A
cultura digital já atingiu 5 bibliotecas acadêmicas e uma biblioteca pública
nos Estados Unidos: nenhuma delas guarda acervo de livros físicos. Suas
espaçosas áreas, antes tomadas por estantes e mais estantes, foram convertidas
em multi-ambientes para leitura, grupos de estudo e uso dos portáteis
disponíveis, que vão de laptops a variadas versões de iPad e Kindles.
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Elyssa Kroski |
Das 6
mencionadas, 4 estão em faculdades de engenharia. Um conceito em comum entre elas:
todas prezam a aprendizagem colaborativa, e uma delas adota este perfil
até no nome: Biblioteca Terraço da Aprendizagem. De encher os olhos!
Abre parênteses:
Enquanto isso, nossas bibliotecas públicas continuam sofrendo o descaso da sociedade, das autoridades, e de quem mais deveria protegê-las: os seus próprios bibliotecários. Um quadro muito triste por si só, mas o profissional bibliotecário tem aprendido a virar esta página, pelo menos ao lidar com críticas de pessoas esclarecidas que teimam em reforçar os estereótipos de 30 anos atrás: neste artigo publicado em blog de renomada editora, a autora mira o leitor e acerta a biblioteca pública "sem querer querendo". Mas o sempre incansável William Okubo se posiciona brilhantemente para abafar uma, digamos, grande "indelicadeza", da escritora, que faz valer a pena cada vírgula de sua resposta e dá pano para manga para outras discussões.
Fecha parênteses.
Mas, voltando a um determinado recorte da realidade ianque, vamos conhecer na reportagem abaixo aquelas bibliotecas sem livros físicos, as chamadas bookless libraries, com Elyssa Kroski, autora do livro Web 2.0 para Bibliotecas e Profissionais da informação e Diretora de Tecnologia da Informação do Instituto de Direito de Nova Iorque. Elyssa é bibliotecária pós-graduada pela Universidade de Long Island em 2004, depois de ter concluído bacharelado em Artes aplicadas à Antropologia.
Abre parênteses:
Enquanto isso, nossas bibliotecas públicas continuam sofrendo o descaso da sociedade, das autoridades, e de quem mais deveria protegê-las: os seus próprios bibliotecários. Um quadro muito triste por si só, mas o profissional bibliotecário tem aprendido a virar esta página, pelo menos ao lidar com críticas de pessoas esclarecidas que teimam em reforçar os estereótipos de 30 anos atrás: neste artigo publicado em blog de renomada editora, a autora mira o leitor e acerta a biblioteca pública "sem querer querendo". Mas o sempre incansável William Okubo se posiciona brilhantemente para abafar uma, digamos, grande "indelicadeza", da escritora, que faz valer a pena cada vírgula de sua resposta e dá pano para manga para outras discussões.
Fecha parênteses.
Mas, voltando a um determinado recorte da realidade ianque, vamos conhecer na reportagem abaixo aquelas bibliotecas sem livros físicos, as chamadas bookless libraries, com Elyssa Kroski, autora do livro Web 2.0 para Bibliotecas e Profissionais da informação e Diretora de Tecnologia da Informação do Instituto de Direito de Nova Iorque. Elyssa é bibliotecária pós-graduada pela Universidade de Long Island em 2004, depois de ter concluído bacharelado em Artes aplicadas à Antropologia.
Enquanto as preocupações sobre o espaço e o
orçamento continuam a aumentar, muitas bibliotecas têm optado por deixar de
investir nos seus acervos físicos em favor de uma oferta de recursos
eletrônicos. Esta nova tendência em direção às bibliotecas digitais tem se
desenvolvido nos útlimos anos, apesar da controvérsia sobre eliminar os
materiais impressos. Muitas pessoas têm se posicionado contra as bibliotecas
sem livros físicos, especialmente no caso das bibliotecas públicas, sustentando
que o digital manterá muitos fora desses recursos das bibliotecas e tanto que
muitos editores não lhes venderão suas publicações em formato de e-book.
Qual
é a opinião de vocês sobre as bibliotecas sem livros físicos nos setores
públicos e acadêmicos?
