E vamos de Filme da Semana com uma super resenha trazida pelo querido Renato Reis (4º Semestre/Noturno) com a
história de um grande artista que marcou época e uma geração.
Fiquem com Bingo: o rei das manhãs.
Bingo: o rei das manhãs (2017)
Fiquem com Bingo: o rei das manhãs.
Bingo: o rei das manhãs (2017)
Por Renato Reis
Bingo: o rei das manhãs (2017) é
nosso novo queridinho para as apostas do Oscar 2018, concorrendo ao carinha
dourado de Melhor Filme Estrangeiro. E não é por menos!
Dirigido por Daniel Rezende e
estrelado por Vladimir Brichta, que interpreta o Augusto Mendes e o palhaço
Bingo, o filme brinca com a realidade, fazendo analogias e acrescentando alguns
“a mais” para enchê-lo de diversos clímax e passagens engraçadíssimas e
dramáticas.
Ele conta a história do palhaço Bozo e do artista que o
representava, Arlindo Barreto, que despertou grande audiência na televisão
brasileira nos anos 80 e começo dos 90. Há, claro, exageros cinematográficos
nesses idos do roteiro, escrito por Luis Bolognesi.
Li uma matéria bacana que
explica cada detalhe da história verdadeira, o que foi verdade e seu grau de
veracidade, a qual pode ser acessada pelos mais curiosos/interessados no
seguinte link: http://veja.abril.com.br/blog/e-tudo-historia/bingo-x-bozo-o-que-e-real-e-o-que-e-palhacada-no-filme/
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Bingo: o rei das manhãs (2017)
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Enfim, Augusto Mendes na história, amante
pelo trabalho em televisão, tenta ao máximo conquistar alguma vaga em diversas
emissoras. Até que, então, descobre a vinda do famoso programa americano do
palhaço Bingo para uma famosa emissora. Resolve muito de última hora fazer o
teste para o programa, sempre com seu filho, Gabriel (Cauã Mendes), em mente ou
fazendo-lhe companhia e valorizando-o ao máximo até o fim (mesmo que não o
tempo todo).
É nesse teste que ele vê sua chance de alcançar seu objetivo,
tirando a maior onda com a cara do diretor do programa, que é, claro, da terra
do tio Sam, e arrancando gargalhadas de todo o estúdio... Acredito que foi a
cena em que mais ri.
Daí em diante, o filme decola e é
só risada. Também é possível vermos como uma TV funciona(va) por trás das
câmeras, como o ator inovou tanto para as proporções daquela época (e como foi
inteligente e pró-ativo com relação à sua situação) e observar valores grandes
na vida de alguém, como a relação com a família.
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Vladimir Brichta e Leandra Leal
atuando maravilhosamente bem juntos
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Legal ver o avanço do personagem
Bingo/Augusto Mendes. Como ele busca insanamente seu sucesso profissional, o
que ama, suas fanfarras exageradas, a sexualidade, o amor pleno pela família, o
amor próprio etc. Até suas transformações para um homem angelical ou para uma
monstruosidade descontrolada, sem limites.
O que achei genial: o próprio
cinema brasileiro inovando com novas ideias jamais vistas antes (mesmo que
seguindo o ‘padrãozão’ hollywoodiano); e a transformação do ser humano como colocada
no roteiro.
O que achei meio ruim: talvez o
próprio teor de muito Hollywood e menos brasilidade nessa obra, às vezes essa
qualidade faz perder um pouco da característica cinematográfica ou até da
cultura nacional em si (SEI LÁ).
A trilha sonora está ÉPICA (literalmente)!
Evidente que acompanha muito bem a trama do filme, mas o destaque está em
músicas br. marcantes dos anos 80, do começo ao fim [do filme], só de lembrar
já dá aquele arrepio... Isso sem contar a representação da Gretchen por
Emanuelle Araújo, que está excepcional! Super encaixa sua participação no todo
e ainda arranca boas risadas no cinema, simplesmente adorável.
Bom, eu com certeza vou juntar
todas as forças para torcer pelo filme lá no Oscar. Achei 100% merecido, tá
realmente MUITO bom! Só assistam, pessoal!! Quando tiverem um tempinho pra
pisarem no cinema, claro, mas não pensem duas vezes.
TÁ DISPONÍVEL ONDE!?!? Cinema
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