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Atividade sobre Inovação em Bibliotecas com os alunos do sexto semestre

Durante a aula de Tópicos Avançados de Gestão da Informação e do Conhecimento, a professora Valéria Valls sugeriu uma atividade onde os alunos deveriam analisar atividades/processos de uma biblioteca tradicional e pensar num quesito que poderia ser inovado ou reinventado.
A atividade foi um sucesso, com grandes ideias. Algumas respostas vamos compartilhar abaixo:



Por Lorena Rocha da Silva
Considerando que o mundo digital tem crescido muito nos últimos tempos, a biblioteca precisa estar preparada para se arriscar e explorar esse universo. Uma forma disso seria a biblioteca usar algo como o Booktube, porém não necessariamente precisando apenas se focar em falar sobre livros. Através do canal no youtube a biblioteca poderia:
- divulgar os eventos que ocorrem ou ocorrerão;
- trazer maior visibilidade para o conteúdo disponível no acervo falando sobre as obras adquiridas recentemente e também das obras mais antigas que muitas vezes os usuários não têm conhecimento de que fazem parte do acervo da biblioteca);
- trazer os temas que os usuários procuram com certa frequência e mostrar o que a biblioteca tem referente ao tema em questão;
- através de outros booktubers, observar as obras que estão sendo indicadas para que assim possa adquiri-las para o acervo;
- se conveniente, falar sobre formatação de trabalhos acadêmicos; e
- fazer uma ‘vídeo aula’ de como pesquisar na base de dados e localizar o livro no acervo.
Com isso, a biblioteca conseguiria formar um vínculo com seu usuário, fazendo com que ele conhecesse e se interessasse pelos serviços que a biblioteca tem a oferecer.


Por: Samanta Patricia
Sempre discutimos a importância da biblioteca pertencer à comunidade ao seu redor, prestando os serviços adequados para cada indivíduo. As bibliotecas e os bibliotecários devem entender os desejos daquela comunidade, tendo um objetivo em sua existência, na formação do acervo e prestação de serviços. Porém, é necessário que uma biblioteca tenha apenas um foco, e não possa pensar em modificar seus serviços para um atendimento mais humanitário? Acredito que não, por isso temos sempre a oportunidade de inovar.

Pensando nas bibliotecas universitárias, obviamente o principal objetivo é apoiar os estudantes e professores em suas pesquisas e necessidades informacionais, mas notamos que os outros colaboradores não utilizam com tanta frequência o espaço.
Dessa forma, pensei em criar uma “Biblioteca Corporativa” com um acervo de livros infanto-juvenis ou outros de interesse dos colaboradores, proporcionando uma inclusão dessas pessoas e até mesmo de sua família, pensando que poderiam emprestar livros para seus filhos ou parceiros. Acredito que além da inclusão e sentimento de pertencimento ao local de trabalho, consequentemente aumentaria a motivação e bem-estar, pensando até mesmo que poderia incentivar a leitura dentro de vários lares.

Claramente uma instituição relutaria em investir parte de seu orçamento para aquisição de livros que não apoie no desenvolvimento dos cursos oferecidos, mas o projeto poderia iniciar justamente com o apoio dos colaboradores, com doação dos itens que possuem em casa, aumentando ainda mais o sentimento de pertencimento, pois poderia ver um livro que gosta em seu local de trabalho e ver seus colegas lerem e até contar como foi a experiência na leitura. Inicialmente os livros poderiam ser
emprestados e doados sem nenhuma “burocracia”, sem a necessidade de classificação, indexação e empréstimo pelo sistema, trazendo maior liberdade.
Talvez o projeto não seja tão simples de implantar, e até mesmo de se desenvolver, mas acredito que poderia ser uma grande inovação dependendo do lugar em que ele for inserido.


