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Coluna: Filme da Semana. Por Ana Beatriz Cristaldo e Renato Reis.



Saaalve, pessoal!

Semaninha mais curta, com o feriado da nossa pátria aí para nossa alegria. Bora curtir um pouco e estudar enquanto há vida, né. 

Bom, hoje trago um dos meus filmes prediletos... Um dos filmes de fantasia que mais admiro, que mais me impressiona até hoje e que tem uma série de tópicos legais para serem discutidos. Garanto que vale umas boas e extensas conversas de bar regadas a muita breja/muito café depois do filme, se vocês forem assistir acompanhados, é claro.

Hope you enjoy. Bom feriado, caríssimos!

                                                              
O Labirinto do Fauno (2006)
Por Renato Reis


  

El Laberinto del Fauno, no idioma original, reúne diferentes nacionalidades (da Espanha, México e EUA) em sua produção pra fazer de sua proposta uma obra sem igual no cinema contemporâneo. Foi dirigido pelo gigante do cinema e dos roteiros Guillermo del Toro.

O filme se passa em 1944, em plena Guerra Civil espanhola, num regime militar completamente opressor e elitista e retrata de uma maneira bem realista como se dava a disputa no país entre o comunismo e a classe militar, direitista, justamente.

 

O Labirinto do Fauno (2006)
 
A todo momento sente-se um clima obscuro, triste e como se houvesse algo ou alguém no encalço do espectador (perseguição essa muito bem justificada no decorrer das cenas), que, de certo ponto de vista, imerge totalmente na pele da protagonista Ofelia (a fofíssima Ivana Baquero), filha de Mercedes (Ariadna Gil). A mãe, que está grávida, adoece muito na fazenda-retiro onde seu marido, o oficial do exército espanhol Vidal (Sergi López), leva a família para melhor protegê-la da guerra.


A partir de então, com todos isolados do mundo, a menina rápida e facilmente se aborrece com sua realidade (com a mãe que lhe dá tanto carinho doentíssima e o pai completamente rude e opressor com a família). Explorando o quintal daquela propriedade, Ofelia encontra um jardim, um grande labirinto que a leva a lugares mega secretos e mágicos, justamente onde encontra o Fauno (o muito bem produzido e talentoso Doug Jones). Vejam bem como o personagem é místico, fantasioso e todo singular na história. Isso além da personalidade marcada dele. Tem um papel-chave em toda a amarração do enredo.

 

- Ish, amiga, acho que a professora já vai entregar a prova... Momento de tensão.
- Ain, miga, ainda bem que eu estudei pakas, hein!
 

- Masoq?! Tinha prova hoje, psora?!?!

Acredito que é esse o chamariz do filme. O Fauno serve como um guia à Ofelia, como uma “válvula de escape” da sua dura realidade, propondo novos desafios a ela e esperando o que o melhor aconteça a ambos (se for ver bem, é muito maquiavélico da parte dele, mas tirem suas próprias conclusões, galera). A história também é recheada de seres mitológicos e lendários. Tem um suspense leve e SUPER envolvente pra dar aquela emoção e agitar as torcidas.

É legal perceber como Ofelia se relaciona com o Fauno, de modo a se deixar entendido (especialistas em conteúdos infanto-juvenis me corrijam se estiver errado) que o ser mitológico é um elemento que impulsiona sua maturidade, uma vez que ele fica mandando ela se aventurar por aí sem medo, dando umas “quests” bem surreais a ela. Tudo cheio de fantasia e situações belas, místicas, nojentas e bastante medonhas. 

O final é bastante surpreendente quanto a essa questão e, vou dizer, tive uma compreensão e um vislumbre lindos sobre a imaginação e a infância como um todo, como funciona o psicológico da criança sob uma séria perspectiva adulta, fundamentada.

Legal mesmo pode ser assistir com algum(a) guri(a), pois esse filmaço traz algumas ideias legais para o público mais jovem, realmente, assim como Harry Potter e o ‘encarar a morte’, por exemplo. Fica a dica.


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