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Coluna: Filme da Semana. Por Ana Beatriz Cristaldo e Renato Reis.



Que a verdade seja dita, eu não consigo ler nada além dos textos da faculdade durante o período letivo, pois sou aquele tipo de pessoa que está lendo sobre mediação da informação e já mistura com os deuses romanos que não faziam a mediação corretamente, o que fazia com que os filhos deles no Acampamento Júpiter passassem por poucas e boas. Sendo assim, eu baixo e maratono filmes no transporte público, pois a superlotação me impede de dormir mesmo, pelo menos vou vendo um filminho.

Nessas últimas semanas escolhi dois diretores e coloquei na minha lista do Netflix todos os filmes deles e baixei os que estavam disponíveis para tal, são eles: Woody Allen e Martin Scorsese.

TANTANTARAAAAAN, vou fazer um especial, dos filmes deles que vi e gostei. Começamos com o bonitinho e cético do amor, Woody Allen (os filmes estão listados na ordem em que foram assistidos):



Para Roma com amor



Sou tendenciosa com essa mulher
 

Roma é o plano de fundo de muitas histórias de amor, encontros e desencontros e desejos humanos, área na qual Allen tem experiência e torna o filme uma delicinha. Em resumo as histórias são: 


- Hayley (Alisson Pill) é americana e viaja para Roma, por um acaso esbarra e pede informação à Michelangelo (Flavio GATOPRACARAMBACHESSUSAMADOQUEHOMI Paretti) os dois se apaixonam e ficam noivos (num período de uns 3 meses VAI ENTENDER), como o casório será em Roma, Hayley liga para seus pais virem conhecer seu futuro genro, os pais são Phyllis (Judy Davis) e Allen (ele é genial! Você fica viciado na interpretação, no gaguejo, nos trejeitos e na fala rápida e confusa).

- John (Alec Baldwin) é um arquiteto de shopping famoso, que vira o mentor e voz da consciência de Jack (Jesse Eisenberg) que é estudante de arquitetura e mora com a namorada Sally (Greta Gerwig) em um bairro charmoso de Roma. Sally tem uma amiga atriz que acabou de terminar um relacionamento e precisa de novos ares para se recuperar e vai ficar hospedada na casa do casal, Monica (Ellen Page), a amiga, é uma bagunça.
- Tem Leopoldo (Roberto Benigni) que vive sua vidinha miserável e pacata, até que acorda um dia e é a pessoa mais famosa de Roma. O motivo? Nenhum. “Ele é famoso por ser famoso”.

- E por último o jovem e recém-casado casal Milly (Alessandra MULHERÃODAPREULALINDAMARAVILHOSA Mastronardi) e Antônio (Alessandro Tiberi) que pretendem sair do interior e vir para a romântica Roma, para isso Antônio precisa conseguir um emprego com os tios ricos, e na confusão da coisa toda ele acaba com a garota de programa Anna (Penélope Cruz).

As histórias se misturam e se desenrolam e muita coisa acontece, é um filme leve e gostoso de ver, vale a pena com certeza.

Nota: 8/10



Meia noite em Paris

   





Nesse, não temos Allen, em pessoa, porém é fácil saber quem representa sua persona nessa homenagem aos amantes da arte e da literatura principalmente. Gil Pender é um roteirista de cinema famoso, é bom nisso e ganha uma boa grana em Holywood, mas é um amante da poesia e da literatura trágica e romântica e sonha em publicar seu próprio romance sobre um cara que trabalha num antiquário e não consegue viver no seu próprio tempo (a era de ouro já passou), já sua mulher Inez (Rachel DEUSA McAdams) é o oposto de seu marido e representa uma boa personificação do capitalismo selvagem e de todos os padrões da classe AA que você imaginar, durante todo o filme nos questionamos por que raios eles estão juntos.


Pois bem, eles estão em Paris, Gil o romântico em uma noite após um jantar desconfortável vai passear pelas ruas parisienses, e a meia-noite um carro cheio de pessoas com roupas dos anos 20 o convida para entrar, e eles fazem uma viagem de volta, segundo Gil, aos “melhores tempos“ já vividos, a era de ouro da civilização: década de 20, na qual ele tem a oportunidade de conhecer seus maiores heróis. Além desse casalzão maravilhoso, temos também no elenco Marion JEOVÁNÃOMEPROTEGEDESSEPECADO Cottilard, Michael Sheen, Adrien Body, Tom Hiddleston, Kathy Bates, Carla Bruni, Corey Stoll, Lea Seydoux e mais uma vez Alison Pill.

Se preparem, pois no final do fome vocês estarão falando que nem o Owen Wilson (baixo, pausadamente, longas vocais e muitas caras e bocas).

Nota: 10/10



Um misterioso assassinato em Manhattan



 

 

Eu sou devota a esse filme. Ele é um dos filmes mais divertidos que eu já vi, graças ao casal de química incomparável que Woody Allen e Diane Keaton formam.

Pois bem, Larry (Allen) e Carol (Keaton) são um casal um tanto maduro que sente cada vez mais a monotonia bater à porta, até que surge um grande mistério ala Agatha Chrisie. Em uma noite eles conhecem seus vizinhos de corredor, um casal agradável e receptivo, no dia seguinte a mulher aparece morta por conta de um ataque cardíaco fulminante, mas Carol insiste que ela era saudável demais para morrer dessa maneira, e vai em busca da solução deste caso.

A diversão se dá pela dinâmica do casal, enquanto Carol é aventureira e destemida, focada e extrovertida, Larry é o oposto extremo, cheio de fobias, e medos, fala extremamente rápido e gesticula muito (características de Allen), além disso não há piadas, são diálogos engraçados de discussões de um casal que já estão a muito tempo juntos e tem um relacionamento maduro e respeitoso, tanto que nem fazem grande caso sobre ciúmes e amores do passado.

Estão no elenco também: Anjelica Huston e Zach Braff (ele é o filho do casal, obrigada Google por me avisar, por que eu nem tinha notado – crime).


Nota: 13/10



Há outros filmes que eu gosto também do Woody Allen, e esses são mais recentes, como Café Society, Blue Jasmine, Homem Irracional e Magia ao Luar (esses dois últimos com a maravilhosa Emma Stone), todos podemos ver muito as convicções do diretor, pois isso é a arte – um registro de si mesmo, mas o modo como Allen lida com relacionamentos sabe? Cético, cômico, sarcástico e real, muitos dos filmes deles aparecem situações nas quais uma pessoa está num relacionamento estável e confortável e uma paixão avassaladora e carnal aparece e não há o julgamento de caráter, a pessoa vive essa paixão, na sua maioria vê que aquilo não faz o menor sentido e foi impulsivo, e vida que segue. Não é imoral, é humano.

Por outro lado, teve filmes dele que eu detestei do fundo do meu coração, mas foi por conta da não identificação com nenhum personagem ou o ranço elevado com boa parte deles, mas né, isso sou eu: Ana a crítica. Pra quem possa interessar, os filmes que eu abominei foram: Match Point, Scoop e Você vai conhecer o homem dos seus sonhos. 90% DOS PERSONAGENS DESSES FILMES SÃO EMBUSTES.

No mais, obrigada pela paciência e carinho.
Tomem bastante água.
E passem protetor solar.


Essa lista chucrutizinha recebeu o selo de qualidade do IAQ (Instituto Ana de Qualidade)

PS: é só isso mesmo, Scorsese desgraça a nossa cabeça, e eu não queria quebrar a magia do Allen, aguardem.


 

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