Bibliográfico e Museológico), sendo que o acervo
arquivístico conta com documentos textuais (correspondências, documentos
pessoais, discursos, recortes de jornal, entre outros), iconográficos (Fotos,
negativos, cartazes) e audiovisuais (películas de áudio e vídeo, fitas Betacam,
Umatic, vinis). O acervo bibliográfico conta com a biblioteca pessoal do
fundador. E o museológico são objetos, como troféus, medalhas, presentes
recebidos ao longo da vida política, entre outros.
Dessa
forma, está claro que tal função requer conhecimentos em Arquivologia - servirá
para gerenciar os documentos; Comunicação - para interagir com outros setores,
apresentar o trabalho do fazer bibliotecário nesta área e divulgar os acervos
tanto internamente quando externamente; e conhecimento em Museologia - para gerenciamento
dos objetos.
3.
Jair dos Santos Cortecertu, é um
versátil bibliotecário que atua na Folha de São Paulo elaborando pautas e
reportagens a partir do material do acervo da Folha, contextualizando e fazendo
conexões com os dias de hoje. Este é um exemplo de profissional que não se
restringi as aparentes limitações da área biblioteconômica, atuando com a
gestão da informação em diversas abordagens.
Jair
faz uma interessante observação:
“Lidar
com web e outras tecnologias que, infelizmente, ainda são estranhas para uma
parcela significativa dos bibliotecários, sempre foi minha meta. Vale ressaltar
que grande parte dessas tecnologias foram baseadas em conceitos da
biblioteconomia, mas ganharam destaques entre profissionais da T.I., do
marketing e da web. Os bibliotecários
precisam estar inseridos em outras áreas. Isso será bom para os profissionais e
para as diferentes áreas também. ”
4.
Jaqueline Albuquerque - Analista de
Informações Médicas na LIBBS Farmacêutica.
Esta
foi uma das profissionais mais instigantes dos que foram apresentados. Trabalho
em setor ainda pouco explorado por bibliotecários. Mostrou a todos que tinha
competência necessária para o desenvolvimento das funções exigidas, como
evidenciou ao ser perguntada a respeito do maior desafio já enfrentado: “Meu
maior desafio foi mostrar para pessoas que não tinham a menor ideia do que era
Biblioteconomia, que um bibliotecário tem as competências necessárias para o
serviço”.
É de
autoria da Jaqueline uma das falas que mais me cativou durante o Seminário:
“Vejo
que o mercado não está preparado para receber o profissional da informação,
pois não tem total conhecimento sobre suas competências. Muitas vagas de
emprego descrevem requisitos completamente pertinentes ao perfil do
bibliotecário, mas requerem outra formação.
A expressão: “Bibliotecário? Mas aqui não é uma biblioteca. ” ainda
persegue os profissionais que trabalham fora da caixinha. Até mesmo dentro das
empresas que contam com a presença desse profissional, seu potencial não é
amplamente conhecido ou explorado. As organizações muitas vezes não têm
conhecimento do crescente valor estratégico da informação, ou se têm, não
identificam as habilidades do bibliotecário nessa atuação. Nesses casos, é
importante que o bibliotecário atue ativamente apresentando propostas de
trabalho que agreguem valor às diversas áreas da empresa”.
Os
exemplos mostram que o bibliotecário não é aquela pessoa que “toma conta da
biblioteca” e/ou “guarda livros”. Constatamos que estamos sofrendo mudanças no
que se refere ao desenvolvimento das atividades de gestão da informação. A
experiência profissional aliada com criatividade, trabalho em equipe, espírito
de liderança, visão sistêmica, saber inovar, para atender as exigências e
superar as expectativas de seus usuários, são algumas características
consideradas fundamentais e essenciais ao profissional para a realização de um
trabalho com qualidade e com diferencial. Se conseguirmos agregar as atividades
diárias aos benefícios da tecnologia e desenvolver novas competências e
habilidades, certamente, acompanharemos as necessidades do mercado e criaremos
novos ambientes e relações humanas nas bibliotecas.
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