Conheça (e use) o InfoBCI, blog de Biblioteconomia e Ciência da Informação (BCI) com acervo de periódicos , gerenciado por profissionais e alunos de várias instituições com o objetivo de disseminar ideias inspiradoras para a pesquisa informacional. A MC conversou com a Laura Inafuko e sua equipe para conhecer como o blog foi desenvolvido:
MC: Como começou o InfoBCI?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: A ideia surgiu a partir de uma conversa entre o Pedro e a Laura
nos corredores do X EREBD - Sul, em 2008, sobre a criação de um ambiente em que
pudessem divulgar de forma fácil e centralizada as publicações recentes dos
periódicos nacionais relacionados à Ciência da Informação. Dessa conversa,
começaram a trocar e-mails e se juntaram com o Renan.
O blog foi ao ar
no começo de 2009, e logo apresentado no XI EREBD – Sul e no XXII CBBD. No
mesmo ano, o Eduardo e o João entraram para o grupo e, em 2013, ampliamos a
equipe com a entrada do Fabrício, da Emanuelle e do Anderson.
MC: Por quê a escolha do WordPress?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: Antes de escolhermos uma plataforma de blog, realizamos um
estudo comparativo entre três ferramentas gratuitas, a saber: Blogger,
Livejournal e Wordpress. Dentre as funcionalidades que considerávamos ideal
para o desenvolvimento do nosso projeto (monitoramento, organização, entre
outras) e das funcionalidades que cada plataforma oferecia, optamos pelo
Wordpress. Escolhemos trabalhar com um blog por ser uma ferramenta de fácil
utilização, pela possibilidade de participação dos usuários por meio de
comentários e pela gratuidade. Na época, a maioria de nós éramos estudantes de
graduação e não tínhamos recursos para manter uma hospedagem em servidor.
MC: Por quê não fazer direto uma biblioteca virtual?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: A construção de uma biblioteca virtual exige maior tempo e
dedicação de toda a equipe, além de uma infraestrutura tecnológica que em 2009
não tínhamos condições de implantar e de manter.
MC: Quais foram as dificuldades encontradas? E hoje,
qual é a maior dificuldade?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: As dificuldades encontradas foram em relação à escolha da
plataforma do blog que atendesse, simultaneamente, as necessidades da equipe e
dos usuários. Após o estudo comparativo, optamos pelo Wordpress, conforme
explicitado anteriormente. Atualmente, a maior dificuldade é acompanhar o surgimento
de novas publicações, pois a cada novo periódico revisamos a distribuição entre
a equipe. Além disso, também é um desafio verificarmos assuntos novos ou pouco
abordados, o que afeta diretamente o vocabulário controlado e,
consequentemente, a qualidade da indexação.
MC: Há na equipe um aluno de graduação, Anderson
Moreira. Ele é um estagiário? Ou apenas um colaborador? Como é a seleção de um
aluno que será escolhido como parte da equipe?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: Todas as atividades são divididas igualmente, independentemente
de titulação, uma vez que o InfoBCI teve início e se manteve, em sua maior
parte, durante a graduação. Além disso, participamos de reuniões via Skype,
realizadas segundo nossa disponibilidade, nas quais discutimos projetos e
estudos em andamento e a serem desenvolvidos.
O InfoBCI sempre
esteve – e continua – aberto ao ingresso de novos integrantes, sendo que
a entrada de um novo membro é discutida antes pela equipe levando-se em
consideração a carga de trabalho e as necessidades de parceiros dispostos a
desenvolver estudos que aprimorem o blog.
Temos hoje o
privilégio de contarmos com uma equipe que se formou e se formará em diferentes
instituições, o que fomenta as discussões para melhorias e pesquisas.
Ser um membro do
InfoBCI não é apenas ser um parceiro na indexação dos artigos, mas um
colaborador em pesquisas tanto sobre o próprio blog como sobre demais temas
relacionados a Ciência da Informação.
MC: Quem é o responsável pela indexação e
classificação dos conteúdos? Vocês seguem o procedimento que aprendemos em sala
de aula? (análise documentária> indexação> classificação)? É feito algum
resumo dos itens?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: Todos cooperamos com a indexação, sendo que cada membro é
responsável pela organização/manutenção de um grupo de periódicos.
A indexação dos
conteúdos segue, em geral, o procedimento que os estudantes de Biblioteconomia
aprendem em sala de aula. A análise documentária, ou documental, tal como
concebida por alguns estudiosos como Frederick Lancaster, Mariangela Fujita,
Vera Boccato, etc., em que se propõe a leitura das partes mais expressivas do
documento, a seleção de termos para a indexação e, posteriormente, a tradução
para os termos do vocabulário controlado. Contudo, na prática, utilizamos
sobretudo o resumo, além das palavras-chave e dos primeiros e dos últimos
parágrafos das seções dos artigos. A partir dessa leitura, selecionamos os
termos de nosso vocabulário controlado que melhor representam o tema abordado.
Embora essa prática
seja ligeiramente diferente, nosso vocabulário controlado é bastante genérico,
de tal modo que acreditamos oferecer aos usuários do blog uma alta revocação,
pois além de ser apropriado para o ambiente web, consideramos interessante para
quem deseja ter uma idéia sobre determinada frente de pesquisa na área de
Ciência da Informação.