Por: Fernanda Nascimento
O que poderia ser inovado?
Visita guiada

Como ele poderia ser reinventado?
Assim como em visitas guiadas em museus, em que há um sistema de áudio, seria interessante que também houvesse esta possibilidade nas bibliotecas.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
O sistema de áudio poderia circular pelas várias áreas da biblioteca, explicando o que cada seção abriga. Além disso, poderia haver uma introdução contextualizando a história da biblioteca. Para estrangeiros que visitam bibliotecas, o sistema de áudio facilitaria para a tradução também.


Por: Tauane Lima
O que poderia ser inovado?
•Treinamento de Usuário
•Atividades educativas
•Eventos
•Política de doação

Como ele poderia ser reinventado?
•Treinamento de usuário é sempre trabalhoso e muitos não prestam atenção ou quer que acabe logo. Uma inovação seria a apresentação de todos os serviços da biblioteca em um óculos de realidade virtual. Crianças teriam um jogo onde surgiriam perguntas na tela e não existiria erros, ela selecionaria o que acha que é a resposta certa e o jogo mostraria como é realmente.
•Nas atividades educativas poderia ser usado o Oculus Rift com um software da google. Link do produto a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=TckqNdrdbgk
Crianças, jovens e adultos poderão usar para fins educativos ou para se divertir também no espaço da biblioteca, que teria uma sala especial para uso do mesmo.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
• Um evento legal que a biblioteca poderia promover é o “Quiz Netflix”. Com uma televisão, seus usuários só precisam de um celular e uma conexão WI-FI que a biblioteca tem. Poderão jogar grupos de 10 pessoas. Na tela aparecerá um ID e todos vão se conectar e começara as perguntas sobre as diversas séries do catálogo Netflix. É uma atividade para reunir públicos de 7 anos pra cima e todos se divertirem. Quem ficará nos 3 primeiros lugares ganha uma lembrancinha feita pelos bibliotecárixs.
•A política de doação da biblioteca muitas vezes fica escondida ou a comunidade acha que a biblioteca irá aceitar qualquer material. Uma coisa legal seria um guia em forma de história em quadrinho disponível em pdf ou físico explicando como funciona a política de doação e como eliminar alguns materiais que a biblioteca não pode aceitar. Um exemplo seria como fazer com livros
didáticos, que são obsoletos e nem toda escola usa ou teria endereços de centros de reciclagem ou uma oficina ensinando a fazer esse banco.


Por: Luiz Augusto Costa dos Santos
BIBLIOTECA PÚBLICA JOHANNES GUTENBERG
O novo espaço cultural da cidade de Cisplatina é a Biblioteca Pública Johannes Gutenberg.
Com um serviço diferenciado, ela se destaca entre as outras bibliotecas públicas em razão do marketing e da inovação de serviços tradicionais. Por meio das redes sociais e a utilização de veículos de comunicação, tais como rádio e televisão, seus programas culturais têm sido difundidos e alcançado uma gama surpreendente da população de cisplatinos, trazendo uma opção de lazer para
toda a família e amigos.

O serviço que mais tem causado furor na sociedade, o “Indica aê!”, faz parte das ações da equipe de bibliotecários de referência do espaço. Não é somente a velha e boa indicação literária, mas trata-se de uma nova roupagem desse serviço tão comum nas bibliotecas públicas. Em entrevista com o gestor da BPJG, foi informado que até então, sem o serviço o número de empréstimos do acervo era mediano em relação as outras bibliotecas da rede, todavia após a implementação do “Indica aê”, o número quase que dobrou e a satisfação do público (ao serem entrevistados após a devolução de material), foi medida em 95%. O que garante o sucesso do serviço, disse o gestor foi a “apropriação da tecnologia, alinhada com o conhecimento do acervo e uma boa dose de atrevimento por parte dos bibliotecários e técnicos em biblioteconomia”.
O “Indica aê!” surgiu devido à pouca movimentação de alguns acervos temáticos, entre eles, os setores de literatura Young/Adult e literatura juvenil, que são os que menos possuem registros de empréstimos, visto que a BPJG está com uma coleção integralmente nova e mantêm-se atualizada, acompanhando os lançamentos editoriais. Mesmo com o esforço da equipe e a biblioteca possuindo espaços de leitura e troca de saberes muito confortável e atrativo, a população parecia ainda não se apropriar da ideia. Foi então, que ao assistir uma playlist do site Youtube, o técnico em biblioteconomia que trabalha no local se interessou em um vídeo de indicação de livros. Após o término, surgiu-lhe o seguinte questionamento: “Por que não podemos fazer algo parecido?
Afinal, eram eles que estavam ali todos os dias, nas atividades cotidianas da BPJG, faziam a mesma
coisa, o que diferenciava mesmo era a forma e propósitos, além do que um era especialista e o outro
não”.

