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Wellington |
Wellington Ferreira Rodrigues é o administrador do blog Biblioteconomia Vagas de SP, site de oferta de vagas para Biblioteconomia e Ciência da Informação específico para São Paulo e com presença crescente na web. Em entrevista gentilmente cedida à Monitoria Científica, o ex-aluno da FESPSP conta como tem desenvolvido seu trabalho: muito estudo, muitas leituras, uma pós em Gestão Web, e domínio de ferramentas de SEO para maior visualização de seu site. Confira:
MC: Conte um
pouco como você começou a se interessar por tecnologia.
WELLINGTON: Comecei
a estudar tecnologia em meados de 2007, no início da faculdade, quando
iniciavam as falas sobre Arquitetura da Informação e Web 2.0. Lembro quando o
Guilhermo Reis fez uma palestra para algumas turmas na FaBCI/FESPSP, falando a
respeito de A.I. Todo este contexto me aguçou o interesse em estudar a respeito
da aplicação de tecnologia para melhorar os serviços das bibliotecas. Nunca fui
nerd ou algo do tipo, até hoje não sei programar. O interesse partiu mesmo por
conta da possibilidade de se utilizar a tecnologia nos serviços de informação.
MC: Você fazia os boletins da Monitoria no ano 1 em html (Wellington foi o primeiro Monitor Científico da FaBCI). O quanto você se desenvolveu na linguagem para administrar o seu blog Biblioteconomia Vagas de SP? Você usa CSS também? Como foi esse processo do começo da Monitoria até hoje, em termos do seu desenvolvimento tecnológico?
WELLINGTON: Os
primeiros boletins da Monitoria eram muito simples, e bota simples nisso
(rsrsrs). Quando eu li o primeiro Boletim feito pela gestão da Roberta, eu até
fiquei com vergonha dos Boletins feitos na primeira gestão (rsrsrs). Mas
brincadeiras a parte, no primeiro ano minha preocupação era com o conteúdo
divulgado e também fazer com que a Monitoria marcasse presença perante a
comunidade FaBCI/FESPSP. Além disso, eu não possuía conhecimentos técnicos
avançados para desenvolver um Boletim mais “agradável” visualmente. Enfim, o
importante é que a Monitoria conseguiu se fazer presente para a comunidade.
Neste meio tempo, meu conhecimento tecnológico avançou um pouco. O uso do
Wordpress.com, me fez buscar muitas informações a respeito desta ferramenta,
não me desenvolvi em CSS, aprendi um pouco mais de HTML, isso pelo fato do
Wordpress ser uma ferramenta de CMS pronta e de fácil administração. No
trabalho com o Blog “Biblioteconomia Vagas de SP”, minha preocupação é com o
conteúdo apresentado (veracidade, clareza e alcance ao maior número de pessoas)
e aplicação de algumas técnicas básicas de S.E.O. (Search Engine Optimization)
para que o blog esteja bem ranqueado nos resultados do Google.
MC: O seu twitter tem agregador de redes sociais, o Meadiciona. Quais ferramentas você tem usado para mensurar seus resultados nas redes sociais?
WELLINGTON: Tenho
utilizado as próprias ferramentas de estatísticas apresentadas pelo
Wordpress.com (no caso do Blog) e a ferramenta de estatística disponível pelo
Facebook para as fã-pages. Estas ferramentas demonstram todo o panorama de
visualização e compartilhamento das postagens com outras pessoas e sites. Além
disso, provam que as técnicas de SEO que utilizo nas postagens geram
visualização do blog nos mecanismos de pesquisa. Atualmente, o blog tem
alcançado mais de 400 visualizações diárias (mesmo que no dia não tenha sido
postado conteúdo novo) e a página do Facebook conseguiu mais de 500 likes
(curtidas).
MC: Você usa banco de dados no seu trabalho? Como se desenvolver para ser, pelo menos, um heavy user, em banco de dados?
