Você já pensou em fazer um mestrado, mas talvez um MBA seja mais vantajoso. Você tem alguns talentos que precisam ser mais desenvolvidos. Uma viagem ao exterior pode alavancar sua carreira. Como tomar decisões e executar planejamentos como estes? Como potencializar a concretização de suas metas?
Essas e outras perguntas
podem ser decisivas para uma melhoria da experiência profissional em busca de
novas oportunidades e podem ser respondidas em um processo de coaching. A professora Adriana Maria de
Souza defendeu esta semana seu mestrado na área de coaching, apresentando sua dissertação: "O coaching na atuação do Profissional da
Informação", onde aplica o conceito em uma abordagem inédita no Brasil. A
MC foi conhecer um pouco desta pesquisa da professora Adriana, leia a seguir:
A escolha de um tema
para pesquisa pode surgir de uma experiência profissional que aponte
possibilidades de investigação. A professora Adriana passou por este processo
na definição do tema de coaching para
seu mestrado: “A escolha pelo tema surgiu no ambiente de trabalho no qual atuei
durante parte da minha trajetória profissional. Realizei um curso de formação
para coaches ofertado pela empresa
que me possibilitou a realização do coaching
para dois funcionários em outros países vinculados à mesma instituição, mas não
relacionados às áreas de Biblioteconomia e Ciência da Informação, sendo
gestores de projetos em áreas distintas e, ao participar do processo,
deparei-me com a possibilidade de estender o aprendizado e desenvolvimento à
minha área de formação e atuação profissional, iniciando a caminhada
acadêmico-científica, no qual me propiciou grande satisfação e descobertas
incríveis.”
Muito conhecido entre
altos executivos de empresas de grande porte, o coaching é uma poderosa
ferramenta de desenvolvimento pessoal e
profissional. A professora Adriana percebeu que este instrumento poderia ser
aplicado também às carreiras do profissional de informação, em um recorte
inédito: “O objeto de estudo da dissertação de mestrado é o coaching na perspectiva de aproximação
desta metodologia à atuação do Profissional da Informação, como um método
eficaz de planejamento e aperfeiçoamento pessoal e profissional que este
profissional pode trilhar em suas práticas de trabalho. No Brasil, o tema é
ainda incipiente, pouco explorado nos ambientes e serviços de informação, mas
amplamente difundido no contexto corporativo, na gestão e liderança dentro das
organizações e, até mesmo, no cotidiano da vida das pessoas. Para a viabilidade
da pesquisa foi necessário o levantamento bibliográfico em outros países,
especificamente nos Estados Unidos, onde foi possível encontrar fontes de
informação pertinentes e fidedignas sobre o tema, colaborando assim para a
devida continuidade da pesquisa. O maior desafio foi integrar o coaching à atuação do profissional da
informação em três grandes áreas: carreira, liderança e serviço de referência e
informação. Entretanto, a partir da revisão de literatura realizada foi
possível descobrir profissionais da área de Biblioteconomia e Ciência da
Informação que atuam e utilizam o coaching
em suas atividades de trabalho.”
![]() |
Dissertação aprovadíssima! |
![]() |
Professores Waldomiro, Modesto e Dutra com a Professora Adriana |
E se a tensão é
inevitável na hora da defesa, a satisfação de finalizar um grande projeto de
vida, como um mestrado, é inestimável. Uma banca com ícones da área,
representados pelos professores Waldomiro Vergueiro e Fernando Modesto da ECA-USP,
e o professor da FEA-USP, Joel Souza Dutra, deixou a conquista da professora
Adriana mais gratificante ainda: “A defesa foi tranquila e bastante
significativa pra mim, esperava muitos questionamentos, já que tenho a
autocrítica bem aguçada. Os apontamentos feitos pela banca foram uma grande
surpresa pra mim: todos de encorajamento para a continuidade da pesquisa,
produção de artigos científicos e publicação de um livro. As questões
levantadas foram pertinentes e apropriadas dentro do teor da pesquisa, sem
dificuldades de compreensão, embora eu estivesse um pouco tensa pela ocasião,
já que não é todo dia que se defende uma dissertação de mestrado, não é mesmo?
Ainda mais quando o assunto não é conhecido em seu campo de trabalho e
formação, mas sobrevivi e passaria por tudo novamente, é um momento muito
especial e único na vida de qualquer pessoa que tenha interesse em trilhar o
caminho acadêmico.”
Algumas dicas da professora
Adriana para quem deseja fazer um mestrado acadêmico:
- Construir um pré-projeto interessante relacionado às linhas de pesquisa da ECA-USP: http://www.pos.eca.usp.br/index.php?q=en/node/242
- O interessado pode se
inscrever como aluno especial ou regular para ingresso em 2014. É necessário
buscar informações no website da Universidade de São Paulo para detalhes: http://www.pos.eca.usp.br/sites/default/files/Media/edital_alunos_especiais_2013_1_ppgci.pdf
- Ter conhecimento comprovado em uma segunda língua.
- Ter interesse pela carreira acadêmica.
- Ter disponibilidade para
estudar, pesquisar e escrever, além de dedicação constante e disciplina.
No dia 16 de outubro, às 14h, a professora
Adriana Souza vai ministrar um mini-curso sobre coaching durante o Seminário de
Pesquisa da FESPSP, com inscrições gratuitas aqui.
Para quem se interessar
pela área, a FESPSP oferece, em parceria com a Sociedade Latino Americana de
Coaching (SLAC), um MBA
em coaching.
Saiba mais:
Parabéns professora. Ja te falei e repito você é um exemplo, pessoa que conquista de degrau em degrau o objetivo almejado. Te aguardo para parabenizar também no doutorado. Bjs Marina
ResponderExcluirParabéns Professora Adriana e Monitoria Científica.
ResponderExcluirÓtima entrevista.
ResponderExcluirMas é um grande desafio implantar os conceitos de Coaching por aqui. É preciso romper com a barreira do individualismo que ainda está presente na área. Também é preciso tornar esse processo nacional, fazendo com que a expertise existentes no grandes centros (ainda grande nas capitais, notadamente no Sul e Sudeste), e fazendo com que os processos de coaching utilizem das tecnologias da informação para que o profissional dos grotões, distante das capitais, tenham essa possibilidade de desenvolvimento profissional.
Que o tema cresça e procrie por toda a área.
Abraços!
William Okubo
Obrigada Marina, Kelly e William por seus comentários, e que essa pesquisa dê muitos bons frutos mesmo! Continuem participando do nosso blog!
ResponderExcluir