Ao apresentar o projeto do “Indica aê!” para o gestor da biblioteca, o técnico teve sua ideia imediatamente aceita. A equipe não apresentou nenhuma restrição e envolveu-se gravando vídeos relatando suas leituras favoritas, mostrando suas estantes de livros e não demorou para surgirem também os livros que estavam lendo e que faziam parte do acervo da BPJG. Ao serem postados no canal da biblioteca, tiveram muitos acessos e logo viralirazam. A biblioteca começou a passar ter a visita frequente de pessoas pedindo a indicação da bibliotecária tal, do técnico X. Além do mais, a
publicação dos vídeos, tornou obras que até então não circulavam em verdadeiros best-sellers.
Editoras e livrarias observando o marketing eficiente que a biblioteca estava realizando, começaram
a fazer muitas doações, na esperança de ter seus títulos e nomes divulgados no canal, o que veio
solucionar a falta de verbas para a aquisição de novos livros que agora não paravam de chegar. O
excedente ou duplicatas dos exemplares doados, foram encaminhados para bibliotecas comunitárias e ONGs aos arredores e a BPJG ganhou a cada dia que passava mais e mais seguidores nas redes sociais, frequentadores nas suas dependências e uma aproximação da sua comunidade nunca antes
presenciada.
Partindo do exemplo de um simples vídeo da internet, e apercebendo o seu potencial de aplicabilidade e execução, assim como a visão do fazer biblioteconômico extrapolando o ambiente
físico da biblioteca, foi possibilitado que um serviço como o de indicação literária presencial ganhasse vida também nas telas de computadores, tablets e celulares do público – uma ideia simples,
barata e que ganhou notoriedade e respeitabilidade entre a comunidade onde a BPJG está instalada.
A partir do sucesso, outros vídeos começaram a circular pelo canal da biblioteca, tais como fazer renovação pela internet, consultas aos catálogos e orientações de como pesquisar em outras bases de dados. O próximo passo o gestor confidenciou na mesma entrevista será colocar o público falando sobre as experiências e reflexões com as histórias em que viajaram.


Por: Angélica Mattos
O que poderia ser inovado?
A forma e temáticas de eventos organizados pela biblioteca. Por ser um grande polo de informação, as bibliotecas precisam estar antenas e a par da sociedade como um todo, bem como questões sociais e tecnológicas.

Como ele poderia ser reinventado?
A biblioteca poderia organizar um campeonato de jogos, incluindo e incentivando a participação de gamers mulheres. Paralelo a isso, contar com um circuito de palestras e rodas de conversas com mulheres do mundo de jogos, contando com a presença da iniciativa #MyGameMyName que conta com a presença de streamers brasileiras que lutam contra o machismo em jogos e pelo direito de
usarem seus próprios nomes sem sofrer assédio.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
Pensar em novas temáticas de eventos, não só voltadas para o espaço da biblioteca, mas toda a estrutura da instituição. É lógico que aqui cabem mais as bibliotecas universitárias e as escolares por terem uma maior liberdade de verba e espaço a ser utilizado, mas o evento pode ser aberto a comunidade fora da instituição, dando uma maior visibilidade nos assuntos.


