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Aunos participam e se divertem com a contadora Marili Alexandre |
Preparar um TCC não é só trabalho duro o tempo todo. Também há momentos de diversão e muitas gargalhadas, como na aula de Projetos Culturais na última sexta feira. Com duas palestras sobre contação de histórias, promovidas pela aluna Érika Ike, do 5º semestre noturno, em parceria com a professora Tânia Callegaro, o quinto andar balançou com tantas risadas.
Que o diga os alunos das outras salas, que passavam curiosos pela sala 52 para descobrirem o motivo de tanta algazarra. Os motivos tão hilários eram três: Marili Alexandre, contadora de histórias; Sabrina, sua auxiliar, e Claudio Giovani, da Associação Viva e Deixe Viver , que faz contação de histórias em hospitais.
"Vocês sabem quantas pessoas cabem em
uma biblioteca com 8 metros de pé direito? Não? Saibam que isso é impossível de
se medir porque em uma biblioteca cabem inúmeros mundos, histórias e
personagens!"
Foi assim que Marili começou sua contação
para os alunos do 5º e 7º semestres noturno.
Érica Ike, aluna do 5º semestre, foi quem
teve a ideia:
"Quando eu estudava na E. E. Antonio
Raposo Tavares (popularmente conhecida como CENEART), em Osasco, conheci a
Marili, que tinha parcerias com alguns professores, principalmente com os que
ministravam as matérias de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, ela participava
de semanas culturais na escola e ensaiava alguns alunos para peças de teatro
como estratégia para atraí-los para a Biblioteca Pública Monteiro Lobato da
cidade, onde ela trabalha", conta Érica.
"A
Marili enfantiza muito que as ações de uma biblioteca para serem realizadas,
não devem apenas esperar por uma verba das instituições, pois há outros meios
para que essas ações ocorram e Marili trabalha com a ideia de parcerias", continua. "Antes
do setor de Extensão Cultural ser alocado próximo ao setor infanto-juvenil da
biblioteca, era localizado a frente do balcão do setor de referência e,
portanto, conhecia muito bem os usuários da biblioteca, sabia quais eram
músicos, desenhistas, os que tinham familiariadade com a linguagem teatral e/ou
audiovisual e entre outros, no entanto, Marili os convidava para serem seus
parceiros e para participar de seus projetos. Ela costuma dizer que o seu papel
é o de dar destaque e oportunidades aos artistas da região. Inclusive, foi
desta maneira que o contato com a Sabrina da Paixão, hoje sua parceira nos
projetos, se iniciou."
"Hoje, estudando no último ano do curso de
biblioteconomia, e pensando nas horas de atividades complementares que ainda
faltam para eu cumprir, lembrei da Marili e entrei em contato com ela a partir
da vontade de realizar um trabalho voluntário na biblioteca em que ela atua; em
meio a nossa conversa de 3 horas, foi ela quem se prontificou a vir até a FESP
para dar um relato para as nossas turmas sobre a sua experiência com a contação
de histórias e as visitas monitoradas realizadas na biblioteca. Após a proposta
da Marili e da Sabrina, conversei com a professora Tânia Callegaro da
disciplina Projetos Culturais, sobre a experiência das duas; em menos de uma
semana depois, a Tânia, pediu para que eu entrasse em contato com a Marili para
agendarmos a vinda dela à faculdade. A ideia da Tânia foi a de reunir dois
profissionais que trabalham com contação de histórias, a Marili com a sua
experiência em biblioteca pública e o Claudio Giovani Callegaro que participa
da Associação Viva e Deixe Viver que faz contação de histórias em hospitais.
Como temos alunos que vão fazer TCC sobre contação de histórias, livros
ilustrados e incentivo à leitura, achamos pertinente a proposta", explica a aluna.
Resultado
"No início, estava receosa: o que os
alunos vão achar? Mas tive a sensação de que a sala reagiu bem. Muita gente tem
uma visão mistificada sobre contação de histórias: acham que é só pegar o livro
e pronto. E a Marili nem livro usa, primeiramente, ela estuda a história,
adapta a história ao público com quem ele irá trabalhar e quando possível, adiciona
um caminhão de outras histórias no meio. Todos se surpreendem."
"Quero
agradecer à professora Tânia pela liberdade que ela nos proporciona de
sugerirmos temas para serem debatidos e pelo espaço oferecido em sua aula", finaliza Érica.
Tanúsia dos Santos do Nascimento, do 7º semestre noturno, aprovou a iniciativa:
"A aula de contação foi ótima. Na primeira parte da aula ela contou a história da Biblioteca Monteiro Lobato e de seu trabalho, e depois contou "A violeta orgulhosa "de autoria de Monteiro Lobato e chamou alguns alunos para participarem. Na segunda parte da aula foi a apresentação do irmão da professora Tânia, que trabalha na Associação Viva e Deixe Viver. Eles são um grupo que contam histórias para crianças em hospitais. O trabalho da ONG é muito bonito. Foi muito boa a aula!", comemora Tanúsia.
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