Para representar os estudantes de um curso de nível superior, congregá-los, coordenar ações que promovam seus interesses acadêmicos e estimular sua integração e participação discente, sempre de maneira autônoma, existe um organismo criado pelos próprios alunos: o centro acadêmico.
Historicamente, os centros acadêmicos das universidades públicas, como a USP, e algumas particulares, com o Mackenzie e a PUC, em São Paulo, casos notórios, tiveram intensa atuação nos anos da ditadura, junto com outras organizações do movimento estudantil. É bastante conhecido embate entre os estudantes da USP e os estudantes do Mackenzie, naquele 02 de outubro de 1968, que resultou na morte do estudante secundarista José Guimarães, de 20 anos, com um tiro na cabeça. Opostos ideologicamente, o Diretório Acadêmico da USP, de esquerda, e o do Mackenzie, de direita, se confrontaram violentamente na rua Maria Antônia, lutando por suas posições.
Certamente os tempos eram outros, mas ainda podemos contabilizar personalidades de hoje que tiveram atuação nos centros acadêmicos de suas universidades, como o prefeito Fernando Haddad, que atuou no Centro Acadêmico XI de Agosto, do curso de Direito da USP, denotando a importância dessa participação no currículo do formado.
Fragmentado, o movimento estudantil hoje propõe pontualmente o debate e a proposta de atender às reinvidicações de seus representados através de seus organismos no país inteiro e tomar partido em questões políticas, vide o caso desta semana envolvendo estudantes baianos e a blogueira cubana Yoani Sánchez. Seria necessário uma maior participação de todos os estudantes. Na FESPSP, os estudantes de Biblioteconomia têm essa oportunidade através do Centro Acadêmico Rubens Borba de Moraes.
O começo do Centro Acadêmico Rubens Borba de Moraes
Tudo começou no final de 2011, quando Cristiane Laudemar, Kelly Cantillano e outras colegas do então 4º semestre de Biblioteconomia da FESPSP sentiram que faltava um centro acadêmico ao curso, como uma vez houve um homenageando Laura Russo, e se dispuseram a estudar o histórico dos diretórios e centros acadêmicos em outras universidades.
Reunião do CA |
No início do ano seguinte, juntaram-se a elas as alunas Rebeka Savickas, Paula Watanabe, Ludmylla Sá e o grupo divulgou sua intenção de re-abrir o Centro Acadêmico, agora homenageando Rubens Borba de Moraes.
Com essa divulgação, conseguiram mais braços para ajudá-las: Eliana Gaiga e Taís Mathias.
Passaram a discutir propostas e a elaborar o estatuto e mais ajuda foi chegando: os alunos Fernando Reis, Marcelo Leandro e Gustavo Moura juntaram-se às meninas, e posteriormente, Elaine Alves, Juliana Simões, Jennifer Amato, Viviane Lopes e Ana Ponciano.
A organização do CA Rubens Borba de Moraes
O Centro Acadêmico Rubens Borba de Moraes é organizado por coordenadorias, com alunos responsáveis por cada setor. Essa estrutura dá liberdade à que um mesmo aluno participe de mais de uma delas, se comparada à tradicional organização funcional composta por presidente, vice- presidente, secretário, etc.
Na Coordenadoria Geral estão Kelly, Eliana e Viviane Lopes; na Coordenadoria de Comunicação, Marcelo Leandro, Jennifer Amato e Juliana Simões; na Coordenadoria Financeira estão Fernando Reis, Gustavo Reis e Kelly Cantillano; na Coordenadoria Pedagógica, Eliana Gaiga, Cris Laudemar, Gustavo Moura e Ana Ponciano.
Para cuidar da documentação do centro, como atas, convocação de eleição, divulgação de eleição e ofícios em geral, o CA Rubens Borba de Moraes tem uma coordenadoria de documentação, sob responsabilidade das alunas Elaine Alves e Ana Ponciano.
Para existir formalmente, o CA deve ser registrado em cartório, bem como seu estatuto. O registro será feito assim que o estatuto for aprovado em Assembléia Geral.
Propostas
Eliana Gaiga pontua algumas das propostas do CA para este ano: montar grupos de estudo e atividades que rendam horas de atividades complementares aos alunos.
A primeira proposta tem inspiração nos grupos de estudo já consagrados no curso de Sociologia, e o grupo busca o apoio de professores para dar desenvolvimento ao projeto.
Kelly Cantillano |
A segunda proposta, por sua vez, já está sendo encaminhada: encontros com profissionais dentro do Programa de Enriquecimento Curricular (PEC), entre eles um sobre conservação preventiva de livros, com a bibliotecária Iara Lima, que treina assistentes na AASP quanto à limpeza e manuseio de livros e documentos. Outro tópico a ser discutido é biblioteca pública, com Luis Felipe Rodrigues, bibliotecário formado pela USP. Ainda em fase de negociação, um terceiro encontro com uma bibliotecária da BASF sobre arquivística está na programação do CA Rubens Borba de Moraes.
A próxima eleição será em março
Kelly explica que, em setembro do ano passado, durante a eleição para um nova gestão, a inexistência de outras chapas levou à que se apresentasse um referendo que apenas re-afirmou a gestão atual, pois o grupo conseguiu 50% +1 e foi, assim, aprovada sua chapa única. Mas, dia 23 de março será o final de gestão e, duas semanas antes, o CA convocará outras chapas para a nova eleição.
Muitos alunos colaboram com o CA, entre eles, Taís Mathias, Luiza Wainer, Lucas Silva, Florindo Neto, Juliana Costa, Ana Cristina Martins e Kelly Daiane, e há sempre espaço (e trabalho) para mais gente.
Os alunos podem e devem participar do CA Rubens Borba de Moraes, pois essa troca de experiência discente enriquece relacionamentos e amadurece o perfil profissional do estudante, benefícios que serão muito frutíferos na atuação no mercado.
Para entrar em contato com o CA Rubens Borba de Moraes e obter mais informações sobre como montar a sua chapa ou qualquer outro tipo de participação, anote:
Email
Facebook
Blog
http://cadoborba.blogspot.com.br/
Fotos: da página do CA no facebook, Magali Machado
Arrasando!!!!!!
ResponderExcluirMuito legal, parabéns Magali...
ResponderExcluirLuiza, Cris e CA do Borba, obrigada pelas mensagens. É a participação dos alunos e o que eles têm a dizer que fazem o trabalho da Monitoria. Continuem nos acompanhando.
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