Por: Daniele Carli
O que poderia ser inovado?
Serviços prestados pela biblioteca universitária.

Como ele poderia ser reinventado?
Tradicionalmente, a biblioteca presta serviços de empréstimos de livros e materiais informacionais, entre outros. Porém, com os conteúdos estudados, podemos propor a adaptação de dois outros tipos de serviços poderiam ser incorporados em uma biblioteca universitária:
- Acervo de objetos;
- Biblioteca de profissionais.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
- Acervo de objetos: o perfil dos usuários de uma biblioteca universitária é predominantemente de alunos e docentes que passam o dia todo fora de casa devido ao trabalho e estudo. É bastante comum a biblioteca emprestar informalmente objetos de uso diário, servindo de ponto de apoio para estes usuários. Nossa proposta é formalizar este apoio através do empréstimo de objetos como carregadores de celular, fones de ouvido, guarda-chuvas, calculadoras, réguas, tesouras, adaptadores para tomadas, entre outros. Para além do empréstimo, este tipo de serviço aproxima e cria um vínculo importante dos alunos da instituição com a biblioteca.

- Biblioteca de profissionais: baseada na experiência relatada em aula sobre a “Biblioteca Humana”, podemos propor que uma biblioteca universitária ofereça um banco de dados com cadastro de profissionais e ex-alunos que atuam nas áreas de formação da universidade. Seriam profissionais que estariam dispostos a apresentar sua área de trabalho a estudantes e, desta forma, contribuir voluntariamente com a formação destes alunos através da troca de experiência. Com isso, seria possível formalizar e fomentar o contato de alunos de graduação com profissionais do mercado de trabalho, que já ocorre ocasionalmente nas disciplinas, mentorias e eventos durante o curso.


Por: Fernanda Gomes Neuhold
Para pensar em uma solução de inovação, procurei pensar nas atividades e processos das bibliotecas em que atuei. Em ambas, estive em intenso contato com o público, especialmente na área de referência. Uma delas se localiza na periferia de São Paulo (Cidade Tiradentes) e a outra na região central (Bom Retiro), dois locais que abrigam populações marginalizadas. A partir dessas experiências ficou mais claro pra mim como as bibliotecas podem funcionar como espaços seguros e de fortalecimento das comunidades.

Essa ideia se fortaleceu quando ouvi um episódio do podcast 99% Invisible, chamado “Palaces for the people”. Nele, o professor da universidade de Nova Iorque, Eric Klinenberg que é autor do livro “Palaces for the people: How Social Infrastructure Can Help Fight Inequality, Polarization, and the Decline of Civic Life” explica como espaços compartilhados são importantes numa sociedade cada vez mais fragmentada política e socialmente.

Grande parte do trabalho de Eric para a pesquisa do livro foi feito em bibliotecas e os casos apresentados por ele me ajudaram a pensar em como uma visão mais ampla da biblioteca enquanto uma infraestrutura social. Ele argumenta que quanto maior a qualidade das infraestruturas sociais (conceito relativamente novo, que engloba locais como bibliotecas, igrejas e parques que tem o poder de “moldar” nossa vida social), maior a chance de nos enxergarmos enquanto grupo e que a falta ou
desvalorização desses locais nos isolaria ainda mais, tendo consequências nefastas para nós enquanto coletividade.

