Alunos do primeiro ano visitam a temática Viriato Correa |
Na rede de bibliotecas públicas da cidade de São
Paulo, do total de 105 unidades, 10 são bibliotecas temáticas. O bairro de Vila Mariana, que já abrigava
uma biblioteca infanto-juvenil referencial por sua coleção de quadrinhos,
passou a ser também, desde 2008, a temática em literatura fantástica. Além de
clássicos como H. G. Wells, Isaac Isimov, H. P. Lovecraft, a Viriato Correa também promove novos autores nacionais do
gênero, inclusive sendo host do Fantasticon, Simpósio de Literatura Fantástica, considerado hoje um dos eventos
mais relevantes da literatura fantástica brasileira.
Os alunos do primeiro semestre visitaram a
Biblioteca Viriato Correa com a Professora Maria Rosa Crespo em março e a aluna
Ionara Lourenço conversou com a coordenadora, Sandra Machado, sobre acervo,
acessibilidade e novas aquisições, acompanhe:
De arquitetura imponente e intocável desde sua fundação em 1952, a
biblioteca Viriato Corrêa localiza-se em meio ao belo bairro da Vila Mariana. Intitulada
como Biblioteca Temática de Literatura Fantástica, distribui seu acervo em dois
andares e conta ainda com um anfiteatro com capacidade para 101 pessoas.
Para coordenar um acervo de 39 mil volumes, a bibliotecária Sandra
Machado conta com sua equipe, formada por uma bibliotecária e dois auxiliares,
responsáveis por atender um fluxo de 80 pessoas por dia, sendo que esse número
pode aumentar devido às atividades culturais previstas para cada dia.
Uma dessas atividades foi a visita monitorada, na qual a Viriato Corrêa
abriu suas portas para receber o pequeno grupo estudantil do 1°semestre de
Biblioteconomia da FESPSP. Orientados pela própria Sandra Machado, o grupo
seguiu em tour pelas dependências da
biblioteca. Sempre muito prestativa,
Sandra não hesitou em responder algumas perguntas.
MC: Criar
bibliotecas temáticas foi primeiramente uma ideia francesa que a prefeitura
acabou adotando. A Viriato Corrêa nasceu para ser uma biblioteca temática?
Sandra
Machado:
Não. A biblioteca Viriato
Corrêa desde o inicio teve um acervo geral e recebia principalmente um publico
infanto-juvenil, mas foi em 2008 que se tornou uma Biblioteca Temática e
incorporou obras especificas da literatura fantástica em seu acervo, tendo hoje
2.000 livros sobre o tema.
MC:
Por ser uma biblioteca pública, como são feitas as novas aquisições,
você tem algum tipo de verba?
Sandra
Machado:
Não compro os livros, a
prefeitura tem uma central que faz essas aquisições e repassam para as
bibliotecas de acordo com o tipo de acervo que cada uma tem.
MC: Em
1952, não se pensava em acessibilidade e hoje a biblioteca não conta com
elevador para deficientes. Qual o procedimento quando um cadeirante precisa
utilizar o acervo do segundo andar?
Sandra
Machado:
Quando o cadeirante vem
visitar a biblioteca ele pode pesquisar os livros que precisa no nosso terminal
de consulta que fica no térreo e o funcionário que o atender pegará os livros
que estiverem no segundo andar.
MC: A
biblioteca conta também com um acervo em Braille,
como é feito os empréstimos desses livros?
Sandra
Machado:
Os usuários tanto podem utilizar
os livros disponíveis aqui na biblioteca como podem receber eles em casa, essa
entrega é feita por uma central.
MC: A
Viriato Corrêa tem um bom numero de frequentadores. Você acredita que a
biblioteca ajuda no incentivo à leitura?
Sandra
Machado: As
pessoas tem uma ideia errônea sobre os jovens não gostarem de ler, eles gostam
sim! A biblioteca está cada vez mais se tornando um espaço de convivência, de
encontros e isso aproxima muito os usuários das bibliotecas.
Acompanhe a programção das Bibliotecas temáticas da cidade de São Paulo aqui.
Pesquise online na rede das bibliotecas públicas municipais de São Paulo aqui.
Um pouco mais sobre literatura fantástica:
Ionara Lourenço é aluna do 1º semestre noturno
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