A
disciplina de Tópicos Avançados em
Gestão da Informação e do Conhecimento, ministrada pela Prof.ª Valéria Valls aos alunos do 6º
semestre, contou com uma aula para a discussão de uma obra de grande relevância
e visibilidade em nossa área, o livro Expect More escrito por David Lankes.
Os
alunos leram a obra antes e para nos falar um pouco do que rolou, a aluna Regina Grein (6º Semestre/Matutino) nos
cedeu gentilmente esse relato.
E
então: “Vamos pensar juntos uma nova Biblioteconomia?”.
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Fonte: Site da FEBAB. |
As
bibliotecas não dependem somente de acervos, as bibliotecas existem para servir
a comunidade na qual está inserida, desta forma, o bibliotecário precisa ter
ações inovadoras para com a sua comunidade, permitindo assim a geração de novos
conhecimentos, corroborando para a transformação desta comunidade.
Muitos bibliotecários acreditam que
seus empregos dependem dos acervos e não da comunidade. Muitas bibliotecas
estão apenas sobrevivendo ao invés de inovar, estão promovendo a paixão pela
leitura ao invés de um empoderamento para os cidadãos (LANKES, 2012, Cap. 1).
É importante frisar que bibliotecas são importantes e
devemos acreditar nelas, mas a força das bibliotecas não está somente em seus
acervos, os bibliotecários precisam compreender quão importantes são suas ações
dentro da comunidade que está inserido, é preciso conhecer cada usuário de sua comunidade
e perceber a importância dessa parceria para o desenvolvimento de ações que
possibilitem a geração de novos conhecimentos.
Durante
todo este livro, venho falando sobre acreditar mais em nossas bibliotecas, mas
por um momento acho necessário falar sobre como nossos bibliotecários precisam
acreditar mais em si mesmos, ver que cada membro de sua comunidade está
esperando o que você pode fazer por ele. É preciso encará-lo como um parceiro,
como um membro, e não como usuário, cliente ou outros termos sinônimos (LANKES,
2012, Cap. 5).
A tecnologia é uma ferramenta de extrema importância para
os bibliotecários, já que permite o uso da internet como forma de selecionar,
organizar, disseminar a informação, colaborando na criação e compartilhamento
do conhecimento, através de plataformas digitais. O uso da tecnologia traz
reais benefícios não só para o desenvolvimento do trabalho do bibliotecário,
mas também para a comunidade que se apropria da informação e dela faz uso.
A
nova visão da biblioteca não é um local ou uma coleção de livros, mas uma
plataforma para que a comunidade crie e compartilhe conhecimento. Isso é mais
do que uma mudança teórica. Traz reais implicações de como as bibliotecas se
organizam e como usam a tecnologia (LANKES, 2012, Cap. 6).
O bibliotecário que acredita em seu poder transformador na
sociedade, insere-se em sua comunidade, participa com ela e a conhece de perto,
dando oportunidade aos seus membros de receber, fazer uso, criar e compartilhar
conhecimento.
Você
bibliotecário, não deve esperar que todos vão à biblioteca, vá até eles, esteja
onde eles estão (LANKES, 2012, Cap.6).
A
leitura da obra de Lankes nos traz uma reflexão da importância da profissão que
escolhemos e que cada membro de uma comunidade, traz em si mesmo, sede de
conhecimento e anseia pela transformação que só é possível a partir do
conhecimento. O fazer biblioteconômico está além dos acervos, com as inovações
tecnológicas o bibliotecário ganhou tempo para se dedicar a sua comunidade e
conhece-la, dando a cada membro a autonomia e a emancipação que só o
conhecimento pode nos dar. Os bibliotecários precisam de fato se apropriar-se
desta oportunidade que a profissão nos dá, e diligenciarem para a comunidade a
que servem.
Você
pode acessar ao livro traduzido na íntegra no seguinte endereço: https://davidlankes.org/new-librarianship/expect-more-demanding-better-libraries-for-todays-complex-world/1-the-arab-spring-expect-the-exceptional/.
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