Ao ler o artigo “19 tendências para as bibliotecas observarem atentamente hoje”, notei que duas das sete categorias de tendências são Sociedade e Meio Ambiente. Um dos conceitos citados é o de cidades resilientes, aquelas vítimas de desastres naturais. Em um dos exemplos que Klinenberg dá podemos enxergar o impacto da biblioteca nestas duas tendências. Em uma onda de calor que atingiu a Chicago em 1995. Com mais de 700 mortos, os bairros de classes baixas eram os que abrigavam o maior número de vítimas. Porém, se observou que alguns bairros pobres tinha sido extremamente resilientes, com números pequenos de vítimas. A demografia nesses bairros era muito parecida, o que intrigou o pesquisador. Ao visitar os bairros resilientes, ele descobriu que os mesmos abrigavam infraestruturas sociais fortes, (como as bibliotecas), possibilitando que seus habitantes se conhecessem melhor e que fosse possível identificar aqueles que estariam mais vulneráveis e aqueles que tinham mais condições de resistir. Isso possibilitou que, durante a onda de calor, os moradores soubessem quem deveriam ajudar e em caso de perigo, quem tinha condições de ajudá-los. Klinenberg também passou a pensar na construção de “centros de resiliência”, que contariam com prédios confortáveis, pessoas capacitadas para receber e acolher seus usuários, redes de Wi-fi e
computadores. Foi quando ele se deu conta que esses espaços já existiam: as bibliotecas. Sua pesquisa partiu daí, identificando diversas comunidades que utilizam as bibliotecas como espaços seguros.

Vimos diversas vezes durante o curso como uma das premissas básicas de nosso trabalho é atender demandas dos nossos usuários e nossas comunidades. Ainda sim, por diversas vezes e de diversas formas observamos eles sendo negligenciados, se não em sua totalidade, na falta de reconhecimento de suas particularidades e necessidades específicas.

Para mim, a ideia de pensar a biblioteca enquanto uma infraestrutura social forte é uma inovação essencial, que não se liga somente a tecnologias. Dessa forma, podemos pensar em mudanças em diversos âmbitos da biblioteca: desde o processo de aquisição, desenvolvimento de coleções e referência, que tem papel nos sentimentos de representatividade e acolhimento dos usuários, até seus eventos e infraestrutura física. Acredito que essa renovação começa na educação de nós, futuros profissionais, na contínua percepção da diversidade do nosso público, das constantes mudanças sociais, e de como essa diversidade deve ser abraçada e não ignorada em nome de uma suposta neutralidade das bibliotecas.


Por: Giulia Inforsatto
Oficina ‘Aprendendo com o escritor’
O projeto foi pensado em um contexto de uma biblioteca escolar. O propósito da oficina é juntar escritores conhecidos do mundo real) na área de literatura brasileira (Juvenis) e os alunos que escrevem histórias e que possuem interesse em entrarem para o mundo literário.
Para dar dicas de escrita, discutir sobre a jornada de herói, entre outras dicas. O intuito é que escritor já inserido no mercado editorial ajude os novos escritores. Se torne um mentor.

Para a oficina dar certo é preciso ir atrás de escritores (que escrevem para o público infanto-juvenil) disposto a participar e auxiliar esses alunos. Será um trabalho interdisciplinar, ou seja, não conta apenas com a biblioteca. A oficina será promovida na escola e será aberta a todos os alunos interessados, mas os professores já que possuem um contato maior com os alunos e suas escritas serão nossos caça talentos. É importantíssimo que eles incentivem esses alunos para entrar na oficina, para que assim possam aprimorar suas escritas, desenvolver suas histórias e quem sabe deixarem sua marca na próxima geração da literatura brasileira.


Por: Liliane Monteiro dos Santos
O que poderia ser inovado?
Referência

Como ele poderia ser reinventado?
Segundo Lankes (2016, p. 69) “o que bibliotecas e bibliotecários fazem é facilitar”. Por tanto, o processo de busca da informação, mais especificamente, a busca pelo item no acervo, pode ser reinventado sendo facilitado para o usuário. Sabemos que já existem classificações como a CDD e a CDU, que fazem esse  trabalho de forma técnica e eficiente, mas com ajuda da tecnologia é possível ir além, tornando esse processo cada vez mais simples.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
Um aplicativo de busca no estilo google maps, em que o usuário pode traçar uma rota até o item que deseja no acervo ou até mesmo um espaço na biblioteca. De modo a simplificar o processo de busca na biblioteca e deixando o usuário mais independente. Além disso, com a utilização de um recurso de áudio seria possível dar maior autonomia a usuários com deficiência visual.


