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Roberta Gravina |
Roberta
Gravina é multitalentosa e não pára um segundo. Perspicaz e antenada, vê
sempre à frente de seu tempo. Concilia seu
trabalho no gerenciamento da Biblioteca e Arquivo da SP Escola de Teatro com sua carreira como empreendedora na Metodológica, consultoria de projetos em gestão da informação.
Com
um curriculum sólido, Roberta começou com uma graduação em História, e logo
depois engatou uma pós em Arquivologia. Chegou ao curso de Biblioteconomia na
FESPSP com muita vontade e garra, escolhendo a dedo onde faria seus estágios: MASP,
Aliança Francesa, Instituto Cervantes. Foi contemplada com o PIBIC em 2010, que
deu origem ao seu muito elogiado TCC “Catalogação de objetos de Moda: a roupa
como instrumento de pesquisa” e em 2011 foi escolhida para assumir a Monitoria
Cientifica, onde, com a ajuda do monitor voluntário Filipe Gabriel do Prado
estruturou o blog e as redes sociais, além de cobrir os eventos internos, lançar
o embrião do repositório discente da FaBCI e apresentar o projeto no biblio.lab
da VI Semana de Biblioteconomia da ECA-USP.
Perfil empreendedor
“Desde
o primeiro ano da faculdade nós já tínhamos uma intenção de criar uma empresa,
eu e meu marido. Já tínhamos começado a fazer alguns trabalhos como uma forma
de consultoria, mas muito informal para algumas pessoas, como: revisão e
normalização de monografias. Fazia esse tipo de serviço tanto para uma pessoa
que pedia quanto para a Terracota Editora, que é de um amigo nosso. E assim,
começamos a nos profissionalizar”, explica Roberta. No andamento de tantas
atividades, foram aprendendo no fazer do dia-a-dia, sem recusar nenhum trabalho
em potencial. “Nós não pensamos exatamente em quais serviços nós iriamos
prestar. Começamos a perceber que as necessidades que as pessoas apresentavam
tinham a ver com a gestão da informação e aos poucos fomos juntando mais
serviços para criar a empresa”, diz.
Nasce a Metodológica
A
experiência acumulada de Roberta tomou a forma da Metodológica este ano, quando
ela deixou a confortável posição de Bibliotecária da FAAP para assumir a
empresa. Uma loucura? Sim, mas que graça tem a vida sem um pouquinho de
aventura? E o risco já está se convertendo nos primeiros sucessos: “Hoje somos
uma empresa constituída. Temos CNPJ, emitimos nota fiscal e temos parcerias com
outras empresas. Uma das nossas grandes parceiras é a Ufficio Cópia, a qual
patrocinou nossa participação no ECM Show 2013 e compartilha conosco grandes
projetos de digitalização, assim como própria Terracota Editora onde
somos membros de seu conselho editorial como revisores, normalizadores e
bibliotecária.”, revela Roberta.
Gestão da informação na prática
Para
uma visão das possibilidades de gestão da informação, a empresa de Roberta é um
case perfeito. A informação está, literalmente, em qualquer lugar, só esperando
ser organizada. “Os nossos serviços incluem catalogação de acervos pessoais,
catalogação de acervos corporativos, criação de uma classificação específica
para um determinado cliente, ficha catalográfica, revisão e normalização de
monografia ou de uma publicação para editoras, agilização no registro do ISBN
ou ISSN, construção de sites, gestão de redes sociais, diagnóstico de qualidade
informacional (implantação, análise e gestão)”, lista a bibliotecária.
Equipe com multi competências
E
como dar conta de uma oferta tão grande de serviços, e tão variados? Não, a
Liga da Justiça não trabalha na Metodológica, mas sim um time de consultores
altamente qualificados, com competências já aprovadas no mercado: “Como somos
uma MEI (Microempreendedor individual), nós não temos como contratar vários funcionários,
mas podemos trabalhar com consultores e contrato de prestação de serviço. E
hoje nós temos uma cartela de consultores convidados, que é formada por parceiros,
amigos de longa data e profissionais autônomos, que são formados em várias
áreas. Por termos uma cartela formada de profissionais de várias áreas, como
historiadores, linguistas e web designers, nós apresentamos um portfólio de
serviços em gestão da informação que não são somente competências de
bibliotecários”, explica.
Para cada cliente, o seu
profissional
Se
Ranganathan postulava que cada livro encontraria seu leitor, este princípio tem
uma re-leitura na gestão
da informação proposta por Roberta: para cada cliente, um profissional adequado. “Após a captação do projeto, eu, como Gestora Administrativa, o encaminho para um dos Consultores, o que estiver mais apto e disponível para a sua realização, e ele fica como responsável pela execução, supervisão e a entrega. Sempre acompanhamos o andamento do projeto, mas conhecemos a capacidade e critério de todos eles, e por isso, eles tem total liberdade para iniciar e finalizar um projeto”, sintetiza a empresária.
da informação proposta por Roberta: para cada cliente, um profissional adequado. “Após a captação do projeto, eu, como Gestora Administrativa, o encaminho para um dos Consultores, o que estiver mais apto e disponível para a sua realização, e ele fica como responsável pela execução, supervisão e a entrega. Sempre acompanhamos o andamento do projeto, mas conhecemos a capacidade e critério de todos eles, e por isso, eles tem total liberdade para iniciar e finalizar um projeto”, sintetiza a empresária.
O que o futuro lhe reserva
Sem
um plano detalhado de divulgação, Roberta consegue obter algum lucro da
Metodológica, mas não ainda a ponto de ser sua principal fonte de renda. Então,
sua prioridade é uma só: trabalho, claro, muito trabalho. “Hoje a gente tem a intenção de expandir a Metodológica ao ponto
de nos mantermos com ela e quem sabe mantermos os nossos consultores também.”,
aposta Roberta.
Estudos, estudos; negócios à
parte
Quando
perguntamos se gostaria de voltar a estudar, seguindo um mestrado, Roberta sabe
como é difícil estudar bem e trabalhar dignamente, e revela que o desafio está,
sim, em seus planos: “Eu penso nisso desde que saí da FESP, mas não consigo fazê-lo
neste momento. Dou os parabéns para quem consegue. Não consigo firmar um
currículo como bibliotecária e ao mesmo tempo fazer um mestrado. Não dá tempo.
Eu tenho três graduações, uma pós-graduação e cursos livres na área. Hoje, pra
mim, fazer um mestrado não é prioridade, não tenho pressa. Eu tenho pressa em
me estabilizar financeiramente para poder estudar direito”, conclui.
E
isso, quem estudou e deu aula para a Roberta, sabe que ela faz muito bem! Que a
Metodológica seja uma grande inspiração para que os profissionais em formação
encontrem seus caminhos no mercado, e acima de tudo, possam fazer aquilo que
gostam, com qualidade e uma marca pessoal de realização.
Linda! Sempre fui sua fã Roberta. Parábens!!
ResponderExcluirSomos todos fãs! Obrigada pela mensagem e continue participando do blog da MC, Ellen!
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