WELLINGTON: Atualmente,
eu trabalho com o software ABCD (Automação de Bibliotecas e Centros de
Informação) e um banco de dados com informações curriculares e profissionais
desenvolvido pela área de TI do escritório (seria um banco de especialistas,
Who is Who ou Quem é Quem). Não me considero um heavy user, mas procuro estar
por dentro das novidades da área de TI. Para quem quer iniciar nesta área,
creio que é importante participar de grupos de discussão e estar atento às
notícias divulgadas a respeito de um ou mais banco de dados. A participação em
grupos de discussão é muito válida, pois são discutidos diversos problemas a
respeito da base de dados, e se a comunidade possuir membros atuantes com
certeza o aprendizado é garantido. Além disso, conta muito a dedicação e a
vontade de aprender demonstrada pelo interessado em se desenvolver naquela
tecnologia.
MC: Quais são as
suas leituras preferidas em tecnologia? Sites, colunistas, livros, etc?
Leio com muita
frequência, a Revista Info,
o caderno Link do
Estadão, os textos
do Webinsider, Blog
de A.I., Usabilidoido,
já li muito o site do Guilhermo
Reis. Destaco um curso de SEO de uma empresa chamada Conversion, o curso
é grátis e possui um Fórum para comentários. Livros: Linked, Wikinomics, A Cauda longa, Arquivologia 2.0, além de livros do Pierre Lévy. Enfim, existem
ótimos títulos tratando de tecnologia. Colunistas, autores e pessoas: Carlos Nepomuceno, apresenta
ótimas e profundas discussões a respeito da web, Charlley
Luz, bibliotecários que trabalham com tecnologia: Tiago Murakami, Moreno
Barros (ambos do Bibliotecários
Sem Fronteiras), Regina Fazioli, Alexandre Berbe, Fabiana Andrade
Pereira (estuda sobre mídias sociais), Laura Pimentel
(trabalha com Arquitetura da informação e conhece muito do tema), Profa. Renate
Landshoff. Outra fonte que gostaria de destacar são meus colegas de sala da
pós em Gestão Web que estou cursando no Senac, o perfil da maioria é de
programadores e web designers, e na maioria das aulas a discussão é muito rica
e obtenho muitas informações com eles.
MC: O quanto de tecnologia está definitivamente incluída no seu dia-a-dia?
Quais são os hábitos tecnológicos que você adquiriu nos últimos anos e
considera irreversíveis?
WELLINGTON: Eu
ouço muita música e rádio na internet, conheci excelentes artistas
independentes
através da rede. Meus estudos e atualizações profissionais
dependem muito do que leio e assisto, sites, blogs, fã-pages do Facebook,
podcasts, etc. Considero a internet um item obrigatório em casa, uma comparação
quase igual a impossibilidade de se viver sem água.
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Wellington com sua família e a pequena Tati |
MC: O profissional de informação tem cada vez mais razão para existir, e paramentado com muito conhecimento tecnológico. Qual é o perfil mínimo exigido para poder administrar o cenário atual de explosão de informação?
WELLINGTON: Nos
dias de hoje, é imprescindível ao Bibliotecário saber quais as necessidades do
seu ambiente de trabalho que um software pode atender e saber expor estas
necessidades aos consultores ou vendedores de softwares. Já vi e ouvi muitos
casos em que o software não atendeu as expectativas desejadas e muitas vezes o
software é considerado ruim, sendo que o problema estava na avaliação feita do
software para atender aquela realidade. Acredito que não é necessário o
Bibliotecário possuir conhecimentos avançados em programação, aprender diversas
linguagens, etc. O mais importante é possuir uma visão ampla no que diz
respeito ao uso de tecnologias. Conhecer as ferramentas e plataformas
existentes e procurar estar aberto a sugestões e novas possibilidades de uso
das tecnologias para oferecer novos e antigos serviços e produtos antes
disponíveis apenas de maneira remota ou física.
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