Protótipo criado por Liliane

Por: Raissa Kojima
Acredito que um aspecto que os leitores sentem falta após terminar de ler algum livro é poder conversar com alguém sobre ele, compartilhar opiniões e debater sobre a leitura feita. Às vezes a biblioteca pode planejar encontros tipo “clube do livro”, porém não é sempre que os interessados terão vontade de ler o livro escolhido para debate ou não conseguirão comparecer aos encontros marcados.

Lembrando de um trabalho feito para outra disciplina sobre o site / rede social SKOOB, penso que seria interessante se as bibliotecas fizessem parceria ou até criassem uma plataforma própria para que os frequentadores da biblioteca pudessem registrar e até compartilhar suas leituras como uma rede social da biblioteca. Usando o SKOOB como uma inspiração, algumas possíveis atividades que
poderiam ser disponibilizadas são:
- os frequentadores da biblioteca poderiam criar um perfil usando o cadastro / registro já feitos na biblioteca, onde montariam sua estante virtual própria, marcando os livros em categorias como lido, quero ler, abandonei, etc;
- os livros cadastrados nessa rede social seriam somente referentes ao acervo da biblioteca e serviria como um catálogo online, onde também seria possível verificar a disponibilidade de consulta e empréstimo;
- ao registrar uma leitura concluída nessa plataforma, o perfil poderia compartilhar essa atualização de status para que outros perfis conseguissem encontrar outros leitores que estão lendo o mesmo livro (ou até o mesmo autor ou gênero literário) para que os frequentadores da biblioteca se conheçam. Para tentar ilustrar essa ideia: suponhamos que duas pessoas frequentam a mesma biblioteca mas em
horários e dias diferentes, essas duas pessoas possuem gostos de leituras parecidas e utilizando da rede social da biblioteca, elas podem se encontrar, primeiro virtualmente para depois marcarem de se conhecer pessoalmente na biblioteca que ambas vão.
Acredito que desta forma as pessoas que frequentam a mesma biblioteca teriam mais interação umas com as outras e fortaleceria a relação da comunidade com a biblioteca.

Por: Raquel Politchuk
O que poderia ser inovado?
Normalização de trabalhos acadêmicos em bibliotecas universitárias.

Como ele poderia ser reinventado?
Com uma inteligência artificial.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
Normalização documentária é uma tarefa muito delicada, pois possui muitos detalhes a serem notados, tornando-se muito fácil deixar escapar alguma coisa. Por isso, é uma tarefa que exige algumas revisões antes de ser finalizada, condição que acaba demandando um bom tempo de trabalho do bibliotecário. Dessa forma, o desenvolvimento de uma inteligência artificial que tivesse a capacidade de aprender sobre as normas ABNT e compreendê-las de forma íntegra, poderia ser benéfico para bibliotecários, que poderiam normalizar trabalhos acadêmicos e quando finalizado, a
inteligência artificial revisaria, para garantir que nenhum deslize foi cometido. Além de assegurar uma normalização impecável, isso também otimizaria o tempo de serviço do bibliotecário, que poderia aproveitar as horas que gastaria fazendo as revisões dos documentos com outras atividades e tarefas da biblioteca onde trabalha.

