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Aconteceu na FaBCI - Relatos de TCC's de 2018

Durante o último ano do curso de biblioteconomia, discentes se preparam para uma tarefa árdua: a elaboração do temido TCC. Aqui na monitoria vocês podem ler diversas dicas para elaboração clicando aqui, bem como procurando por outros termos mais específicas.


Crédito: Rodrigo Carani (FESPSP)

Dos trabalhos apresentados no ano passado, oito deles entraram para o banco de dados na biblioteca da Fespsp e nós incentivamos muito que vocês os leiam, os consultem, pois trata-se de uma pesquisa recente sobre temas relevantes para nossa área.


Convidamos todas as pessoas a consulta-los. Abaixo estão os títulos e links dos trabalhos (é só copiar e colar o link no seu navegador):




ALVES, Zaida Carolina Pinheiro.  
Competências gerenciais em biblioteca escolar: a construção de um diálogo produtivo entre bibliotecários e professores. 

BESSA, Guilherme.  
Taxonomia e folksonomia na recuperação de jogos digitais: um estudo da possível aplicação de um sistema híbrido na plataforma Steam. 


CORREDOR, Jefferson André de Jesus.  
Diretrizes para o funcionamento de makerspaces de bibliotecas.  
OLIVEIRA, Marina Chagas. 
User experience (UX): casos em bibliotecas universitárias internacionais.
  
PASSOS, Ingrid.  
Infoeducação como prática colaborativa no processo de empoderamento da mulher negra.  

ROSA, Fábio Pereira.  
Bibliófilos: seu papel social na preservação e disseminação da cultura impressa.

SANTESSO, Luciane; CARLOS, Sâmea Maria.  
Desenvolvimento de coleção em duas bibliotecas prisionais do Estado de São Paulo.

SANTOS, Luciana Aparecida.  
Ciberfeminismo: webativismo feminista em relação a violência simbólica de gênero em peças publicitárias. 



Também convidamos os mais recentes bibliotecários para dar um depoimento e algumas pessoas escreveram o que segue abaixo:

Título: Desenvolvimento de coleção em duas bibliotecas prisionais do Estado de São Paulo.
Autoras: Luciane Santesso e Sâmea Maria Carlos

Este trabalho pesquisou o desenvolvimento de coleção em duas bibliotecas prisionais femininas do Estado de São Paulo com o objetivo de verificar se há a preocupação com a formação e disponibilização de publicações direcionadas às reflexões sobre direitos humanos e cidadania nestas bibliotecas. Apresentamos uma discussão bibliográfica referente às bibliotecas prisionais, direitos humanos para mulheres e mulheres encarceradas e como instrumento para coleta de dados realizamos a pesquisa de campo em que visitamos duas bibliotecas de unidades prisionais femininas do Estado de São Paulo. Para acessá-las solicitamos autorização à Secretaria de Administração Penitenciária, que permitiu a visita e a aplicação de questionário às responsáveis pelas bibliotecas. No último capítulo do trabalho encontram-se os relatos das visitas, apresentando o desenvolvimento de coleção nas duas unidades e a dinamização das bibliotecas analisadas.



Título: User experience (UX): casos em bibliotecas universitárias internacionais.

Autora: Marina Chagas Oliveira

Minha preparação para o TCC foi uma preocupação durante toda a graduação. Desde o segundo semestre, mantinha a última página do caderno para anotar tópicos que me chamaram a atenção, e que tinham potencial para eventualmente serem abordados no trabalho de conclusão. Quando o quarto semestre se aproximou, e de fato começamos a dar forma em nossos projetos, notei que a maioria dos assuntos anotados eram relacionados ao usuário. 
Comecei a pensar no papel deles na biblioteca e algumas perguntas ficaram mais evidentes: O usuário é apenas receptor de informações na biblioteca? Ele tem a possibilidade de ter voz ativa em que situações? Como ele pode interferir diretamente nos procedimentos e na construção da biblioteca?
Parei professores depois das aulas, nos corredores e mandei e-mails fazendo essas perguntas. Alguns me encaminharam para outros professores, outro me mandaram material de leitura. (Obrigada pela enorme paciência, mestres!).
Foi a professora Adriana Maria de Souza (minha amada orientadora) que me direcionou a uma revista que abordava a User Experience em bibliotecas universitárias e como a ação e, literalmente, as vozes dos usuários haviam mudados seus espaços e formas de atendimento. Alguns PECs recentes haviam sido sobre UX, mas sempre no meio digital, e fiquei maravilhada em ver que, ao menos no exterior, haviam instituições que aplicaram princípios da User Experience em ambientes fisícos. Uma vez que a pergunta e o recorte do tema foram escolhidos, foi só traçar os objetivos e definir uma metodologia e botar a mão na massa.
O processo teria sido imensamente mais árduo sem a colaboração e atenção aos detalhes das professoras Maria Rosa e Adriana. Não tenho palavras para agradecer às duas por todo o carinho e cuidado para comigo e com a toda a turma.
Minhas dicas são as seguintes:
1- Faça a lista de seus interesses pela graduação;
2- Tentem alinhá-los com o tipo de biblioteca/arquivo/acervo que pretendem trabalhar, ou pelo menos algo que vocês tenham paixão;
3- Escolham um professor que entenda do assunto e que tenha um bom relacionamento. O orientador faz total diferença nesse processo desgastante.
Bons estudos e excelente pesquisa a todos!
 