MC: Como se chegou à decisão do grande tema
"Aplicações de informação" e "Biblioteca virtuais e
digitais"? Vocês identificaram uma demanda?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: O vocabulário controlado em uso foi baseado na estrutura
concebida pela pesquisadora em Ciência da Informação Lena Vania Ribeiro
Pinheiro em seu artigo “Ciência da informação: desdobramentos disciplinares,Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade”, que teve por objetivo, entre
outros, identificar as tendências de pesquisa em Ciência da Informação partindo
da análise do periódico Annual Review of Information Science and Technology
entre os anos de 1966 a 1997.
A estrutura
apresentada pela autora contempla os temas Aplicações de informação e
Bibliotecas virtuais e digitais. Optamos por manter esses temas também em
decorrência da percepção de que eles estão presentes em estudos internacionais.
Notamos também que os estudos interdisciplinares estão cada vez mais presentes
na Ciência da Informação e tentamos contemplar em nosso vocabulário essas
interfaces de pesquisa que a Ciência da Informação tem estabelecido com áreas
como a Ciência da Computação, a Análise do Discurso e a História, por exemplo.
No contexto da
Ciência da Informação, o avanço dos estudos interdisciplinares pode ser
percebido, até mesmo de maneira empírica, pela formação de nossa equipe que, em
sua maioria, tem realizado estudos de pós-graduação em áreas como a de Ciência,
Tecnologia e Sociedade, de Memória Social e Patrimônio Cultural e de
Linguística.
MC: Como são os indicadores de acesso ao blog? São
progressivos? Vocês os monitoram? Quais canais de comunicação vocês utilizam
para a divulgação?
LAURA INAFUKO E
EQUIPE InfoBCI: Monitoramos constantemente os acessos ao blog, inclusive
publicamos alguns de nossos indicadores em um resumo intitulado “Estudo de uso
no blog InfoBCI: análise a partir da abordagem tradicional dos estudos de
usuário”, no II Seminário Científico de Arquivologia e Biblioteconomia, em
2011.
O blog
atualmente esta sincronizado com o Twitter que faz, automaticamente, pequenas
chamadas para cada artigo indexado e, eventualmente, divulgamos o blog no
Facebook.
MC: Quais são os planos para o futuro?
LAURA INAFUKO E EQUIPE
InfoBCI: A ampliação de nossa equipe esse ano foi planejada com o propósito de
seguirmos em frente com alguns projetos, tais como:
- Criação de uma
página do Facebook que, sincronizada com o Wordpress, possibilite divulgar
ainda mais os trabalhos indexados no blog, expandindo a comunicação com o
público que já frequenta o blog ou assina as atualizações por e-mail e por RSS,
- Reelaborar o
Vocabulário Controlado, procurando compreender quais são os temas emergentes e
aqueles que vêm sendo categorizados como “Estudos interdisciplinares”,
ampliando a precisão na organização da informação.
- Migração do
blog para um servidor próprio, o que possibilitará uma melhor adequação da
arquitetura do blog e novas funcionalidades.
- novos
serviços, aumento da visibilidade web com o uso de técnicas de SEO, criação de
um periódico próprio, entre outras.
Eduardo Graziosi Silva: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar
Bibliotecário do Serviço de Biblioteca da Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (SVBIBL-EESC-USP).
Emanuelle Geórgia Amaral Ferreira: graduanda em Biblioteconomia pela UFMG.
Estagiária na Diretoria de Cooperação Institucional/Programa Sempre UFMG.
Fabrício Silva Assumpção: Bacharel em Biblioteconomia pela UNESP/Marília.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP.
João Paulo Borges da Silveira: Bacharel em Biblioteconomia pela FURG. Especialista em Gestão em Arquivos pela UFSM. Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela UFPel. Bibliotecário da Prefeitura Municipal do Rio Grande (RS).
Pedro Ivo Silveira Andretta: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCar
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar. Bibliotecário do Centro de Documentação e Informação Casa do Pinhal
Professor colaborador no Curso de Especialização “Discurso e Leitura de Imagem” da UFSCar – Campus São Carlos
Renan Carvalho Ramos: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar. Bibliotecário da UNESP – Campus de Rio Claro
Equipe Responsável
pelo InfoBCI:
Anderson
das Neves Moreira: graduando em Biblioteconomia e Ciência da Informação na UFSCar (7º
período). Auxiliar de Biblioteca e Promotor de Leitura formado pela Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil
Eduardo Graziosi Silva: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar
Emanuelle Geórgia Amaral Ferreira: graduanda em Biblioteconomia pela UFMG.
Estagiária na Diretoria de Cooperação Institucional/Programa Sempre UFMG.
Fabrício Silva Assumpção: Bacharel em Biblioteconomia pela UNESP/Marília.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP.
João Paulo Borges da Silveira: Bacharel em Biblioteconomia pela FURG. Especialista em Gestão em Arquivos pela UFSM. Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela UFPel. Bibliotecário da Prefeitura Municipal do Rio Grande (RS).
Laura Akie
Saito Inafuko: Bacharel em Biblioteconomia pela UNESP/Marília.
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP. Bibliotecária
da UNESP – Faculdade de Ciências e Letras – Campus de Assis.
Pedro Ivo Silveira Andretta: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCar
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar. Bibliotecário do Centro de Documentação e Informação Casa do Pinhal
Professor colaborador no Curso de Especialização “Discurso e Leitura de Imagem” da UFSCar – Campus São Carlos
Renan Carvalho Ramos: Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela UFSCar. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar. Bibliotecário da UNESP – Campus de Rio Claro
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