Claro que deve ser lembrado que a criação de uma inteligência artificial deste nível seria capaz de tomar o lugar dos bibliotecários no ramo da normalização. Porém, essa inteligência artificial seria embutida em um computador ou outro equipamento eletrônico estático, e não em um robô. Portanto, ela ainda teria que ser operada por um ser humano, no caso, um bibliotecário competente quanto à normalização documentária e inteligência artificial. Também haveria supervisão para que nenhum bibliotecário da instituição utilizasse a inteligência artificial para normalizar um trabalho acadêmico do início, isso seria proibido. Afinal, simplesmente jogar nos “braços” de uma IA um trabalho tão tradicional e especial dos bibliotecários, seria desvalorizar a própria profissão.
Portanto, ela seria utilizada apenas para revisão, como dito anteriormente, para poupar o tempo de revisão dos bibliotecários e oferecer mais qualidade ao serviço de normalização.
Por fim, também teria que haver alguma regulamentação ou legislação quanto ao uso dessa determinada inteligência artificial. Da mesma forma que empresas que não estejam registradas em algum CRB não podem oferecer e exercer trabalhos da área da Biblioteconomia, essa IA também não poderia ser operada por outra instituição senão uma biblioteca, e por nenhum outro profissional, senão um bibliotecário capacitado.


Por: Vitoria Cristina
O que poderia ser inovado?
Atividades educativas

Como ele poderia ser reinventado?
Em forma de gincana, jogo da velha.

O que poderia ser feito para ele se renovar?
Uma gincana em formato de jogo da velha, na qual feito 27 perguntas sobre atividades relacionadas a livros, a biblioteca ou conteúdos acadêmicos. É formado dois grupos, ficando um de cada lado do ambiente, é elegido um participante para representar cada grupo.
O jogo inicia com os representantes tirando par ou ímpar para ver quem irá jogar o dado primeiro e escolher o X e O.
Um dado contém duas letras A, duas B e duas C o outro contém dois números 1, dois números 2 e dois números 3.
O representante elegido joga os dois dados para indicar qual pergunta deve responder, acertando a pergunta o símbolo do seu grupo marcará a letra e número respondido, caso o grupo erre a resposta o ponto irá para a outra equipe.
Após a resposta de todas as perguntas o painel formará a velha ou as 3 perguntas certas sequenciais, o jogo termina após haver encerrado o jogo da velha, gerando assim uma equipe vencedora na melhor de três ou empate, caso haja empate pode haver uma última tabela com perguntas sobre funcionamento da biblioteca para realizar o desempate.

Ideia de Vitoria Cristina


Por: Viviane de Oliveira Flores
Eu pensei na parte de Aquisição e Divulgação das literaturas, numa biblioteca que tenha um acervo geral. Podia ser inovado juntando esse processo a eventos de leituras temáticas, que podiam ajudar também na divulgação de materiais adquiridos e até pra ajudar na sugestão de novos itens. Por exemplo, se a biblioteca adquirir alguns livros novos em que o gênero é romance policial, a biblioteca poderia colocar todo o acervo com essa temática numa parte de destaque, como se fosse uma mini exposição, ai poderiam ser realizados pequenas oficinas para conhecer mais sobre o gênero e até uma cessão de cinema com filmes desse gênero também, organizar rodas de conversa sobre os autores, títulos, sobre o gênero em si, até pode ser aproveitando datas de festas populares ou datas comemorativas, por exemplo, época de halloween, dar destaques a títulos de terror. E algo que vi pouco nas bibliotecas, que poderia ter um pouco mais de destaques também, são os mangás, poderiam fazer um mini evento também nessa forma, com mais destaque, oficinas para apresentar aprender mais e até o usuário criar seu próprio mangá, aprender como desenhar e exibir também animes, para que os usuários, seja o publico mais jovem ou adulto possam conhecer ou até
relembrar, porque muitos animes fizeram parte da infância de muitos adultos, de quando
eles passavam na TV há anos atrás.
Os usuários da biblioteca iriam aprender mais sobre os temas que gostam, descobrir e até sugerir novos temas, sugerir títulos para aquisição, também seria uma forma de chamar atenção do usuário a livros que pouco circula, talvez até dando mais vida a biblioteca e fazendo o usuário se sentir mais próximo, mais pertencente ao acervo.

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