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Título: Bibliófilos: seu papel social na preservação e disseminação da cultura impressa.
Autor: Fábio Pereira Rosa

Bom, o processo começou lá atrás, em 2016, na disciplina “Metodologia da pesquisa científica aplicada ao TCC”. Eu não tinha a menor ideia do que fazer. A única certeza era que não queria nada prático, algo que requeresse pesquisa de campo – tinha que ser uma pesquisa bibliográfica, revisão de literatura.
Depois de muitas dúvidas, e após uma conversa com a professora Daniele Brene, acabei optando pela “Bibliofilia”, tema sobre o qual eu alimentava um interesse – foi o “amor pelos livros” que me trouxe à biblioteconomia, em primeiro lugar.
Apesar disso, lembro que cheguei a questionar uma última vez minha escolha. Mesmo depois de terminado o projeto, considerei mudar meu tema para um tesauro, pois havia gostado e me identificado muito com a disciplina de “Linguagens documentárias pós coordenadas”, mas a professora Daniele me aconselhou a permanecer com a bibliofilia, pois meu projeto tinha ficado bom (e a estrutura já estava pronta).
É muito difícil estudar e trabalhar quando se tem filho pequeno em casa. Durante o 5º semestre, em um daqueles momentos de desespero que às vezes acometem os estudantes, cheguei a considerar trancar ou mesmo abandonar o curso. A saída foi estender o mesmo, então optei por trancar algumas disciplinas, entre elas o TCC. Outro motivo é que eu queria determinada orientadora, mas naquele ano a professora Mercês estava carregada de orientandos, e não poderia me orientar – foi um ano atípico, pois minha turma tinha uns 60 alunos.
Foi uma decisão acertada, pois fazer um TCC com todas as outras disciplinas ao mesmo tempo é muito, muito desgastante. Principalmente se você está tentando caprichar, produzir algo que tenha um mínimo de qualidade.
De qualquer forma, aos trancos e barrancos, consegui produzir meu TCC. A orientadora foi sempre muito atenciosa e compreensiva, e me deixou bem à vontade no processo, sem cobranças excessivas, apenas acertando a rota. A banca também foi muito adequada: o professor Ivan sempre gostou dos meus textos, e a professora Fernanda foi bastante incisiva em vários pontos do trabalho.
Eu sempre tenho problemas para falar em público, então sabia que o movimento final da partida seria tenso. De fato, foi, mas uma vez que você domina o tema e sabe do que está falando, a coisa flui. E creio que a FESPSP propicia um clima fraternal entre alunos e entre estes e os professores. Em breve, seremos todos colegas, então de certa forma ficamos mais à vontade para apresentar o trabalho, pois estamos entre amigos.

Um fato que não poderia deixar de mencionar é que, para deixar a coisa toda mais emocionante, acabei tendo outro filho durante o processo do TCC. E ele resolveu nascer alguns dias antes da semana das defesas!! Tive que solicitar à professora Maria Rosa que adiasse a data marcada, pois não conseguiria preparar tudo a tempo – estava no hospital naquele momento. Lembro que fiquei com o notebook, preparando os slides, enquanto o moleque tomava banho de luz para icterícia bem ali do meu lado, rs. No fim, deu tudo certo, e acabei apresentando um dia depois.
Para finalizar este longo e talvez inútil relato, gostaria de dizer que o ideal seria podermos estudar antes de ficarmos enrolados com família, pois aí fica muito complicado. Mas, em qualquer situação, sem uma dedicação séria, não sai nada de bom. Tenham certeza do que estão fazendo, reúnam um substancial embasamento teórico, e mantenham uma boa relação com seu orientador, com bastante diálogo. Não tenham receio de divergir, mas aceitem seus conselhos, pois ele tem mais experiência acadêmica e prática para lhes ajudar. E se não rolar, mudem de orientador, isso é perfeitamente possível.
Ah, e não se esqueçam de submeter o trabalho a uma revisão antes de entregar. Um trabalho bem escrito é muito valorizado, já é meio caminho andado. E pratiquem a apresentação em casa, com outras pessoas, para se acostumar com o que dirão e com o tempo, que não pode estourar.

Todo esse esforço será invariavelmente recompensado, tenham isso em mente.
Abaixo, meus dois tesouros:

Foto: Arquivo pessoal de Fábio Rosa.


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