Vejam 6 bibliotecas sem livros físicos para
começarmos a discussão:
A
mais badalada: BiblioTech
San Antonio, Texas
San Antonio, Texas
No outono (americano) deste ano, San Antonio
lançará a primeira biblioteca pública sem livros físicos dos Estados Unidos: a
BiblioTech. Este espaço de 1.496,7 m2
será dedicado a todos os serviços digitais. O seu layout é fortemente
influenciado pelas lojas da Apple e disponibilizará 100 e-readers para empréstimo, 50 e-readers
para crianças, 50 computadores, 25 laptops
e 25 tablets em seu espaço. A
biblioteca do condado de Bexar é fruto de um projeto de U$1,5 milhões que vai
oferecer mais de 10 mil títulos de e-books
para seus usuários assim que começar a funcionar.
Biblioteca
de Engenharia e Tecnologia Aplicadas
Universidade
do Texas, San Antonio
A Biblioteca de
Engenharia e Tecnologia Aplicadas daUniversidade do Texas, em San Antonio, é
uma das primeiras bibliotecas completamente sem livros físicos dos Estados
Unidos. Esta biblioteca acadêmica abriu em 2010 e continua a se desenvolver,
servindo uma média de 1.900 visitantes por semana durante os períodos de cursos
regulares. A biblioteca assina aproximadamente 50 mil periódicos científicos eletrônicos e 470 bases de dados e oferece mais de um milhão de títulos de e-books para seus alunos e funcionários.
Biblioteca
de Engenharia Fiedler
Universidade
do Estado do Kansas
A Biblioteca de
Engenharia Fiedler, na Universidade do Estado do Kansas, é o estado-da-arte das
bibliotecas eletrônicas, que já era totalmente sem acervo físico em outubro de
2000. A biblioteca abriu com apenas poucos títulos de referência de periódicos científicos que estavam disponíveis em versão imprensa e continua a investir no
apoio a seus alunos, funcionários, bem como os usuários da universidade em
geral e da comunidade.
Biblioteca
de Engenharia Frederick Emmons Terman
Universidade
de Stanford
A
biblioteca da Universidade de Stanford removeu 85% de seus livros quando se
mudou do Centro de Engenharia Termam para o novo Centro de Engenharia Jen-Hsun
Huang. Ao invés dos 80 mil volumes impressos do antigo acervo, ela oferece
agora 10.500 livros impressos, mais 55 mil e-books
das maiores editoras de ciência e tecnologia, 100 periódicos impressos em
versão online e 12 mil assinaturas dos periódicos científicos eletrônicos. Ela
também oferece aos seus alunos e funcionários e-readers circulantes: 6 Kindles
2, 2 Kindles DX, 2 Kindle 3, 4 Kindles Touch, o Nook, da
Barnes & Nobles e 5 e-readers Sony Teach. E tem um “gadget
bar” com iPad 3, HTC Flyer, KindleFire, Samsung Galaxy Tab 10.1 para uso interno
na biblioteca.
Biblioteca
de Engenharia
Universidade
de Cornell
Em
junho de 2010, a Biblioteca de Engenharia da Universidade de Cornell anunciou
que se tornaria uma biblioteca sem livros físicos para incrementar os recursos
online, incluindo e-books, periódicos científicos, papers técnicos e
material de referência, bem como oferecer mais espaço para as pessoas se
sentarem para ler, áreas para estudo em grupo e espaços para aprendizagem
colaborativa. Em junho de 2011 a biblioteca tinha se transformado em uma
unidade completamente sem livros físicos, com acesso para sua comunidade 24
horas por dia, 7 dias por semana.
Biblioteca
Terraço da Aprendizagem
Universidade
de Drexel
A
Universidade de Drexel abriu a Biblioteca Terraço da Aprendizagem, uma
biblioteca completamente sem livros físicos, em junho de 2011. A biblioteca
contém apenas fileiras de computadores com acesso a mais de 170 milhões de
itens eletrônicos. A biblioteca de 900 m2 oferece espaços para
colaboração em grupos e uma programa pessoal de serviços bibliotecários.
Tradução livre de:
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