Anauê!
Dentre muitos AVAs, leituras,
cogitações de baladas, os fantásticos ‘daora’ do Facebook e desmaios de sono,
vamos seguindo em frente que o mundo tá girando, as coisas acontecem numa
velocidade sem tamanho e nós vamos ficando para trás. Tenho que tomar cuidado
com meus paradoxos sobre o tempo e sua relação com o espaço, além das minhas
capacidades biológicas (hehe).
E por falar nisso, quero trazer um
filminho que faz teeeempo que queria apresentar pra vocês. É bastante curioso,
tem uns elementos incríveis e vale muito a pena assistir (e ler o livro, antes
ou depois).
Valendo!!!
Eu, Você e a Garota que vai Morrer (2015)
Por
Renato Reis
Baseado no romance homônimo, de
Jesse Andrews, conta uma história agitada pela comédia e dramatizada pelo
climão que a morte traz em qualquer ocasião. Aliás, o filme trata de questões muito
presentes na adolescência. Como o próprio título diz, a morte é o centro do
roteiro, mas talvez o tema não seja só o que diz respeito à ela. É algo muito,
muito maior.
Alguns dirão que é mais um desses
filmes genéricos infantojuvenis e que não sai das mesmas temáticas. Bem,
arrisco a dizer que não, com muita convicção, aos manjadores de cinema. O longa
tem seus destaques super bacanas que chegam a emocionar e sua singularidade,
além de alguns pontos fracos também.
O EU, Greg Gaines (Thomas
Mann, numa atuação que me deixou de queixo caído, sério!), tem uma vida normal,
mora com sua família de classe média e sonha em ser cineasta, motivação que
leva a sério nas pequenas filmagens de paródias construídas com objetos
pessoais em stop motion, junto do VOCÊ, RJ Cyler (Earl Jackson), seu
melhor amigo da escola e que o acompanha nas aventuras e desventuras (e às
vezes as causando de uma forma bem cômica).
A GAROTA é Rachel (a mega
talentosa e lindíssima Olivia Cooke), menina sem muitos amigos, nada popular na
escola e, aparentemente, normal. Nota: o Greg é um personagem que serve como
mediador, inclusive, para todos os outros personagens, sendo um divertidíssimo
narrador.
Aí é que vem o baque: Rachel fica
doente, tem uma espécie de leucemia (se não falha a memória de quem vos
escreve), e descobre – junto à sua família – que a morte é certa mais cedo ou
mais tarde.
Daí é que o filme se desenrola...
Greg tenta se aproximar de Rachel, ser seu fiel e melhor amigo, sem ter a
intenção ou causar a impressão a ela de que está o fazendo só por causa da sua
condição. E até o final expressa sua profunda amizade (ou a constrói de uma
forma bastante criativa ao longo das cenas). É legal perceber como a relação
dos dois vai mudando de patamar e se torna algo tão bem estruturado e
inteligente.
Também são bem marcadas as questões
psicológicas em volta do destino de Rachel e como tudo se modifica com isso,
caminhando lentamente a uma transformação profunda de todos os personagens. É
como se o filme debatesse com quem o assiste sobre a morte na adolescência
quais os seus impactos e efeitos, além de preparar a cabeça de todos para isso.
Triste... Mega foça! Mas
extremamente necessário quando a gente conversa a respeito de maturidade,
crescer com valores e ideias inteligentes e os põe no carrinho de compras de
bagagem cultural e pessoal, do nosso grande mercado de tempo, enquanto seres
humanos civilizados.
Acho que, pela primeira vez, gostei
mais do filme do que do livro, sabiam? A adaptação ficou excelente! Jesse
Andrews assinou o roteiro também e conseguiu deixar um maravilhoso legado com o
diretor Alfonso Gomez-Rejon. Chorem litros (com lencinhos do lado, sempre) e
depois me contem suas experiências e percepções com essa linda obra, ok?
TÁ DISPONÍVEL ONDE?!?! Netflix/DVD/Blu-ray
Comentários
Postar um comentário