A Renata Correa, estudante do 6º semestre de Biblio sabe da responsabilidade do profissional da informação diante das Fake News, principalmente em âmbito político. Por isso ela nos enviou um texto reflexivo essencial em textos como o nosso.
Fake news, política e profissionais da informação.
A informação, quando bem trabalhada e disseminada tem como principal objetivo promover o progresso social, político, educacional e cultural de uma nação.
A informação é democrática e deve acessível a todos.
No entanto, quando receptores e emissores não se comprometem com a ética e com a verdade, a informação se converte em desserviço, quando quem a promove e dissemina passa a usa-la
como ferramenta de manipulação e fator agravante em situações como as que estamos vivemos atualmente.
E, tão grave quanto propagar inverdades é a atitude de quem as assimila sem critério de avaliação quanto ao que toma para si como verdade.
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Fonte: CRB-6 - Dicas do Senado Federal para não cair em boatos da internet. |
Por outro lado, tão grave quanto a disseminação de informações falsas é a retenção da veracidade dos fatos com o propósito de, também, manipular ou tomar para si fatos que seriam construtivos coletivamente e que colaborariam para o bem comum.
O Brasil passa por momentos conturbados, onde constatamos o que nós, estudantes de biblioteconomia, bibliotecários e profissionais da informação, consideramos com o maior recurso social e democrático e uma sociedade, a informação, ser disseminada de forma inescrupulosa e como artifício de manobras políticas, comprometendo seriamente nossa estrutura social, promovendo equívocos e debates inflamados em páginas e perfis de rede sociais em torno das "fake news".
Nossa formação nos habilita como mediadores entre os dois polos pelos quais a informação transita, emissor e receptor e nos qualifica para que saibamos avaliar tanto a qualidade como as fontes de informação, base para construção do conhecimento, nunca devemos nos distanciar do juramento de nossa profissão:
"Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana".
Se, como profissionais da informação, e como usuários, estamos presentes em meios de comunicação e informação, testemunhando diariamente a publicação e compartilhamento de conteúdos e notícias acerca do momento atual, nunca devemos nos abster de nosso comprometimento, cientes que, a construção de um argumento deve ser erguido com bases que possam ser comprovadas veridicamente e acima de tudo, somente o diálogo promove o entendimento.
Devemos sempre informar e estimular o pensamento crítico, que leva ao questionamento e a busca por respostas, a leitura, o estudo, a pesquisa. Todos elementos que ajudam na construção da dignidade humana.
Para saber mais sobre como a biblioteca pode combater essa onda de notícias falsas, o CRB-8 publicou também uma matéria: Soluções reais para as fake news: como as bibliotecas podem ajudar.
A opinião dos colunistas e dos relatos publicados não representam necessariamente a posição da FaBCI da FESPSP, ou de sua Monitoria Científica. A responsabilidade total é do(a) autor(a)do texto.
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