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Conservação preventiva em palestra na FESPSP


Iara de Lima em palestra na FESPSP sobre convervação preventiva


No último sábado, dia 16, alunos de todos os anos participaram da palestra sobre conservação preventiva com Iara de Lima. A palestra fez parte do Programa de Enriquecimento Curricular (PEC) e foi uma iniciativa do CA Rubens Borba de Moraes. O aluno do 3º semestre noturno, Antonio Eduardo Bei esteve por lá:








     A palestrante foi Iara de Lima, formada em biblioteconomia pela Faculdade de Lorena, no interior de São Paulo. Iara trabalha há dezoito anos na AASP, Associação dos Advogados de São Paulo, atuando como Bibliotecária Sênior; com o desenvolver de suas atividades, ela se interessou pela encadernação e conservação de livros e se aprimorou nesse mister.

            O tema da palestra foi muito interessante e proveitoso para os futuros bibliotecários e para aqueles que já trabalham com livros, periódicos e documentos, ou seja, o papel.

            O lema que direcionou o foco da aula foi “Preservar para não restaurar a partir da manutenção da integridade dos livros”,  atendendo a  três etapas básicas, ou seja,  preservação(evitar), conservação (reter degradação) e restauração (reparo).

            Durante a palestra foi enfatizada a importância de se analisar o estado do livro a partir de sua recepção, através da verificação da capa, lombada, folhas e concluindo com a remoção do pó interno que há no interior das páginas, utilizando-se para isso um pincel apropriado (trincha). Foi lembrado que um livro nunca deve ser levado diretamente para a estante, por melhor que seja sua aparência; ele sempre deve ser analisado.

            Vimos que com o passar do tempo, os livros (papéis) sofrem deteriorações, que podem ser intrínsecas, por sua natureza e estrutura, e extrínsecas, que são questões ambientais (luz, temperatura e umidade), biológicas (fungos, bactérias e insetos), físico-mecânicas (manipulação em geral) e questões circunstanciais (incêndios, alagamentos etc.).

            Dentre essas questões, a mais comum está no manuseio incorreto de livros, muitas vezes feito de forma negligenciada. Para o correto manuseio de um livro, há critérios, tais como, estar sempre com as mãos limpas, não deixar o livro aberto de cabeça para baixo, cuidados para retirá-lo e recolocá-lo na estante e não umedecer os dedos para virar suas páginas.

            Para proteger livros e papéis foram apresentadas algumas dicas que devem ser observadas, sempre que possível, como cuidados com os efeitos da radiação de luz nos acervos, a remoção do odor de livros muito antigos (colocando-os em caixas apropriadas contendo bicarbonato de sódio) e, no caso de jornais, é interessante tirar fotocópia sobre papel alcalino, pois resiste mais à ação do tempo.

            Vale lembrar que não só os livros e outros materiais devem ser protegidos; o usuário também deve tomar cuidados, como bem observou a palestrante, pois o convívio e o contato com  papéis antigos podem ser nocivos à saúde. Para isso existem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como máscara, luvas, avental e óculos apropriados para essa atividade.

            Com fins ilustrativos, Iara levou diversos materiais para serem verificados  pessoalmente pelos alunos, tais como papel japonês (utilizado em pequenas intervenções de reconstituição), cola especial, caixas diferenciadas para armazenagem de livros ou outros materiais e objetos acessórios próprios para execução de reparos.

            Foram projetados slides com fotos de livros danificados pela ação de insetos; na realidade livros “devorados” por traças, tornando-os irrecuperáveis. Finalizando a apresentação, vimos um vídeo com o título “Conservação de Arquivos e Bibliotecas”, consistindo em um apanhado de tudo o que foi exposto pela palestrante.

            Concluindo, podemos afirmar que foi de muita valia a palestra, pois nos foi apresentado de forma convincente o que de melhor se pode fazer para proteger os livros, sempre com o intuito de preservação do material, sem poupar esforços para evitar futuros restauros. Portanto, é com esse espírito de cuidado e de conservação que o bibliotecário e todos os que trabalham nessa área devem exercer suas atividades.

            A seguir, algumas considerações de nossos colegas do 3º. semestre noturno:

            Juliana Reisa Machado : “Gostei muito da apresentação, porque são informações úteis para o cotidiano do bibliotecário.”

            Rogério da Silva Severino : “Considerei muito útil a palestra, sendo uma boa orientação de como se preservar livros e documentos.”

            Mariana Araújo Gomes: “A palestra foi muito produtiva e bem orientada, ajudando na formação do bibliotecário.”

                 Priscila Amorim: " É relevante para o profissional bibiotecário obter um conhecimento prévio em conservação preventiva para detectar sujidades, intervenções inadequadas, umidade, e outras ameaças que posteriormente causarão manchas, fungos e outras pragas."

 Para saber mais sobre conservação, Iara de Lima recomenda o Templo da Arte



           




 Antonio Eduardo Bei é aluno do 3º semestre noturno.

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